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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Suécia debate uso de pronome que indica o terceiro sexo

AFP
08.10.2012 


Na Suécia, o debate sobre a igualdade sexual supera a simples questão dos salários e direitos civis e invadiu a própria gramática sueca, em que um pronome – o neutro “hen” – para indicar o terceiro sexo tenta se estabelecer entre os já tradicionais “ele” e “ela”.

A utilização do “hen” se tornou frequente em 2012, depois da publicação de um livro para crianças, o Kivi och Monsterhund (“Kivi e o carro monstruoso”), que suprimiu o “han” (ele) e “hon” (ela) a fim de, segundo seu autor, Jesper Lundqvist, poder dirigir-se às crianças de um modo geral, sem distingui-las entre meninos e meninas.

O “hen” foi inventado por linguistas nos anos 1960, em plena onda feminista, quando a referência masculina em alguns casos (como ‘o ser humano’) era politicamente incorreta. “Foi uma tentativa de simplificar o idioma e evitar escrever ele/ela”, explicou a linguista Karin Milles.

O pronome, no entanto, caiu em desuso e só foi redescoberto nos anos 2000 pelas pessoas que reivindicavam uma identidade transgênero, acrescentou.

O “hen” não visa a substituir o “ele” ou o “ela”. Este pronome permite referir-se a uma pessoa sem revelar seu sexo, seja porque a pessoa em questão se reivindica transgênero ou porque acredita ser supérflua essa informação.

“Na sociedade atual, é preciso ter um terceiro sexo, uma terceira posição”, afirma a chefe do Conselho de Línguas (Spraakradet), Susanna Karlsson.

“É necessário, no entanto, conservar o ‘ele’ ou ‘ela’, já que são categorias ante as quais todos se orientam. A pessoa quer saber se está falando com um homem ou uma mulher”, acrescentou.

Segundo a linguista, o “hen” é uma ferramenta que “funciona para propagar a idéia de paridade”.

Seu colega Mikael Parkvall questiona a ideia. “A ideia de que a língua determina o pensamento é muito popular, mas nós, os especialistas, somos mais céticos”. “O laço entre o idioma e o pensamento não é especialmente forte e não se torna mais paritário só porque se utiliza um pronome neutro”, observa.

Disponível em <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/suecia-debate-uso-de-pronome-que-indica-o-terceiro-sexo/>. Acesso em 09 out 2012.

sábado, 8 de setembro de 2012

Transexuais chegam à Convenção Democrata para apoiar Obama

AFP
05 setembro 2012  

Amy, Jamie, Janice, Meghan e Melissa atravessaram o país para declarar seu apoio ao presidente Barack Obama. Delegadas do Partido Democrata, elas são mulheres que nasceram homens.

Éramos "seis em 2004, oito em 2008 e hoje somos 13", explicou à AFP, com voz grave, Melissa Sklarz, ao destacar o aumento crescente no número de delegados transexuais nas últimas três convenções democratas.

Primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Obama é visto como um progressista nos direitos dos transexuais, fazendo de Amanda Simpson, em 2009, a primeira política transexual indicada para um cargo no governo.

Mara Keisling, de 52 anos, não é delegado mas como diretor-executivo do Centro Nacional de Igualdade Transexual, foi à convenção para divulgar as realizações de Obama para os direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros).

"Estou tão feliz por estar aqui", declarou à AFP, enquanto cerca de seis mil delegados se preparavam para confirmar Obama como candidato à reeleição, em novembro.

"O presidente fez tanto progresso para as pessoas LGBT. (Mas) O trabalho ainda não terminou", acrescentou.

Kylar Broadus, delegado transexual de Columbia, Missouri, nasceu mulher, mas agora se vê como homem. Ele explicou que os problemas econômicos com os quais se confrontam os americanos foram sentidos de forma mais intensa pela empobrecida minoria a que pertence.

"Emprego é a questão número um para a comunidade de transgêneros", disse à AFP Kylar, de 49 anos. "Há pobreza extrema na comunidade de transgêneros. A maioria de nós não é empregável, não tem emprego", acrescentou.

Disponível em http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hGBmJnsJZyuNSnVyMYTk1Jd-hRjQ?docId=CNG.8998afa0b89572e97a83dd6fb35295a5.a11. Acesso e 07 set 2012.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Primeira condenação na Rússia por propaganda homossexual

AFP
04/05/2012

Um líder da GayRussia foi condenado nesta sexta-feira por propaganda homossexual por um tribunal de São Petersburgo, convertendo-se assim na primeira pessoa condenada com base numa nova lei da segunda cidade da Rússia, considerada homófoba pelos defensores da liberdade.

Nikolai Alexev informou à AFP ter sido condenado a uma multa de 5.000 rublos (128 euros) por ter infringido este texto que castiga os autores de qualquer "ato público que promova a homossexualidade ante os menores ou a pedofilia".

Foi detido pela polícia no início de abril por ter se manifestado ante a Casa de Cultura para os jovens de São Petersburgo, agitando junto a outros militantes cartazes com dizeres como "os homossexuais também nasceram na Terra - Não se pode mentir para as crianças", para protestar contra a nova lei que entrou em vigor em março.

"Isso mostra o absurdo desta lei que associa homossexualidade e pedofilia", denunciou Alexev, que vai recorrer à Corte Europeia dos Direitos Humanos.

A homossexualidade foi considerada crime na Rússia até 1993 e doença mental até 1999.

As tentativas de organizar o Dia do Orgulho Gay desde 2006 foram proibidas pelas autoridades e dispersadas pela polícia.


Disponível em <http://exame.abril.com.br/economia/politica/noticias/primeira-condenacao-na-russia-por-propaganda-homossexual-3>. Acesso em 12 mai 2012.