Descobertas científicas e uma onda de lançamentos literários
tratam essa desarmonia que se considera a transexualidade ou transexualismo,
como um problema médico, que nada tem a ver com preferências sexuais (opção
sexual). Para a ciência, a causa da patologia é uma divergência trágica entre a
programação sexual do cérebro e o formato dos genitais, um problema que ocorre
durante a gestação. Em meados de outubro, o cientista Eric Vilain, da
Universidade da Califórnia, em Los Angeles, reafirmou a tese de que o sexo do
embrião é determinado pelo cérebro - muito antes do desenvolvimento de
testículos ou ovários. Num estudo com camundongos, verificou-se que alguns
genes tramam a formação do cérebro feminino ou masculino antes que o corpo
comece a ser banhado por hormônios de um sexo ou do outro. Um erro nessa troca
de mensagens provoca o resultado perturbador: cabeça de mulher aprisionada em
corpo de homem, ou vice-versa.
A descoberta vai ao encontro do estudo publicado pelo
Instituto do Cérebro, na Holanda, em 1995. Depois de dissecar o encéfalo de
seis transexuais nascidas com genitália masculina, os pesquisadores descobriram
uma peculiaridade na região do cérebro que regula o comportamento de gênero. A
área era menor que a dos homens e idêntica à das mulheres. Baseada nessas
evidências, a medicina registrou o chamado transtorno de identidade sexual no
Código Internacional de Doenças. Atinge uma em cada 10 mil pessoas
identificadas ao nascer como meninos e uma em 30 mil registradas como meninas.
Disponível em
http://geovanaivaniski.blogspot.com/2011/02/transexual-e-biologia.html?zx=133ce0e1d3c944ab.
Acesso em 10 nov 2011.