Mostrando postagens com marcador testoterona. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador testoterona. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Homem vira mulher após picada de abelha

Paraiba.com.br
11/02/2012 | 15h54min

A americana Chloe Prince, de 40 anos, nasceu homem e contou sua história no programa de TV dos Estados Unidos Anderson, na tarde da última quarta-feira. Antes, a transexual se chamava Ted, homem casado havia oito anos com uma mulher, com quem tem dois filhos. Tudo mudou quando ele levou uma picada de abelha.

O fato desencadeou, segundo Chloe, reações inesperadas: seu organismo passou a perder uma grande quantidade de testosterona, o hormônio masculino. A pele também ficou mais fina, e suas formas, mais femininas.

Chloe Prince revelou que então passou a se sentir mais "confortável" com o novo corpo e decidiu passar por uma cirurgia de mudança de sexo na Tailândia, em maio de 2008.

A queda de testosterona teria ocorrido devido a uma rara condição genética, chamada Síndrome de Klinefelter, da qual Ted não sabia ser portador até levar a picada. Hoje, Chloe mora com a ex-esposa, Renee, de 49 anos, e elas criam os dois filhos juntas, Logan, de 7 anos, e Barry, de 6.

Segundo o site da revista Marie Claire, a transexual detalhou as mudanças em seu corpo: "Meus seios começaram a se desenvolver, e minha pele foi ficando mais macia. Minha massa estava mudando, e eu estava gostando do que via".

Ao mesmo tempo, Chloe admitiu que, quando era criança, gostava de se vestir com roupas femininas. Já a esposa disse ter sentido vergonha do marido quando o viu pela primeira vez vestido de mulher. De acordo com Renee, o casamento só não terminou naquela época por causa do compromisso assumido.

Síndrome de Klinefelter
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Classificação e recursos externos - 47,XXY - CID-10 - Q98.0-Q98.4 - CID-9 - 758.7

DiseasesDB - 7189 - MeSH - D007713

A síndrome de Klinefelter, descrita pela primeira vez por Harry Klinefelter em 1942[1], é a causa mais frequente de hipogonadismo e infertilidade em indivíduos do sexo masculino. A causa genética da síndrome foi descoberta em 1959, por P. A. Jacobs e J. A. Strong[2].

As pessoas com síndrome de Klinefelter, do sexo masculino, têm um cromossomo X adicional (47, XXY), estatura elevada, algum desenvolvimento do tecido mamário e testículos pequenos. Também é possível encontrar pessoas com outros cariótipos, como 48, XXXY, 48, XXYY ou 49, XXXXY.[3]

Evolução e sintomas

É de esperar que indivíduos com a síndrome de Klinefelter tenham uma esperança média de vida normal, no entanto há a referir um aumento considerável de acidentes vasculares cerebrais (6 vezes superior à população geral), assim como na incidência do câncer (156%). 

O atraso da linguagem (51%), o atraso motor (27%) e problemas escolares (50%) complicam o desenvolvimento destas crianças e em alguns estudos estão descritos comportamentos anti-sociais e psiquiátricos. Outros apontam para uma boa adaptação social e no trabalho.

Outra complicação é o défice auditivo, no entanto não está descrito um aumento da frequência de infecções respiratórias na infância, ao contrário das doenças auto-imunes (diabetes mellitus; doenças do colagéneo)

Tratamento e prevenção das complicações

Esta síndrome raramente é diagnosticada no recém-nascido face à ausência de sinais específicos. O diagnóstico precoce permite a intervenção antecipada, seja ela psicológica ou farmacológica. O rastreio de problemas visuais e auditivos, assim como a avaliação do desenvolvimento, devem ser realizados periodicamente. As anomalias constatadas devem ser seguidas em consultas de especialidade.

Muitas vezes detecta-se a anomalia apenas quando problemas comportamentais, desenvolvimento pubertal anómalo ou infertilidade aparecem. A puberdade apresenta problemas particulares secundários aos problemas genitais já referidos. Para uma melhor resposta, o tratamento com testosterona deve ser iniciado pelos 11-12 anos de idade. Está demonstrada a sua eficácia numa percentagem importante dos indivíduos, tanto em aspectos psicossociais como físicos. Por estes motivos estas crianças e adultos jovens devem ser acompanhados numa consulta deendocrinologia.

Esta anomalia genética está associada à idade materna avançada. Num casal com um filho com a síndrome de Klinefelter, o risco de recorrência é igual ou inferior a 1%. O estudo familiar é habitualmente desnecessário, salvo em raras situações. Nem sempre a infertilidade é a regra. Caso se encontrem indivíduos férteis, deve ser oferecido o diagnóstico pré-natal a fim de excluir alterações cromossómicas uma vez que existe um risco acrescido da mesma.

Referências
1. ↑ Klinefelter, HF Jr; Reifenstein, EC Jr; Albright (1942), "Syndrome characterized by gynecomastia, aspermatogenesis without a-Leydigism and increased excretion of follicle-stimulating hormone", J Clin Endocrinol Metab 2: 615–624. Klinefelter, HF (1986), "Klinefelter's syndrome: historical background and development", South Med J 79 (45): 1089–1093, PMID 3529433 talks about the history of the development of the literature.
2. ↑ Jacobs PA, Strong JA: A case of human intersexuality having possible XXY sexdetermining mechanism. Nature 1959, 2:164-167
3. ↑ Kilnefelter(sic) Syndrome and Its Variants: An Update and Review for the Primary Pediatrician.

Disponível em <http://www.paraiba.com.br/2012/02/11/12653-homem-vira-mulher-apos-picada-de-abelha>. Acesso em 16 fev 2012.
Disponível em >http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Klinefelter>. Acesso em 16 fev 2012.