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sábado, 11 de outubro de 2014

Índia lança telejornal com âncora transgênero para influenciar atitudes sociais no país (*)

Portal Imprensa
29/09/2014

Um telejornal na Índia é o primeiro a ter em sua equipe uma apresentadora transgênero. Desde a comemoração do Dia da Independência – 15 de agosto, Padmini Prakash comanda um programa de notícias no horário nobre da Lotus TV. Questionada, a emissora diz que pretende influenciar atitudes sociais.

Segundo a BBC Brasil, a atração é transmitida na língua tâmil a partir de cidade de Coimbatore, no Estado de Tamil Nadu. Ao falar sobre o momento na carreira, Prakash lembra da infância difícil e se orgulha de sua posição profissional. "Estou muito feliz. A mensagem está se espalhando por toda a Índia e pela internet”, disse ela, que também a vê como sinal de importantes avanços no país.

Um deles foi uma decisão recente da Suprema Corte indiana, que reconheceu os transgêneros como um terceiro gênero. A determinação judicial pode auxiliar cerca de dois milhões de pessoas que vivem essa situação na região. Sem acesso a condições igualitárias, a maioria vive à margem da sociedade. Foi nesse contexto que Padmini sobreviveu durante longos anos de sua vida.

Afastada do convívio familiar aos 13 anos, foi salva por outras pessoas quando se preparava para cometer um suicídio.  "Depois que saí de casa, viajei por tudo que foi lugar. Me matriculei em uma faculdade em Comércio à distância, mas por causa de problemas financeiros abandonei depois de dois anos", conta. Embora tenha desistido do sonho, a jovem revela que nunca perdeu suas ilusões.

"Aprendi Bharatnatyam (uma forma clássica de dança indiana); participei de concursos de beleza para transgêneros e venci; atuei em uma série de TV". O convite para trabalhar na televisão foi feito por dois executivos da Lotus, Sangeeth Kumar e Saravana Ramakumar. A ideia dos diretores era dar a um individuo transgênero a chance de ser a cara do principal noticiário local da emissora.

Após saberem de mais um caso de abuso com transgêneros, a dupla apresentou a iniciativa ao diretor do canal, GK Selva Kumar. Para eles, esta seria uma forma de tentar influenciar a mudança de atitudes sociais em relação ao tema. O nome de Padmini foi sugerido pela primeira transgênero indiana a comandar um talk show na televisão, Rose. "Recomendei o nome dela para o canal depois que ela me contatou", afirma. "Padmini está fazendo um bom trabalho e tem sido bem recebida”, diz.

Entidades celebram atitude do canal

Entidades e organizações não governamentais de direitos humanos celebraram a escolha de Padmini para o cargo de apresentadora de um telejornal de destaque na Lotus TV. "A escolha carrega uma mensagem sobre essa comunidade negligenciada", disse a ativista Anjali Ajeeth. Segundo ela, a rejeição da sociedade aos transgêneros impede que as pessoas possam demonstrar os seus talentos.

"Pela primeira vez, existe um esforço para dar mais visibilidade aos transgêneros. Há poucos deles atualmente nas profissões mais visíveis”, acrescenta Akkai Padmashali, representante da Sangama. O grupo independente trabalha pela defesa dos direitos de minorias sexuais na cidade de Bangalore.

Para trabalhar no telejornal, Padmini passou por dois meses de treinamento nas técnicas de leitura de notícias para a TV. "As pessoas agora me olham com respeito. Precisamos acabar com esse tabu social”, diz. A audiência aprovou o seu desempenho. "Honestamente, eu não vejo nenhuma diferença entre ela e qualquer outra âncora feminina nos canais de TV", disse a dona de casa Vaijanthi.


Disponível em http://www.portalimprensa.com.br/noticias/internacional/68400/india+lanca+telejornal+com+ancora+transgenero+para+influenciar+atitudes+sociais+no+pais. Acesso em 07 out 2014.
(*) - Essa postagem é a de número 700 no blog.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Desenvolvimento do questionário de atitudes relativas à transexualidade: estudo exploratório na população portuguesa, uma perspectiva sistemica

Ana Rita Monteiro de Oliveira
Universidade de Lisboa - Faculdade de Psicologia
Mestrado Integrado em Psicologia
Secção de Psicologia Clínica e da Saúde/ Núcleo de Psicologia Clínica Sistémica - 2013

Resumo: Perante a constatação da inexistência de instrumentos para medir atitudes face à transexualidade traduzidos para a língua portuguesa, e a incapacidade dos existentes de dar pistas sobre os processos relacionais na interacção com pessoas transexuais, foi construído o Questionário de Atitudes Relativas à Transexualidade (QART), baseando o mapa conceptual da sua construção na junção e adaptação de três modelos conceptuais de natureza sistémica. O Questionário foi concebido com o objectivo primordial de compreender a origem de atitudes de aceitação e de discriminação da transexualidade, acedendo aos processos de adaptação, percepção e reacções de passagem ao acto perante o confronto com uma situação de transexualidade, contextualizada em diferentes níveis de relação. Efectuou-se um estudo piloto para teste de uma primeira versão do instrumento, com a participação de 39 sujeitos em preenchimento presencial. Após uma análise quantitativa e qualitativa dos resultados, prosseguiu-se para uma versão experimental do questionário, disponibilizada online e divulgada por meio de redes sociais, cujo estudo empírico contou com a participação de 634 sujeitos. Após análise estatística deste instrumento, verificaram-se elevados níveis de consistência interna, tanto ao longo das escalas como dos níveis sistémicos, obtendo-se um alfa de Cronbach de 0.95, no conjunto dos 120 itens. Analisaram-se ainda as respostas dos participantes, verificando-se que os resultados obtidos demonstram uma atitude de elevada aceitação que, dados os enviesamentos amostrais ao nível da idade, escolaridade, profissão e localização geográfica, bem como a elevada representação da população LGBT (lésbica, gay, bissexual e transgénero), não podem ser generalizados à população portuguesa e devem ser analisados e interpretados com a necessária precaução. A partir dos resultados, testaram-se quatro hipóteses: 1) observam-se níveis de discriminação superiores nos homens em comparação com as mulheres; 2) pessoas mais familiarizadas com o tema apresentam maiores níveis de aceitação da transexualidade; 3) o contacto directo com pessoas transexuais favorece uma atitude de aceitação da transexualidade; 4) a transexualidade constitui um factor stressor para o outro. A primeira confirmou-se parcialmente, uma vez que, na amostra estudada, as mulheres apresentaram menores níveis de discriminação da transexualidade comparativamente com os homens, mas apenas nos itens que reflectem comportamentos de passagem ao acto. A segunda hipótese foi também confirmada mostrando que, quanto maior o nível de familiariedade com a temática da transexualidade, maiores os níveis de aceitação. Também a terceira hipótese foi confirmada, mostrando que, na amostra estudada, quanto maior o nível de contacto directo com pessoas transexuais, maiores os níveis de aceitação. A quarta hipótese, apesar de congruente com os resultados obtidos, carece de maior investigação para a sua confirmação. Procedeu-se ainda a uma reflexão sobre as limitações do estudo e do Questionário, assim como sobre as suas potencialidades e sobre hipóteses de investigação futura, no campo da transexualidade.



sábado, 10 de março de 2012

Dicas impressas 7: Consciência; Otimismo; Lembranças

 
HUECK, Karin. Brilhantes A nossa consciência é um dos grandes mistérios da humanidade. Mas já sabemos que é possível alterá-la com pequenas mudanças de atitude que podem deixar você – e o mundo – transformado. Superinteressante, n.º 293, julho 2011, 76-79.

LILIENFELD, Scott O. et al. Quando o otimismo faz mal Contrariando o que apregoam incontáveis livros de autoajuda e palestras de motivação que tanto valorizam a capacidade pessoal de realização, pesquisas científicas sugerem que olhar com ressalvas para o lado “ensolarado” da vida pode ser mais sensato. Mente e Cérebro, Ano XVIII, n.º 223, pp. 36-41.

COSTANDI, Moheb. Onde moram as lembranças Estudo sugere que as recordações são armazenadas em diferentes regiões do cérebro, de acordo com a ‘idade’ da memória. Mente e Cérebro, Ano XIX, n.º 227, dezembro de 2011, pp. 62-65.