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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Um elogio a Lea T. ou, como reproduzir normas

Alex Mateus Santos de Oliveira
Faculdade de Artes Visuais - FAV/UFG
Anais do VI Seminário Nacional de Pesquisa em Arte e Cultura Visual
Goiânia-GO: UFG, FAV, 2013

Resumo: Este artigo é uma reflexão sobre como identidades sexuais estão condicionadas/educadas para desempenharem papéis complexos, próprios da concepção de sujeito modernista. Toma como referência o depoimento da modelo transexual feminina Lea T. feito a um programa televisivo. A intenção é menos entender a transexualidade, mas, percebê-la como mote para refletir sobre estruturas sociais que relutam em reconhecer as possibilidades identitárias sexuais em um contexto contraditório que ora normaliza, ora pode desestabilizar. Tal desestabilização pode gerar alternativas de reconhecimento de novas identidades através de práticas educativas sob a perspectiva da cultura visual.





sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Lea T põe o dedo nas feridas do sistema de gêneros

Rita Colaço
28/01/2013

Ontem no Fantástico, revista semanal da Rede Globo, foi apresentada uma entrevista com a top model transexual Lea T, que recentemente se submeteu à cirurgia de transgenitalização.

Em seu depoimento, ela afirmou estar ainda um tanto sensível, em decorrência não apenas da intervenção cirúrgica tomada enquanto um ato médico, mas, sobretudo pelos seus aspectos psíquicos, emocionais.

Mesmo destacando esse aspecto, onde se encontra a perceber e refletir sobre sutilezas de sua nova realidade, Lea T foi capaz de proferir umas verdades incômodas.

Uma das mais contundentes, em minha opinião, foi declarar que não é a presença ou ausência de um desses órgãos que vai trazer a felicidade da pessoa.

Antes do ato transgenitalizador, disse, toda a sua expectativa de felicidade estava alicerçada na realização da cirurgia. Agora, feita a intervenção, se deu conta de que o ser humano é mais, muito mais do que a sua genitália.

No rastro dessa percepção de que existe possibilidade de vida saudável psiquicamente falando que não seja necessariamente a cirurgia, Lea também fez referência ao conteúdo de dominação simbólica existente na necessidade psíquica de se trangenitalizar, ao reconhecer que esse processo, não à toa chamado de “readequação”, visa muito mais à satisfação da sociedade do que à própria pessoa trans.

“Readequado” o ser no âmbito da norma de gênero, nada é transformado e toda a ditadura do binarismo pode continuar incólume, a enjeitar, humilhar, segregar, todas aquelas pessoas que por essa ou aquela razão não se enquadrem nas exíguas fronteiras do “masculino” e do “feminino”, como concebidos em nossa cultura.

Lea não falou em nome das pessoas trans. Falou apenas por si mesma. Pelo que está a pensar e sentir nesse momento ainda delicado de sua cirurgia recente.

E, em nome próprio, falando somente a partir de sua experiência, disse que não recomendava a cirurgia a ninguém, pois era um processo bastante doloroso.

Houve, porém, quem visse na entrevista transmitida pela Rede Globo dois dias antes do Dia da Visibilidade da pessoa Trans, um verdadeiro desserviço, na medida em que a emissora “apenas deu voz a uma única transsexual e fez com que sua verdade passasse a ser, aos olhos da sociedade, a verdade d@s milhares que lutam, todos os dias, contra a patologização, o preconceito e a precariedade”.

Respeito o direito de quantos opinem, mas, em verdade, não consigo ver onde é que a fala, pessoal, íntima e em muitos aspectos explicitamente provisória de Lea T. possa contribuir negativamente para a luta das pessoas transsexuais em prol do reconhecimento sociojurídico, do direito a uma vida digna, fora da ótica da patologia.

Em minha perspectiva de olhar, Lea T. fez exatamente o contrário.

O fato de ser quem é e ter falado no veículo que falou dota a sua fala pessoal de aspecto politico. Mas isso não pode servir de argumento suficiente para continuar a impedir um debate atrasado em mais de trinta anos - pelo menos.

A questão de o veículo de comunicação em tela não aceitar transmitir outros pontos de vista sobre o tema, é aspecto que compete aos movimentos trans e LGBT enfrentar.

Por que o movimento LGBT, o movimento trans, ninguém jamais ousou questionar a ordem simbólica que levou e leva milhares de transexuais pobres à morte pelo uso indevido de silicone industrial? Por que todos se limitaram e se limitam a reivindicar a cirurgia como a grande panacéia para todas e todos?

Quem supõe que “o problema não é usar silicone industrial, mas a transfobia”, não consegue ver que tanto a transfobia quanto o uso do silicone industrial e a cirurgia de transgenitalização, quando tratada como a única “solução”, como meio eficaz à “readequação”, são efeitos, sintomas de nosso sistema de gêneros.

Disponível em http://brasiliaempauta.com.br/artigo/ver/id/1473/nome/Lea_T_poe_o_dedo_nas_feridas_do_sistema_de_generos. Acesso em 28 out 2013.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Lea T sobre mudança de sexo: "é delicado e mexe com a cabeça"

Na Telinha
28 de maio de 2012

Em entrevista à revista "Istoé Gente" desta semana, Lea T falou sobre a cirurgia de mudança de sexo que realizou na Tailândia. "Devo ficar mais um tempinho no Brasil. Vou conversar sobre a cirurgia na hora certa e quando eu me sentir preparada", disse.

Ela contou que pretende dar uma entrevista técnica sobre o assunto ao programa "Fantástico", da Globo: "É um assunto muito delicado e ainda estou me adaptando. Eu não posso sair incentivando ninguém a fazer essa cirurgia. Mexe muito com a cabeça. Tem que estar muito preparada. Minha família ajudou muito. Meu pai tem uma cabeça muito boa". A transexual é filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo.

Lea T ainda afirmou que antes de fazer a cirurgia fez terapia como forma de preparação: "Ainda estou fazendo terapia. Fiz antes, durante e depois".


Disponível em http://natelinha.ne10.uol.com.br/celebridades/2012/05/28/lea-t-sobre-mudanca-de-sexo-e-delicado-e-mexe-com-a-cabeca-165311.php. Acesso em 09 jul 2013.

sábado, 15 de dezembro de 2012

"Não é uma vagina que deixa uma pessoa feliz"

Patrícia Diguê
17.Fev.11 

Ela nasceu Leandro Cerezo, filho do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo com sua primeira mulher Rosa Helena. E hoje é uma das modelos mais requisitadas do mundo da moda. Na última São Paulo Fashion Week, desfilou com exclusividade para o estilista Alexandre Herchcovitch. No mês passado, causou polêmica novamente aparecendo na capa da revista britânica “Love” beijando a top Kate Moss. Antes, já havia chocado posando completamente nua para a Vogue Paris (de agosto de 2010), escondendo parcialmente o pênis com a mão.

Transexual assumida e à espera da cirurgia de mudança de sexo, a modelo de 28 anos e 1,80 metro tem receio de falar com a imprensa brasileira devido às fofocas que surgiram no ano passado de que seu pai não a aceitava. Lea T mora na Itália, onde cresceu por conta do trabalho de Cerezo. E começou a carreira de top model quando o estilista da Givenchy Ricardo Tisci, para quem ela trabalhava como assistente pessoal, resolveu colocá-la na passarela. Por causa de Ticci é que passaram a chamá-la de Lea T. Apesar de magoada com as fofocas sobre sua família, Lea falou à Istoé com exclusividade em sua rápida passagem pelo Brasil. E contou um pouco sobre como é ter uma sexualidade fora do convencional em países tão conservadores como o Brasil e a Itália, sobre a necessidade que sente de esclarecer o que é o transexualismo e criticou a forma como o assunto foi colocado no Big Brother Brasil.

ISTOÉ - Por que você demonstrava um pé atrás em voltar ao Brasil?
Lea T - Isso é normal quando você sofre alguma coisa e fica machucada, mas depois cicatriza e passa, sempre cicatriza. Mas eu tinha meus motivos, todo mundo sabe, porque falaram coisas feias do meu pai, mentiras, falaram um monte de mentirada, inventaram umas coisas sobre meu pai, que ele não me aceitava, tudo mentira. Eu não sei quem começou esta coisa.

ISTOÉ - O seu relacionamento com ele é distante?
Lea T - Não temos relacionamento distante, meu pai é separado da minha mãe, temos relacionamento como qualquer filho que foi separado do pai, porque ele não morava em casa com a família. Eu beijo meu pai, sempre vou visitar, vejo duas três vezes ao ano, porque ele mora aqui e eu na Itália, mas a gente se fala pelo telefone sempre.

ISTOÉ - É por causa disso também que você tem receio de dar entrevistas no Brasil?
Lea T - É. Porque foi uma maldade. Pensei: o que vou fazer lá? Para escutar coisas piores ainda? Você fica triste, mas depois conheci a galera da Way (agência de modelos que a representa no País) e minha família falou que as coisas já não eram tão assim, que as pessoas tinham mudado a cabeça, então decidi vir.

ISTOÉ - Como foi o convite para desfilar para o Herchcovitch?
Lea T - Eu tinha falado para a minha agência que não iria aceitar qualquer convite, aí eles me ligaram falando da proposta do Herchcovitch, disseram que era a linha que eu gosto, já conhecia o trabalho dele.

ISTOÉ - Se sentiu muito assediada chegando por aqui?
Lea T - Está sendo tranquilo, todo mundo muito legal, nunca fui tão bem tratada em toda a minha vida.

ISTOÉ - Quais os próximos trabalhos?
Lea T - Volto para a Itália, fico um dia, deixo as malas, vou para Chicago e em seguida Nova York para os desfiles.

ISTOÉ - Você acha que o comportamento das pessoas com relação aos transexuais realmente está mudando no Brasil?
Lea T - Mais ou menos. Isso não muda rapidinho, o povo está me aceitando melhor pelo fato de eu estar fazendo trabalhos grandes, isso meio que cala a boca das pessoas. Mas eu continuo não vendo um transexual trabalhando em um hotel, trabalhando em um banco, em lugar nenhum, então ainda tem preconceito.

ISTOÉ - Os transexuais ainda precisam se esconder então?
Lea T - Claro. Prostitutas, são todas prostitutas, porque não têm oportunidade de trabalho.

ISTOÉ - Você também teve a mesma dificuldade?
Lea T - Eu tive. Na Itália é pior do que aqui. Por causa do Vaticano, o povo é muito preconceituoso, então não conseguia arrumar emprego, e bate aquele desespero.

ISTOÉ - O que você fazia antes de entrar no mundo da moda?
Lea T - Antes eu era um menino, diferente, mas encontrava trabalho. Eu trabalhava de assistente, era só mais um gay, que é mais aceito, apesar de ainda ter muito babado sobre isso. Mas quando virei transexual, aí o negócio mudou.

ISTOÉ - Como assim virou transsexual?
Lea T - Transexual significa uma transição sexual, então você começa uma transexualizacão. Você nasce com uma síndrome de identidade de gênero, até uns seis anos de idade se vê apenas como uma criança, mas quando começa a se identificar com alguma coisa, quando começa a entender, é que começa a se ver nem como homem nem como mulher, mas você ainda não é uma transexual, você vira transexual quando começa a fazer terapia e a ser seguida por médicos para mudar de sexo.

ISTOÉ - Você sempre sentiu a necessidade de mudar de sexo?
Lea T - Sim, mas não posso falar muito sobre isso por causa do contrato com a Oprah (Lea firmou contrato com a apresentadora americana Oprah Winfrey para uma entrevista exclusiva onde falará sobre sua cirurgia).

ISTOÉ - Quando será a cirurgia e por que ela é importante?
Lea T - Ainda não tem uma data exata. É uma questão estética, se você não se sente bem com seu pênis, aí terá uma coisa mais coerente com seu corpo e sua mente.

ISTOÉ - Isso vai te fazer mais feliz?
Lea T - Não, não é uma vagina que deixa uma pessoa feliz. Vai facilitar minha vida a nível de documento e vai me deixar numa questão estética melhor, vou viver melhor esta coisa, por causa da profissão e tudo. Mas não traz felicidade isso, senão todo mundo fazia. E todas as mulheres seriam felizes.

ISTOÉ - O que é mais importante, a cirurgia ou documento?
Lea T - Os dois são muito importantes quando se decide fazer uma coisa destas. Eu acho desaforo, deveria existir o homem, a mulher e o transexual, mas a lei nos ignora, então eles te põem como mulher, mas não é uma mulher, apesar de ter uma cabeça de mulher, mas não é.

ISTOÉ - Como é na hora de ter que mostrar sua documentação com um nome masculino? É constrangedor?
Lea T - É, nossa, na Itália, eles te tratam igual um lixo.

ISTOÉ - E no Brasil?
Lea T - Aqui eles são delicadérrimos nestas horas, nunca tive um problema deste tipo no Brasil, são finérrimos. Lá tem o Vaticano, menina, o bicho pega naquele país. Foram trilhões de situações constrangedoras, falam que você é puta, isso e aqui, é difícil, muito difícil.

ISTOÉ - E como você reage diante de uma situação assim?
Lea T - Eu brigo, eu não sou de ficar calada. Eu luto pelos meus direitos, não estou fazendo nada de errado para ninguém, então caio em cima mesmo.

ISTOÉ - Você se sente como uma espécie de porta voz dos transexuais?
Lea T - Eu sei que sou uma das poucas que conseguiu um trabalho, mas não me sinto como porta voz, acho que ninguém é porta voz de ninguém, entendeu? Cada um tem que seguir a própria personalidade, a própria vida, ter honra da própria vida. Eu consegui um trabalho, diferente de várias, e isso pode ser uma mensagem legal para elas, isso é importante.

ISTOÉ - Mas você, mesmo que não queira, acaba sendo um exemplo não é?
Lea T - Claro, um exemplo de que não existe só aquela mesma estrada, que você pode fazer outras também.

ISTOÉ - Como você viu a presença de uma trans no Big Brother Brasil?
Lea T - É muito delicada isso, eu achei que essa coisa de Big Brother mostrou que o Brasil ainda não está pronto para isso. Eu não sou superior a ninguém, mas eles quiseram por uma transexual só porque está se falando muito em transexual, para levantar a audiência, eu achei que foi uma coisa meio barata. Ela (Ariadna Thalia) é uma menina linda, vitoriosa, lutadora, pelo que eu entendi da história dela, ela teve uma história dura. Mas o problema é que, como já se fala tão pouco em transexuais, se você põe uma em um programa como esse precisava ser algo menos estereotipado. Pelo amor de Deus, ela é foférrima, mas tem que por alguém que possa mudar essa imagem. Não se pode colocar um transexual lá e ficar perguntando “qual é a transsexual?”, tipo “cadê o Wally?. É um nível muito baixo e não ajuda o povão a entender estas coisas. Acho que é diminuir uma luta que poucas transexuais fazem. Acho que sair dizendo “Eu tenho a honra de ser a única transexual do Big Brother” não contribuiu. Eu não tenho a honra de ser a única modelo, eu vou ter a honra de ser a única médica, que curou uma doença, honra de ser como a presidente da Lancôme, que é uma transexual, aí sim.

ISTOÉ - E como fazer as pessoas entenderem?
Lea T - É difícil, porque elas apontam o dedo na minha cara. Aí eu tento explicar para as pessoas que elas estão apontando o dedo para uma pessoa que sofre, que vive como você e que tem muito mais problema do que você. E que uma transexual não é uma pervertida. Por isso que dou entrevistas e falo tanto a respeito. Seria mais interessante se essa trans do Big Brother tivesse falado “eu sofro, passei por isso e aquilo”, em vez de dizer dane-se o mundo.

ISTOÉ - Por que você acha que o mundo da moda te acolheu?
Lea T - O mundo da moda me acolheu porque eu comecei com uma pessoa que é muito influente no mundo da moda (Ricardo Tisci) e eu fiz esse projeto de usar isso para passar uma mensagem, para parar de se esconder. Ser modelo aconteceu por acaso, mas a coisa mais interessante é passar uma mensagem, quando a pessoa me dá um microfone eu grito que sou um transexual. Eu tenho prazer claro de sair em fotos bonitas e ir a desfiles, mas eu acho que isso não tem que ser o fundamental.

ISTOÉ - O que poderia ser feito no Brasil para que os transexuais tivessem mais qualidade de vida?
Lea T - Você não tem apoio financeiro para mudar o seu corpo, porque quando você nasce e se vê em um corpo de homem, precisa de ajuda para se transformar, para não ficar coma aquela coisa ridícula, quer dizer, não ridícula, mas aquela coisa que você não gosta. Não existe uma facilitação para fazer a cirurgia, então deveria haver apoio para isso. Por exemplo, você tem pelo de homem e tem que tirar esses pelos, com laser, e o laser custa R$ 1 mil a sessão. Você quer por peito ou tem um queixo enorme, masculino, são coisas que incomodam a gente em um nível muito forte, porque você olha no espelho e vê traços de homem, o que faz com que você viva mal seu corpo. Quando fica comprovado que pessoa é transexual, precisa ajudá-la a fazer isso, senão por isso que são todas prostitutas, porque você vive o corpo errado, então fica desesperada.

ISTOÉ - O que diria para as pessoas que acham que o sistema de saúde não deveria gastar recursos com este tipo de coisa?
Lea T - Olha, eu vou te dar uma estatística: de cada 10 transexuais, quatro se matam. Tem uma quantidade grande de transexual no mundo, então eu acho que todos têm direito, se tem que dar prioridade para outras coisas, a gente também tem que ter essa prioridade. Tem que ter igualdade. Nós sofremos de uma patologia séria, de identidade de gênero, então não dá para dizer quem tem menos prioridade. É um distúrbio, que precisa de atendimento.

ISTOÉ - Foi para levantar a bandeira pelos direitos dos transexuais que decidiu posar nua?
Lea T - Foi, posei por causa disso. Foi uma foto nua, crua, sem maquiagem, do jeito que você é, feia. Eles quiseram mostrar uma coisa verdadeira, mesmo uma transexual, que não está perfeita, boneca, linda, montada, mas ela existe, ela está na página de uma revista como a Vogue.

ISTOÉ - Foi sua única sessão de fotos nua?
Lea T - Assim que dá para ver o pênis foi a única.

ISTOÉ - Foi difícil?
Lea T - Não. Não gosto do meu corpo, mas não tenho vergonha, eu convivo com ele bem.

ISTOÉ - Tem alguma parte do seu corpo que gosta mais?
Lea T - Tem algumas que eu gosto, outras não.

ISTOÉ - Você se acha bonita?
Lea T - Não. Não acho.

ISTOÉ - Nem nas fotos?
Lea T - Não, não me acho bonita. Eu acho que eu sou um tipo diferente de beleza, um estilo diferente, não sou bonita, com rostinho de boneca.

ISTOÉ - Quem você acha que é bonita?
Lea T - A Raquel Zimmermann (modelo brasileira) acho linda. Eu não sou daqueles que ama as mulheres bonitas, eu gosto das mulheres com imperfeições, amo a Pat Smith (cantora americana), acho ela linda.

ISTOÉ - Você se sente atraída sexualmente por homens ou por mulheres?
Lea T - Eu já experimentei os dois. Eu gosto de dizer que eu gosto da pessoa. Claro que sexualmente eu me sinto mais atraída por homem, hétero. Por isso mesmo que quero fazer a intervenção, para poder ter uma relação mais hétero. Mas isso não significa que depois que eu operar eu me apaixone por uma mulher.

ISTOÉ - Você se sente bem resolvida sexualmente?
Lea T - Não, hoje não. Eu não acho que a relação com alguém que ainda não foi operado seja uma relação hétero, para mim é um relação bissexual.

ISTOÉ - Você está namorando?
Lea T - Não falo a respeito de namoro.

Disponível em http://www.istoe.com.br/reportagens/124781_NAO+E+UMA+VAGINA+QUE+DEIXA+UMA+PESSOA+FELIZ+. Acesso em 14 dez 2012.

sábado, 7 de abril de 2012

Lea T. faz cirurgia de mudança de sexo na Tailândia

A Capa
23/03/2012 às 11h52

A modelo Lea T. já tinha demonstrado sua vontade de realizar a cirurgia de readequação sexual.

Em 2011 a top tentou realizar a operação, mas teve que adiá-la por conta de uma anemia.

Agora tudo deu certo. Há cerca de três semanas, Lea se submeteu a cirurgia num hospital cinco estrelas da Tailândia.

A morena continua no país se recuperando da operação, acompanhada de alguns familiares. A recuperação de Lea está ótima e ela deve voltar ao Brasil nos próximos dias.

Passarelas

A brasileira ganhou fama mundial entre o fim de 2010 e começo de 2011. Lea foi um dos nomes que ajudaram a por na roda a androginia no meio fashion. Depois de estrelar a campanha da marca francesa Givenchy, Lea não parou mais e estampou diversas capas de revista e ensaios ao redor do mundo, além de brilhar nos desfiles.

Disponível em <http://acapa.virgula.uol.com.br/lifestyle/lea-t-faz-cirurgia-de-mudanca-de-sexo-na-tailandia/1/15/16031>. Acesso em 25 mar 2012.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Modelo transexual Lea T diz que é odiada pelos homens

Portal UAI
06/12/2011 11:44


Uma das modelos transexuais mais conhecidas do mundo, a brasileira Lea T revelou, em entrevista à revista Contigo!, que a fama, ao contrário do esperado, não aumentou as cantadas. "Os homens me odeiam! Eu não faço a linha gostosa. Sou moleca", revelou a morena. A falta de vaidade fica clara quando a morena revela que não gosta de coisas típicas do universo das mulheres, como fazer unhas e cabelo. "Eu não me vejo bonita. Também não sou vaidosa. Faço unha e cabelo quando sou obrigada. Sou um desastre (risos). Não gosto de ser sexy, uso roupa esportiva e tênis", contou. 

Mas apesar do jeito pouco feminino com que trata estes detalhes, Lea, que nasceu como Leandro, filho do craque Toninho Cerezo, se prepara para mudar oficialmente de sexo. "Não quero mudar minha pessoa, quero transformar meu corpo. Sou a mesma pessoa desde que nasci. Porque eu era o Leandro e minha cabeça era de uma mulher. Será algo puramente estético", explicou.


Disponível em <http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_9/2011/12/06/ficha_mexerico/id_sessao=9&id_noticia=47230/ficha_mexerico.shtml>. Acesso em 07 dez 2011.

"Será algo puramente estético", diz Lea T sobre mudança de sexo

Portal Terra
06 de dezembro de 2011 • 13h40 • atualizado às 14h00

Lea T disse, em entrevista para a revista Contigo, que nada mudará em sua vida depois que ela passar pela cirurgia de mudança de sexo. "Uma pseudovagina não tem de mudar sua cabeça. Não quero mudar minha pessoa, quero transformar meu corpo. Sou a mesma pessoa desde que nasci. Porque eu era o Leandro e minha cabeça era de uma mulher. Será algo puramente estético", falou.

A modelo também afirmou que não gosta de ser sensual. "Eu não me vejo bonita. Também não sou vaidosa. Faço unha e cabelo quando sou obrigada. Sou um desastre (risos). Não gosto de ser sexy, uso roupa esportiva e tênis", declarou.

"Os homens me odeiam! Eu não faço a linha gostosa. Sou moleca", afirmou Lea T, que tem 29 anos. A entrevista com a modelo chega às bancas na quarta-feira (7).

Disponível em <http://diversao.terra.com.br/gente/noticias/0,,OI5505816-EI13419,00-Sera%20algo%20puramente%20estetico%20diz%20Lea%20T%20sobre%20mudanca%20de%20sexo.html>. Acesso em 07 dez 2011.