Carlos André Meyer
5 de dezembro de 2011
A utilização do silicone líquido para fins médicos é
proibida pela ANVISA e pelo Ministério da Saúde. Geralmente faz-se uso ilegal
do silicone industrial automotivo, que é extremamente barato, e tem como
finalidade dar brilho ao painel e rodas dos automóveis.
A utilização do silicone líquido é comum entre travestis,
mas está longe de ser infreqüente entre mulheres. Sua injeção é realizada por
pessoas conhecidas como "bombadeiras", que não possuem nenhum
conhecimento médico. A aplicação é realizada em ambientes sem as menores
condições de higiene e segurança, através de injeções com seringas veterinárias
(para eqüinos por exemplo). Os locais freqüentemente injetados são mamas,
glúteos, coxas, panturrilhas e face.
Além de extremamente dolorosa, a injeção do silicone
industrial pode originar reação alérgica, infecção grave, trombose, necrose e
embolia pulmonar. Essas complicações podem evoluir para seqüelas graves, dor
crônica, deformidades e óbito. Além disso, por ter apresentação líquida, o
silicone injetado pode literalmente escorrer para outras partes do corpo.
Quando pacientes que apresentam seqüelas e deformidades
procuram o auxílio de um cirurgião plástico, geralmente pouca coisa pode ser
feita, uma vez que o silicone líquido quando injetado se adere aos tecidos ao
redor, sendo necessária a remoção de grandes áreas, o que freqüentemente
inviabiliza a sua remoção ou pioraria as deformidades já presentes.
Disponível em
http://www.oblogdeplastico.com/2011/02/os-perigos-do-silicone-industrial.html.
Acesso em 22 jun 2013.