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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Homens se preocupam mais com a satisfação do parceiro do que as mulheres

Ana Carolina Leonardi
janeiro de 2014

De acordo com estudo divulgado em janeiro de 2014, 70% dos homens considera que a prioridade na relação sexual é dar prazer, enquanto 53% das mulheres pensa da mesma maneira. A pesquisa, patrocinada pela marca de preservativos Durex, reuniu informações sobre sexualidade e educação sexual em 37 países. No Brasil, foram entrevistados 1.004 homens e mulheres, de 18 a 25 anos, entre heterossexuais e homossexuais.

Para a psiquiatra Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), os dados indicam uma mudança de paradigma. "Enquanto metade das mulheres não se sente na obrigação de satisfazer o parceiro, pouco mais de um quarto dos homens pensa assim. Isso é uma decorrência da liberação sexual feminina".

Segundo Carmita, hoje em dia a mulher tem mais parceiros do que nas gerações passadas. Tem mais condições de conhecer aquilo que gosta e comparar relações diferentes. “A mulher não quer apenas sexo, mas sexo de qualidade".

Para os homens mais inseguros, a prioridade em satisfazer pode se converter em ansiedade e pressão e até comprometer o desempenho. Ainda assim, a psiquiatra não vê a situação como prejudicial à saúde sexual masculina. "Os homens têm a oportunidade de se tornarem melhores amantes. À medida que há preocupação de agradar, as pessoas podem se tornar sexualmente mais preparadas". Ela explica que o desempenho sexual melhora não só com a prática, depende também da finalidade da relação. Uma vez que o objetivo do sexo para o homem deixou de ser apenas a ejaculação, a tendência é que se amplie a variedade das práticas sexuais.

Coincidentemente, o Brasil destacou-se na mesma pesquisa pela diversidade dessas práticas. “O repertório do brasileiro varia mais que a média mundial. Talvez por isso tenhamos a fama de povo sexualmente mais bem resolvido", afirma Carmita. Cerca de metade dos entrevistados brasileiros diz receber sexo oral e 36%, masturbação. Na média global, são, respectivamente, 33% e 22%. Além disso, 15% da amostra nacional alega praticar sexo anal, enquanto no resto do mundo a média é de apenas 8%.


Disponível em http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/homens_se_preocupam_mais_com_a_satisfacao_do_parceiro_do_que_as_mulheres_mostra_pesquisa.html. Acesso em 31 jan 2014.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Alegria e felicidade: sinônimos ou complementares?

Eduardo Shinyashiki

Já se deu conta de que, na maior parte do tempo, estamos tomando decisões para escolher entre os caminhos que nos fazem satisfazer uma preferência e aqueles que dão conta de nossas necessidades? Indo mais além, será que você ainda é capaz de separar essas duas dimensões da sua vida ou a percepção sobre o que de fato é necessário para sua existência já está "desligada"? Essas duas questões podem parecer muito específicas, mas estão ligadas diretamente aos conceitos de alegria e felicidade.

Quando optamos por adquirir o último modelo de celular do mercado ou passar as férias na praia mais badalada do momento, por exemplo, nosso pensamento está focado em atender às preferências. Podemos viver sem uma coisa ou outra, mas temos a nítida sensação de que a ausência desses momentos irá tornar os dias mais tristes. Em outras palavras, estamos em busca do que pode trazer sensações prazerosas, mesmo que a um preço alto, seja do ponto de vista do esforço empregado no trabalho para gerar o montante de dinheiro necessário para a consumação do desejo bem como dos sacrifícios emocionais exigidos.

Tendo como referência a realidade do ambiente de trabalho, essa situação fica bem clara quando temos a chance de conhecer profissionais que estendem sua jornada diária até altas horas não por estarem em busca de um objetivo ligado à carreira, mas, sim, da aquisição de um bem material. Por estarem de olho apenas no final do caminho, deixam de prestar atenção em sua saúde, na qualidade dos relacionamentos afetivos e, quando percebem, muitas coisas mudaram sem que tivessem se dado conta.

A felicidade nasce de outra forma: é um conjunto formado pelas necessidades, físicas e mentais, e nossas realizações. Assim, ter momentos de diversão com os amigos é tão importante quanto tomar água durante o dia, ainda que por motivos claramente diferentes. E por mais simples que essa afirmação pareça, há muitas pessoas deixando suas necessidades de lado em busca de sonhos que são entendidos como prioritários. Pense: quantas vezes já não viu um colega do trabalho deixar de ir ao banheiro ou de comer para finalizar uma apresentação atrasada? Veja bem, não estamos falando de ter uma vida regrada e limitada ao "arroz com feijão", mas em uma filosofia de vida que nos faz questionar-se a todos os instantes se algo é realmente necessário para sua satisfação.

Cada indivíduo tem uma gama única de necessidades, o que dificulta comparações entre o que é necessário para mim e para você. Por isso, é importante investir no autoconhecimento, que trará as respostas certas nos momentos em que tiver que fazer uma escolha. Contrariando o que grande parte da população pensa, a felicidade não é um estado de espírito que dura por muito tempo. Já que estamos em constante transformação, nossas necessidades também se alteram com o desenrolar dos dias. Assim, devemos estar com todos os radares ligados para identificar essas alterações e, mais uma vez, lançar-se à missão incansável de saná-las.

Quando optamos por adquirir o último modelo de celular do mercado ou passar as férias na praia mais badalada do momento, por exemplo, nosso pensamento está focado em atender às preferências

Quebrando com uma tradição de nossa sociedade, devemos deixar de escolher entre uma ou outra se quisermos chegar à vida plena. Somente quando temos bastante claro quais são nossas preferências e necessidades é que teremos condições de criar estratégias para concretizá-las de maneira simultânea e responsável.

O filme Click, estrelado por Adam Sandler, traz à tona como podemos nos perder quando buscamos satisfazer apenas nossas preferências. Ao decidir avançar o tempo e deixar as preocupações e atividades da rotina de lado em prol das sucessivas promoções, o personagem principal também abre mão daquilo que lhe era necessário. Afinal, não podemos deixar de dividir nossos momentos com pessoas que amamos ou passar uma parte do dia sem pensar em produtividade. A plenitude não está onde se quer chegar, mas como iremos percorrer nossos caminhos.

Disponível em http://portalcienciaevida.uol.com.br/esps/Edicoes/71/artigo241571-1.asp. Acesso em 25 ago 2013.