Extra
17/10/2013
Ainda em fase experimental de estudo, uma técnica cirúrgica
desenvolvida na Universidade Estadual Paulista (Unesp) já é vista como
esperança de cura para impotência sexual provocada pela prostatectomia
(retirada da próstata). O método, que já beneficiou dez pacientes, será
apresentado no Congresso Brasileiro de Urologia, no mês que vem, e no encontro
anual da American Society for Peripheral Nerve, em janeiro de 2014, no Havaí.
De inédito, a técnica — batizada de reinervação peniana por
enxertos femoro-penianas — traz o emprego da chamada neurorrafia
término-lateral, que permite a reativação eficaz de
nervos responsáveis pela ereção. Com frequência, essas estruturas acabam sendo
lesadas nas cirurgias de retirada da próstata, por passarem por trás da
glândula, bem junto à membrana que a recobre.
A prostatectomia é realizada em casos de câncer ou adenoma
de próstata, embora esta última raramente provoque disfunção erétil.
Segundo o urologista José Carlos Souza Trindade, professor
da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, dos dez homens beneficiados pela
nova técnica, quatro já recuperaram a ereção peniana de forma efetiva.
Participaram do estudo pacientes entre 45 e 70 anos, que tinham extraído a
próstata há, pelo menos, dois anos e que fracassaram no uso de outros métodos
contra impotência.
— Pelos resultados, já demonstramos que a técnica funciona.
Vamos pegar mais casos para ter um valor estatístico maior do sucesso dela. A
operação também renova o psicológico do paciente. É como uma luz no fim do
túnel.
Disponível em
http://oglobo.globo.com/saude/cirurgia-desenvolvida-na-unesp-devolve-erecao-quem-retirou-prostata-10396735#ixzz2odU5PZj6.
Acesso em 10 fev 2014.