G1
17/03/2012
Os casos de discriminação contra homossexuais são cada vez
mais comuns. Em 2011, São Carlos, no interior de São Paulo, foram registradas
26 casos de pessoas que foram vítimas de agressão verbal e física. Não há uma
lei federal para combater esse tipo de crime. No estado, o que existem são
punições mais brandas, como multas.
Uma transexual, que não quis se identificar, disse que desde
criança sofre com sua opção sexual. Ela contou que já sofreu várias agressões
na escola e, hoje em dia, vive com medo. “De a pessoa te empurrar, querer jogar
objetos em você, te dar soco. São agressões que as pessoas acham que não te
machucam, mas machucam e deixam traumas”, disse.
A advogada Carla Tavares Collaneri disse que uma lei
nacional seria um importante instrumento de conscientização. “Hoje no âmbito
nacional, nós não temos ainda uma lei criminalizando a homofobia, o que nós
temos é um projeto de lei complementar. E, no estado de São Paulo, nós temos
uma lei prevendo algumas punições como pena de multa, advertência, mas não
criminalizando a conduta homofóbica”, explicou.
Parada LGBT
Transformar a discriminação contra homossexuais em crime é
hoje a principal bandeira levantada pela ONG Visibilidade LGBT. Por isso, o
tema da 4ª Parada do Orgulho LGBT(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais) de São Carlos será “Contra a discriminação e impunidade, homofobia
também é crime”.
O evento ocorrerá neste domingo (18), a partir das 14h,
saindo da Avenida São Carlos, próximo ao Terminal Rodoviário, e seguindo até a
Praça do Mercado. As apresentações e shows começam às 17h.
Phamela Godoy, presidente da ONG Visibilidade LGBT, acredita
que a Parada é um evento já aceito pela população sãocarlense. “A população de
São Carlos quer mais cidadania para todos os habitantes da cidade, inclusive os
LGBTs”.
Disponível em http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2012/03/sao-agressoes-que-deixam-traumas-diz-transexual-vitima-de-homofobia.html.
Acesso em 15 ago 2013.