Mostrando postagens com marcador insatisfações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador insatisfações. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 4 de março de 2014

Algo errado no corpo

Carrie Arnold
fevereiro de 2014

O número de pessoas insatisfeitas com a imagem do corpo não é pequeno. Quase metade das adolescentes relata estar infeliz com a aparência. O número de homens que dizem sentir grave insatisfação com a imagem corporal também está crescendo. Um distúrbio que tem chamado a atenção de especialistas é o transtorno dismórfico corporal, em que as pessoas não conseguem parar de pensar em pequenas “falhas” (não raro, imaginárias) de sua aparência.

A maior parte dos especialistas concorda atualmente que o problema depende de diversos fatores psíquicos, biológicos e ambientais. A novidade é que pesquisas recentes apontam a interocepção como uma função biológica chave para compreendermos esse tipo de transtorno.

A interocepção é um sentido pouco conhecido, responsável pela consciência do estado interno do próprio corpo. Alterações nesse sentido podem estar relacionadas ao desenvolvimento de anorexia, bulimia e transtorno dismórfico corporal, e identificar o distúrbio ajudaria a desenvolver novas abordagens terapêuticas.

Sabemos quando estamos satisfeitos ou com fome, com frio ou calor, com coceira ou dor no momento em que receptores localizados na pele, nos músculos e nos órgãos internos enviam sinais a uma região do cérebro chamada ínsula. Essa pequena bolsa de tecido neural está situada em uma dobra profunda da camada externa do cérebro, perto das orelhas. Essa estrutura mantém a consciência do estado interno do corpo, desempenhando um papel importante no autoconhecimento e na experiência emocional. Tanto informações interoceptivas e quanto vindas do meio externo são processadas na ínsula.

A região é responsável por relacionar, por exemplo, a forte dor que sentimos ao tocar um fogão quente com o vermelhão que aparece na mão queimada. “A integração dessas informações constitui a imagem corporal, ou seja, parecemos o que pensamos”, diz o neurocientista Manos Tsakiris, da Royal Holloway, Universidade de Londres. “Quanto maior a contribuição da interocepção em oposição a estímulos externos e visuais, melhor é a imagem corporal de uma pessoa.”

Pessoas com alterações nessa regulação biológica podem ter dificuldade para ancorar o “senso de si”, tornando-se excessivamente preocupadas com mínimos detalhes visuais, o que costuma resultar na depreciação da própria imagem. Pacientes com transtorno dismórfico corporal também apresentam esse tipo de problema, o que os leva a focar mais na forma do nariz do que na harmonia geral do rosto.

Imagem corporal distorcida, chamada formalmente de dismorfia corporal, pode variar desde leves preocupações sobre como um jeans pode não modelar tão bem o quadril até interpretações delirantes em relação ao tamanho e a forma do corpo, como nos casos de anorexia nervosa e transtorno dismórfico corporal. Muitos podem ter o problema inverso. Em um estudo de 2010, o cardiologista Sandeep Das e seus colegas da Universidade do Texas, Centro Médico do Sudoeste, descobriram que um em cada dez adultos obesos acreditava que seu peso estava saudável. Os cientistas acreditam que a baixa interocepção também ajuda a explicar a distorção positiva desses voluntários a respeito do próprio corpo.


Disponível em http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/algo_errado_no_corpo.html. Acesso em 04 mar 2014.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Orgasmo ajuda a prevenir doenças físicas e mentais, diz estudo

BBC BRASIL
10 de agosto, 2012

Magdalena Salamanca, psicanalista especializada em sexo baseada na Espanha, disse à BBC que a ausência do prazer sexual pode provocar doenças e transtornos mentais.

"É importante porque o orgasmo é a satisfação de um dos instintos mais importantes do ser humano, que é o sexual", diz.

Ela destacou ainda que muitos dos problemas de cunho social ou profissional estão vinculados à insatisfação sexual. "Por exemplo, a ansiedade é um dos transtornos mais relacionados com a ausência do orgasmo".

Além disso, a psicóloga Ana Luna disse que "fisiologicamente, a descarga de muitas tensões que o ser humano acumula se produz por meio do orgasmo".

Atividade cerebral

Há alguns meses, cientistas da Universidade de Rutgers, no Estado americano de Nova Jersey, determinaram que o orgasmo ativa mais de 80 diferentes regiões do cérebro.

Utilizando imagens de ressonância magnética do cérebro de uma mulher de 54 anos enquanto tinha um orgasmo, os cientistas descobriram que no ato quase todo o cérebro se torna amarelo, o que indica que o órgão está praticamente todo ativo.

Os níveis de oxigênio no cérebro também refletem um espectro que vai desde o vermelho intenso até um amarelo claro, e isto tem um impacto em todo organismo.

Benefícios para a saúde

"Há outros benefícios porque todo esse sangue oxigenado que flui pelo corpo chega aos microssensores da pele e vai para todos os órgãos", diz a psicóloga Ana Luna.

Já Magdalena Salamanca destaca que a saúde física e psíquica estão muito vinculadas à satisfação sexual proporcionada pelo orgasmo, o que o estudo da Universidade Rutgers parece comprovar.

A pesquisa mostrou como a atividade cerebral iniciada pelo orgasmo se propaga por todo o sistema límbico, relacionado às emoções e à personalidade.

Por isso, psicólogos como Ana Luna acreditam que o orgasmo é uma parte essencial de uma personalidade sadia.

"Quando você não tem orgasmo toda essa energia fica represada", diz a estudiosa, acrescentando que muitas vezes a ausência do prazer sexual torna a pessoa irritadiça, triste, rabugenta e até mesmo com dificuldades para sorrir.


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/08/120810_orgasmo_saude_jp.shtml. Acesso em 25 ago 2013.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Eleitores insatisfeitos sexualmente tendem a votar em candidatos com discurso de protesto, diz pesquisa

BBC BRASIL
10 de abril, 2012

Entre as conclusões está a de que quem não está satisfeito com sua vida amorosa tende a votar em candidatos que se baseiam em discursos de protesto.

A pesquisa, encomendada pela revista Hot Video, entrevistou 1.400 franceses.
Os resultados foram divulgados a menos de 15 dias das eleições presidenciais no país.

De acordo com a pesquisa, 35% dos franceses não satisfeitos com sua sexualidade votarão no candidato Jean-Luc Mélenchon, da coalizão Frente de Esquerda (ultra-esquerdista).

Outros 31% dos que não se consideram satisfeitos sexualmente disseram ser eleitores de Marine Le Pen, a candidata da Frente Nacional, de ultra-direita.

Questão de intensidade?

O resultado da pesquisa sugere que a satisfação dos franceses não está relacionada à frequência com que mantêm relações sexuais.

Os eleitores de direita e centro aparentemente levam uma vida sexual menos intensa que os adeptos dos partidos mais radicais.

Segundo a pesquisa, os partidários do presidente Nicolas Sarkozy têm relações sexuais 6,7 vezes por mês.

Os eleitores da extrema-direita disseram praticar o sexo em média 7,7 vezes por mês.

Já aqueles que preferem a extrema-esquerda afirmaram ter relações sexuais oito vezes por mês.

Contudo, a relação entre sexo e política possui outra explicação, que reside nas diferenças de nível social e educacional do eleitorado de cada partido.

"Normalmente aqueles que votam na direita são pessoas de mais idade e mais religiosos que os demais franceses. Por isso têm uma atividade sexual menos frequente", disse à BBC o diretor da pesquisa François Kraus.

Troca de casais

Algumas práticas sexuais podem ser vinculadas diretamente à ideologia política dos eleitores franceses, especialmente à troca de casais.

De acordo com a pesquisa, ao menos 10% dos simpatizantes da extrema-esquerda afirmaram praticar a troca de casais - uma média duas vezes mais alta que a dos eleitores de outras correntes ideológicas.

"Nesse caso existe uma relação direta. A troca de casais se deve à visão econômica. Compartilha-se tudo, até os casais", disse Kraus.

A pesquisa concluiu ainda que a mulher de esquerda parece ser mais liberal na atividade sexual. A maioria das pesquisadas afirmou ter praticado sexo oral uma ou mais vezes na vida.

Tanto homens como mulheres eleitores da esquerda tendem a experimentar mais práticas diferentes da atividade conjugal tradicional.

Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/04/120410_franca_sexo_dg.shtml>. Acesso em 16 jun 2012.