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terça-feira, 22 de abril de 2014

Pacientes que nasceram sem vagina ganham órgão feito com suas células

Reuters
11/04/2014 

Quatro jovens que nasceram sem vagina ou com vagina anormal receberam implantes de material cultivado em laboratório feito a partir de suas próprias células, no mais recente caso de sucesso para criação de órgãos de substituição, o que até agora inclui também traqueias, bexigas e uretras.

Testes de acompanhamento mostraram que as novas vaginas não se diferenciaram do próprio tecido das mulheres, e o tamanho dos órgãos aumentou à medida que as pacientes – que receberam os implantes na adolescência –  amadureceram.

Todas as jovens já são sexualmente ativas e relatam ter uma função vaginal normal. No momento das cirurgias, feitas entre junho de 2005 e outubro de 2008, elas tinham entre 13 e 18 anos de idade.

Duas das mulheres, que nasceram com útero funcional, mas sem vagina, agora também menstruam normalmente. Ainda não está claro se elas poderão ter filhos, mas o fato de estarem menstruando sugere que seus ovários estão funcionando direito – razão pela qual uma gravidez é possível, explicou o cirurgião urologista pediátrico Anthony Atala, diretor do Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest, na Carolina do Norte.

A façanha, que Atala e colegas mexicanos descrevem na revista britânica "The Lancet", é a mais recente demonstração do crescente campo da medicina regenerativa, uma disciplina em que se tira proveito do poder do corpo para regenerar e substituir células.

Em estudos anteriores, a equipe de Atala usou a técnica para fazer bexigas sobressalentes e tubos de urina ou uretra em meninos.

Segundo o médico, esse estudo-piloto é o primeiro a demonstrar que vaginas cultivadas em laboratório com as próprias células das pacientes podem ser usadas com sucesso em humanos, oferecendo uma nova opção para mulheres que precisam de cirurgias reconstrutivas.

Síndrome MRKH

Todas as participantes da pesquisa nasceram com a síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), uma condição genética rara em que a vagina e o útero são subdesenvolvidos ou ausentes. O tratamento convencional envolve o uso de enxertos feitos de tecido intestinal ou da pele, mas essas duas opções têm inconvenientes, segundo Atala. Isso porque o tecido intestinal produz excesso de muco, o que pode causar odores. Já a pele convencional pode arrebentar.

O médico esclareceu que mulheres com essa condição geralmente procuram tratamento durante a puberdade. "Elas não podem menstruar, especialmente quando têm um defeito grave, quando não têm uma abertura", afirmou. Isso pode causar dor abdominal, com a presença de sangue menstrual no abdômen.


Disponível em http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/04/pacientes-que-nasceram-sem-vagina-ganham-orgao-feito-com-suas-celulas.html?fb_action_ids=10201889848390950&fb_action_types=og.recommends. Acesso em 17 abr 2014.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mulheres na Venezuela estão morrendo por implantarem biopolímero nas nádegas

Osmairo Valverde
16 de novembro de 2013

Qual o preço da estética perfeita?

Mais de 40 mil mulheres no país já realizaram o procedimento de injetar uma substância gelatinosa formada por biopolímeros sintéticos em suas nádegas buscando o aumento no volume.

Diferentemente de um implante de silicone, a substância sintética acaba “vazando” do local onde foi injetado e começa a se espalhar, de forma incontrolável, por outros tecidos, levando à deformidades – muitas vezes irreversíveis – e à morte.

Na Venezuela, fazer uma cirurgia plástica é tão comum quanto ir a um dentista. Vários concursos de beleza acontecem por lá e isso estimula mulheres e homens em busca do corpo perfeito.

O DailyMail ressaltou a história de uma mulher identificada apenas por Merces que sonhava em ter suas nádegas aumentadas e empinadas para ressuscitar seu casamento fracassado.

A cirurgia não foi bem sucedida e ela se arrepende do procedimento: “Dói tanto que não posso sentar mais que 5 minutos”, disse a senhora de 45 anos. Ela afirma estar envergonhada e por isso não forneceu seu sobrenome.

A operação, que custa em torno de R$ 1.700,00 reais, está virando “febre” no país e causando dezenas de problemas médicos. Astrid de la Rosa, também realizou o procedimento. A substância começou a migrar para suas costas e quadris. Revoltada com a falta de apoio com as mulheres que passaram pelo mesmo problema, ela montou uma ONG para apoiá-las.

Ela afirma que mais de 15 mulheres já morreram por complicações devido ao gel aplicado. O governo da Venezuela proibiu o uso de materiais de enchimento semelhantes para fins estéticos.

Em vários casos, o polímero viaja pelo corpo podendo atingir o tórax. Dessa forma, ocorre uma limitação no ato de respirar, deixando a paciente com sensação de sufocamento.

A retirada do gel dos músculos das nádegas ou de outras partes do corpo pode custar até R$ 12.500,00 reais e ainda é considerada experimental pela Sociedade Venezuelana de Cirurgia Plástica porque, na verdade, não existe nenhuma garantia de melhora ou de recuperação completa.


Disponível em http://www.jornalciencia.com/saude/beleza/3201-mulheres-na-venezuela-estao-morrendo-por-implantarem-biopolimero-nas-nadegas. Acesso em 23 nov 2013.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Silicone aumenta chance de morte por câncer de mama, diz estudo

BBC BRASIL
1 de maio, 2013

Mulheres com implantes de silicone nos seios e que desenvolvem câncer de mama têm mais chances de morrer da doença, sugere uma pesquisa canadense.

Segundo o estudo, divulgado na publicação britânica British Medical Journal, as próteses não são as causadoras dos tumores, mas dificultam o diagnóstico do câncer em seus estágios iniciais.

Os autores da pesquisa, o epidemiologista Eric Lavigne e o professor Jacques Brisson, ambos da Universidade de Quebec, analisaram os resultados de 12 estudos publicados desde 1993 nos Estados Unidos, Canadá e no Norte da Europa.

Eles concluíram que mulheres com silicone tem 26% mais chances de serem diagnosticadas com câncer nos estágios avançados da doença - justamente porque a prótese impediu o diagnóstico no estágio inicial. Uma análise de cinco estudos mostrou que a chance de morte entre pacientes com prótese aumenta 38%.

Cautela

O estudo afirma que a presença do silicone dificulta a identificação do câncer por exames de raio-X e mamografias. Em contrapartida, o implante pode facilitar a detecção manual dos tumores porque fornece uma superfície contra a qual o nódulo se apoia.

"A pesquisa sugere que a cirurgia cosmética para aumento dos seios pode prejudicar o índice de sobrevivência entre mulheres que posteriormente são diagnosticadas com câncer de mama", afirmaram os pesquisadores.

No entanto, eles ponderam que os resultados devem ser interpretados com cautela, porque os dados de alguns estudos não se encaixam nos critérios da meta-análise, um método de pesquisa que tenta combinar resultados de estudos independentes sobre um único tema.

Os canadenses defendem a necessidade de mais estudos para investigar os efeitos a longo prazo dos implantes cosméticos de mama na identificação e prognóstico de câncer.

Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, em 2011 foram realizadas quase 149 mil cirurgias de aumento dos seios no Brasil, colocando o país atrás somente dos Estados Unidos no ranking do número de mulheres que realizam a cirurgia. Em todo o mundo, foram 1,2 milhão de cirurgias.


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130501_silicone_cancer_fl.shtml. Acesso em 09 jul 2013.