Deise Azevedo Longaray; Paula Regina Costa Ribeiro
Revista Brasileira de Educação v. 20 n. 62 jul.-set. 2015
Resumo: O artigo tem como objetivo conhecer e compreender como as instâncias sociais – a
família, a instituição religiosa, o movimento homossexual (Associação LGBT) e
as instituições médicas e psicológicas –, por meio de suas estratégias de governamento,
interpelam os sujeitos, produzindo suas subjetividades. Entendemos tais
instâncias como espaços educativos, pois nos ensinam modos de ser e estar no
mundo. Nesse sentido, analisamos enunciações de alguns sujeitos gays, travestis e
transexuais, produzidas por meio de metodologias da história oral temática e da
observação participante. Assim, concluímos que a família prima pela coerência entre
sexo, gênero, prática sexual e desejo; as instituições médicas e psicológicas buscam
diagnosticar e normalizar as atitudes dos sujeitos “desviantes”; as instituições religiosas
buscam “condenar” as práticas transgressoras; e o movimento homossexual
conduz as práticas dos sujeitos ao instituir as posturas adequadas e coerentes com
a política do movimento.