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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Bissexual não é gay enrustido; atração pelos dois sexos existe

Yannik D´Elboux
20/05/201407h02

Os bissexuais costumam sofrer preconceito duplo. Para os heterossexuais, é difícil compreender a existência do desejo por ambos os sexos. Já os gays, apesar de carregarem a letra B em seu movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis), custam a acreditar que os bissexuais realmente existam.

A polêmica, tanto entre héteros quanto homossexuais, recai sempre sobre a bissexualidade masculina, pois com as mulheres a cobrança por uma definição é menor. Afinal, a bissexualidade feminina continua sendo um dos maiores fetiches dos homens, o que acarreta maior aceitação.

Para quem duvida dessa orientação sexual, declarar-se "bi" é apenas uma forma de não assumir completamente a homossexualidade. Entretanto, para a ciência, a bissexualidade não é uma desculpa de gay que teme se assumir. Um estudo de 2011 da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, mostrou que homens bissexuais apresentam padrões de excitação similares quando estimulados por conteúdo erótico masculino e feminino.

A pesquisa foi a segunda realizada com o mesmo objetivo pelo professor Michael Bailey, do Departamento de Psicologia. Em 2005, ele não conseguiu comprovar a existência da atração por ambos os sexos do ponto de vista genital e cerebral, o que motivou o controverso artigo do jornal The New York Times de título "Hétero, gay ou mentiroso".

Em entrevista ao UOL, Bailey explicou que na segunda tentativa empregou outro método de recrutamento dos participantes. Dessa vez, ao invés de uma seleção aleatória, o pesquisador usou um site em que casais procuravam por parceiros sexuais masculinos, para interagir tanto com o homem quanto com a mulher, para aumentar as chances de encontrar indivíduos genuinamente bissexuais.

"No segundo estudo, os homens de fato tenderam a apresentar um padrão bissexual de excitação. Portanto, neste sentido, nós mostramos que a bissexualidade masculina existe", afirmou o professor da Universidade Northwestern.

Dentro do armário

Apesar de existirem para a ciência, os bissexuais ainda parecem bastante invisíveis para a sociedade e até dentro do movimento gay. "Dificilmente encontramos pessoas que se autodenominam bissexuais e se organizam para fazer esse debate em conjunto", afirma Juliana Souza, bissexual assumida e secretária da região Sul da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Segundo Juliana, as pessoas com essa orientação sexual acabam unindo-se aos gays e às lésbicas para não perderem representatividade e fugir das críticas. "Dentro do movimento LGBT tem o preconceito velado. Ainda há aquela rusga de que a pessoa bissexual não tem definição", diz.

O estudante universitário Rodrigo Salgado, também bissexual assumido e integrante da diretoria do grupo Dignidade, que luta pelos direitos da população LGBT no Paraná, sabe bem o que é isso. "Boa parte da população LGBT pensa que que o bissexual não existe, que é um gay que não saiu do armário", conta.

Essa ideia equivocada tem justificativa. Alguns gays, às vezes até homens em casamentos convencionais, passam por um estágio em que se definem como bissexuais antes de assumir a homossexualidade. "Quando aceitam que são gays, eles ficam céticos e acreditam que qualquer homem que se diz bissexual é exatamente como eles eram", explica o professor Michael Bailey, da Universidade Northwestern. Porém, nesses casos, a bissexualidade nunca existiu de fato.
Não é indecisão

"O bissexual é a pessoa que sente atração, tem desejos e estabelece práticas sexuais com ambos os sexos", define o psicólogo Ítor Finotelli Júnior, psicoterapeuta sexual e secretário geral da Sbrash (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana). Essa característica não tem nada a ver com indefinição. "Por vezes, o bissexual é considerado como um indeciso ou promíscuo. Esses adjetivos revelam o preconceito que essas pessoas sofrem", afirma o psicólogo.

A incompreensão pode vir até do parceiro ou companheiro. "Aparecem inseguranças do tipo: será que ele está satisfeito? será que dou conta?", exemplifica Ítor Finotelli. Por essa razão, Juliana Souza acredita que, muitas vezes, os bissexuais preferem evitar esse rótulo e lidar apenas com o presente, diminuindo também a necessidade de explicações para os outros. "Se está em uma relação hétero a pessoa se autodenomina hétero, se está em uma relação com o mesmo gênero se denomina gay", diz a secretária da ABGLT.

Entretanto, independentemente da relação que vive no momento, o bissexual mantém seu interesse pelos dois sexos. Isso acontece tanto com Juliana, que também é bissexual e atualmente vive com uma mulher, quanto com Rodrigo Salgado, noivo de outro homem. "Isso não muda o fato de eu sentir atração por ambos os sexos", diz ele, que já namorou mulheres.

População bissexual

Não existem dados precisos sobre a quantidade de bissexuais entre a população brasileira. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda não incluiu a pergunta sobre orientação sexual nos censos regulares. Em 2009, um levantamento do Datafolha apontou a prevalência de 3% de bissexuais.

Como o preconceito contra as mulheres costuma ser menor, existe a impressão de que a bissexualidade é mais comum na população feminina. Segundo o secretário geral da Sbrash, de fato observa-se uma maior quantidade de mulheres afirmando-se bissexuais em comparação com os homens. "Mas isso não significa tendência ou maior predisposição das mulheres a serem bissexuais", esclarece.

Entre os homens, não são raros aqueles que escondem a verdadeira orientação sexual, passando-se por heterossexuais ou até homossexuais para escapar da discriminação. Para Rodrigo Salgado, enquanto as pessoas não criarem coragem para se expor, a falsa imagem de que os "bi" não existem irá se perpetuar, mesmo com as descobertas científicas a respeito da bissexualidade. "Os bissexuais precisam fazer uma segunda saída do armário", afirma.


Disponível em http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2014/05/20/bissexual-nao-e-gay-enrustido-atracao-pelos-dois-sexos-existe.htm. Acesso em 15 dez 2014.

domingo, 9 de setembro de 2012

Mercado do sexo: a fantástica indústria do fetiche

Simão Mairins
06 de setembro de 2012

Em 79 d.C., mais precisamente no dia 24 de agosto, o vulcão Vesúvio destruiu completamente as cidades de Herculano e, a mais notória, Pompeia, ambos centros importantes do Império Romano. A história daquela noite ficou, então, literalmente sepultada durante cerca de 1.500 anos, até que, durante escavações para uma obra de desvio do curso do rio Sarno, trabalhadores esbarraram em antigos muros em ruínas.

Na época, alguns profissionais chegaram a ser chamados para averiguar os achados, mas acabaram optando, inexplicavelmente, por não investigá-los. No século XVIII, entretanto, a região voltou a ser escavada e a história do dia em que o Vesúvio acordou veio à tona, explicando o motivo pelo qual os primeiros a se deparar com as ruínas (durante a repressora Idade Média) preferiram não tocá-las.

A cidade era um imenso centro dedicado ao prazer, e o sexo, em todas as suas formas imagináveis (e talvez até inimagináveis, para os mais puritanos!), inundava as ruas e clubes naquele fatídico 24 de agosto. Explorações realizadas nos últimos três séculos extraíram do que restou de Pompeia afrescos eróticos, taças com cenas de sexo em alto relevo, várias esculturas com representações do deus grego da fertilidade, Príapo, e até postes construídos com conotações fálicas.

Uma cidade como Pompeia seria inconcebível nos dias de hoje. Depois de quase dois milênios de transformações culturais e redefinições de paradigmas, práticas como aquelas passaram a ser socialmente reprimidas. Mas o mundo, evidentemente, não matou o erotismo e ainda inventou a pornografia.

Tabu ou não, o fato é que pequenos mundos devotados ao prazer são mais comuns hoje do que se pensa e, como quase tudo em sociedades capitalistas, acabaram sendo responsáveis por movimentar negócios e, nesse caso específico, construir sólidos e importantes mercados.

Pequenas pompeias modernas

Dedicadas especialmente a adeptos de um estilo de vida liberal, algumas iniciativas têm ganhado espaço no Brasil e no mundo. Em São Paulo, por exemplo, estão localizadas algumas das mais famosas casas de swing do país.

Espaços normalmente bem amplos, as casas de swing são aparentemente boates como todas as outras. Por dentro, entretanto, agregam espaços reservados para que dois ou mais casais se encontrem, shows de strip-tease e ambientes dedicados à realização de fetiches (mais ou menos como os afrescos de Pompeia), além de, é claro, permitir que as pessoas façam sexo em qualquer lugar do clube (sim, também como nas ruas de Pompeia).

Com o crescente número desses estabelecimentos, as casas têm procurado inovar, acrescentando serviços e buscando se diferenciar na qualidade de requisitos cruciais nesse tipo de negócio. Um clube localizado na região de Moema, em São Paulo/SP, por exemplo, aposta no quesito higiene ao extremo, oferecendo, entre outras coisas, dispositivos com gel antibactericida nas cabines reservadas e antisséptico bucal nos banheiros.

Outro fator importante é o sigilo. Normalmente, quem frequenta casas de swing não quer se expor fora daquele ambiente. Por isso, uma série de cuidados deve ser levada em conta e o grau de importância dado por cada empresa a esse quesito pesa bastante na decisão dos clientes.

Um mecanismo adotado para garantir maior discrição é dar preferência à entrada apenas de casais. Em alguns casos, inclusive, há necessidade de cadastro prévio para entrada nos clubes. Além disso, nos que recebem pessoas desacompanhadas, os preços são bem mais caros para quem entra sozinho (na maioria das casas, o ingresso de homens solteiros custa entre quatro e cinco vezes mais que o de casais).

Perdidos em um barco

O swing e demais formas de sexo em grupo não são, entretanto, exclusividade das casas noturnas especializadas. Há, por exemplo, agências de turismo dedicadas exclusivamente à organização de "cruzeiros liberais". A CasalFirstTour é uma delas. Há sete anos atuando no segmento, ela organiza viagens para casais swingers com destinos nacionais e no exterior.

No Brasil, normalmente, os destinos mais procurados são regiões de serra ou praias nobres, de preferência bem afastadas de grandes aglomerações urbanas. Já no exterior, a agência explica que o Caribe e a Europa são os locais mais procurados pelos clientes brasileiros.

Uma das últimas viagens organizadas pela CasalFirstTour teve como destino a cidade de Balneário Camboriú, apresentada na divulgação como "a mais liberal do Brasil". O pacote incluía desde hospedagem em um hotel fechado apenas para o grupo até transporte para a praia do Pinho (naturista), além de uma noite em uma famosa casa de swing da cidade.

"A agência foi criada há sete anos com o objetivo de oferecer tranquilidade, ambiente agradável, conforto e discrição aos casais liberais que procuram opções de lazer fora dos clubes convencionais do segmento. As viagens são planejadas com muita cautela, para que possam atingir excelência e qualidade no atendimento", dizem os donos da empresa.

Brinquedos

Outro segmento bastante forte no mercado erótico é o de "brinquedos". A empresa Adão&Eva Toys é uma das mais conhecidas fabricantes e importadores desse nicho no Brasil. O diretor comercial da companhia, André Luiz Marques, explica que, por lidar com a imaginação e a fantasia das pessoas, a marca precisa criar coisas novas e atrativas. "Viajamos para outros países e visitamos feiras especializadas, onde encontramos novas tendências, novas tecnologias, novos materiais", explica André.

"Alguns fatores são cruciais na hora de criar um produto. O primeiro é o material. Temos diversos tipos, como vidro, plástico, látex e silicone. Além disso, a tecnologia empregada nas funções é também um ponto importante. Todos querem um produto que faça mil e uma coisas", conta André.

Para quem pensa que atuar nesse segmento é fácil, André destaca que a coisa não é tão simples quanto parece. "No segmento erótico ainda lidamos com o preconceito e tabus. Veja como exemplo nossa dificuldade para fazer propaganda. Muitos canais têm a porta fechada para o nosso segmento - revistas, rádios, televisão. Alguns termos não podem ser utilizados, algumas imagens também. Quando chega o dia dos namorados todos querem matéria, o assunto tem destaque. Mas além dessa época é difícil de se ter espaço", conta o diretor.

Mesmo com as dificuldades, a situação é boa para o segmento. Nos últimos cinco anos, o faturamento tem crescido em torno de 15% anualmente.

Mercado de preservativos: mais que saúde

Embora massivamente incentivado por campanhas governamentais e já absorvido como uma questão de saúde pública, o uso de preservativos por muito tempo enfrentou certas resistências por ser visto por alguns casais, e principalmente por homens, como um limitador do prazer. Justamente para quebrar essa barreira os fabricantes começaram uma corrida pelo desenvolvimento de produtos mais atrativos. E aí surgiu uma infinidade de opções: camisinhas mais sensíveis, retardantes, com sabor, com cheiro e muito mais.

Agora visto não mais somente como um mecanismo de segurança, mas também enquanto um "algo a mais" na relação, o preservativo ganha cada vez mais mercado. "Hoje, o grande desafio da categoria é criar preservativos diferenciados, ou seja, ao mesmo tempo que oferece segurança, o produto também proporciona prazer. Por isso cresce o consumo dos preservativos retardantes, sensitive, hot e outros, e por outro lado, vemos a queda do preservativo lubrificado comum. Estamos preparados para atender este novo perfil de consumidor, que vê no preservativo um item essencial na hora do sexo, não só para sua segurança, mas também para aumentar o seu prazer", conta Bruno Koudela, gerente de marketing da Blowtex.

Motéis: luxo, comodidade e expansão da experiência

Casais heterossexuais tradicionais interessados apenas em uma noite de sexo em um ambiente diferente. Jovens namorados. Casais homossexuais. Swingers. Essa é apenas uma pequena segmentação dos diferentes públicos que os motéis atraem e precisam saber atender. Por isso, uma tendência forte nesse setor hoje, principalmente nos estabelecimentos de luxo, é a ampliação do mix de serviços e produtos.

O Union Motel, localizado em João Pessoa/PB, é um empreendimento relativamente novo, mas tem se destacado bastante em âmbito nacional por adotar uma postura pouco tradicional para o segmento, tanto no que diz respeito aos serviços prestados quanto pela imagem pública que tem construído.

Eleito como um dos dez melhores motéis do Brasil, a empresa procura fazer jus ao título investindo na diversificação de sua oferta, direcionando sua comunicação não mais apenas aos homens, mas também às mulheres, e tentando transformar uma ida ao motel em mais que uma simples noite (ou dia) de sexo.

"Apesar de sermos conhecidos pela irreverência das nossas peças publicitárias, nos preocupamos em não fazer algo vulgar ou machista, que possa desvalorizar as mulheres. Nas suítes, elas encontram produtos de excelente qualidade de marcas conhecidas, fazendo com que elas se sintam à vontade e valorizadas como sempre devem ser", conta Jeorge Segundo, administrador do Union.

Sobre os serviços, Jeorge destaca que a empresa resolveu "investir, por exemplo, em um totem de atendimento eletrônico para atender os clientes sem um porteiro, dando uma maior sensação de discrição. Passamos a entender bem não só de hotelaria e hospedagem, mas da área gastronômica para trazer um conceito de Motel Gourmet, bem como de lavanderia profissional. Temos uma estrutura diferenciada, desde a arquitetura aos equipamentos, como home theater, notebook, área externa com banheira ou ofurô em todas as suítes. A maior de nossas suítes, por exemplo, a Porto Ravel, tem 300m², com piscina com água aquecida, cinema, sauna, sala de estar, quarto duplo e até mesmo uma boate, proporcionando entretenimento aos nossos consumidores", conta Jeorge.

A revolução da web

No ano passado a internet ajudou a revolucionar uma parte importante do Oriente na chamada Primavera Árabe, que mobilizou milhares de pessoas na Europa e na América, e também no movimento Occupy Wall Street, reafirmando com bastante ênfase seu potencial transformador. O mercado erótico, evidentemente, assim como vários outros segmentos das economias, não ficou alheio a esse poder. No ciberespaço, a indústria pornô ganhou novo fôlego: comprar em uma sexshop ficou mais sigiloso e, para as marcas, surgiu uma nova forma de chegar aos seus públicos.

Ao passo que algumas das principais produtoras de filmes pornôs fechavam suas portas, uma infinidade de sites e blogs começou a ganhar a rede, fazendo com que canais eróticos e pornográficos, juntos, se tornassem o nicho mais acessado em todo o mundo.

Para se ter uma ideia da dimensão do mercado movimentado pelas páginas com conteúdo adulto na internet, apenas no Sexlog - site brasileiro que se apresenta como "rede social de sexo e swing" - há mais de 2 milhões de pessoas cadastradas, responsáveis pelo compartilhamento de cerca de 10,5 milhões de fotos e a troca de mais de 600 milhões de mensagens. Do total de usuários, boa parte paga para usufruir de serviços extras.

Já no site Xvideos.com, que tem servidores na Holanda, mas tem usuários praticamente no mundo todo, são postados diariamente cerca de 2.000 vídeos, segundo estimativas da própria empresa. Estruturado também como uma espécie de rede social de vídeos, bastante parecida com o Youtube em sua dinâmica, fatura com publicidade.

Ao mesmo tempo, o público de sexshops ganhou a oportunidade de comprar sem o desconfortável risco de ser visto entrando em uma loja. "A compra on-line oferece ao consumidor total discrição, desde o momento em que ele está procurando produtos até a entrega, que são realizadas em caixas pardas sem constar o nome da loja na caixa ou na nota fiscal", conta Daniel Passos, diretor-geral da Loja do Prazer, sexshop totalmente on-line.

Para o marketing, a internet tem se demonstrado também um importante canal. A marca de preservativos Prudence, por exemplo, realiza anualmente a promoção "Testadores de Camisinhas Prudence", que premia consumidores com produtos da marca por meio de um concurso cultural. "A cada ano nos surpreendemos ainda mais. Este ano, a internet movimentou muito a promoção – fosse postando contos eróticos para concorrer à história vencedora, fosse divulgando e acompanhando os textos no hotsite. Com grande interação nas redes sociais, a página da marca no Facebook alcançou quase 100 mil seguidores ao término da campanha", comenta Denise Santos, gerente de marketing da DKT do Brasil, empresa detentora da marca Prudence.

E aí: você vai continuar achando que Pompeia simplesmente desapareceu do mapa? 

Disponível em <http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/mercado-do-sexo-a-fantastica-industria-do-fetiche/60110/>. Acesso em 07 set 2012.