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sábado, 8 de novembro de 2014

Transexualidade: entre os discursos jurídico e médico

Ábiner Augusto Mendes Gonçalves
Revista PADÊ -  v. 1, n. 1 (2006)


Resumo: O estudo das questões da transexualidade se justifica devido a carência de mecanismos legítimos que regulamentem a cirurgia de mudança de sexo, sendo necessário preencher essa lacuna legislativa para se oportunizar direitos negados a esta parcela da população, permitindo um acesso mais fácil à saúde, ao mercado de trabalho e à cidadania plena. É através do discurso jurídico do silenciamento e do discurso clínico (realizado sobre os corpos), que a divisão binária masculino/feminino da sociedade segundo o sexo torna-se evidência e a construção desta divisão biológica, enquanto valor distintivo, não é questionada, já que natural. Desta maneira, o binômio sexo/gênero se traduz de maneira implícita e natural em uma sexualidade cuja capacidade para a reprodução desenha os contornos e as funções sociais de um corpo sexuado e instala, então, a imagem da verdadeira mulher e do verdadeiro homem, lócus e estratégia do poder social sobre mulheres, homossexuais e transexuais.



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Abuso sexual na infância

Ricardo Alexandre Pinto Laranjeira
Universidade Federal Fluminense
Centro de Ciência Médica  - Faculdade de Medicina
Internato de Ginecologia – Niterói/2000

Resumo: O abuso sexual na criança requer uma abordagem multidisciplinar. A função do clínico de conseguir uma história e um exame físico exige que ele tenha familiaridade com as técnicas de entrevista, conhecimento sobre os marcos normais do desenvolvimento da criança, sobre a anatomia genital normal e sobre como usar os recursos da comunidade local. Múltiplos obstáculos podem impedir a avaliação médica com suspeita de abuso sexual no atendimento pediátrico primário. A necessidade de acerácea diagnóstica é alta. O conhecimento dos fatores de risco, um entendimento do processo de vitimização e a consciência da variedade de apresentações clínicas do abuso sexual podem ser de grande auxílio. Uma abordagem aberta da possível vítima é o componente mais crítico da avaliação. Uma entrevista médica habilidosa requer tempo, treinamento, paciência e prática. Se ao pediatra faltar algum destes componentes, a entrevista deve ser encaminhada para outros profissionais. O atendimento pediátrico primário deve se preocupar com o bem estar físico e emocional da criança.