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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Qual o sexo do seu cérebro? Concepções de gênero, sexualidade e desvio em biomédicas contemporâneas

Marina Nucci
Diásporas, Diversidades, Deslocamentos
23 a 26 de agosto de 2010

Resumo: “Qual é o sexo do seu cérebro?”. Para responder a esta pergunta – tão inquietante e direta – não se leva mais do que cinco minutos. É este o tempo de preenchimento de um “teste de determinação do sexo cerebral”, que pode ser encontrado com facilidade em diversos sites na internet, publicado originalmente por uma das principais revistas de divulgação científica no Brasil. Vinte questões com respostas simples – “sim” ou “não” – sobre hábitos, características e preferências, conferem o resultado capaz de situar o cérebro de uma pessoa em um continuum de masculinidade e feminilidade. Quanto menor o resultado do teste, mais “masculino” seria o cérebro; um escore mediano indica um cérebro “misto”, ou seja, tanto “feminino” quanto “masculino”. Já no caso de se conseguir o número máximo de pontos, vinte, – respondendo afirmativamente a questões como “Geralmente resolvo problemas com mais intuição do que com a lógica”, “Acho fácil saber o que uma pessoa está sentindo só de olhar para seu rosto” e negativamente a “Quando criança gostava de subir em árvores” ou “Fico entediado facilmente” – é sinal de que o cérebro em questão é “muito feminino”. Mas o que quer dizer ter um cérebro “muito feminino”? Ou mesmo “pouco feminino” ou “misto”? Qual a importância do corpo – especificamente, do cérebro – e qual a importância do biológico e do “inatismo” neste cenário?

terça-feira, 15 de maio de 2012

Dualismos em duelo

Anne Fausto-Sterling
Cadernos Pagu (17/18) 2001/02: pp.9-79.

Resumo: Os modos europeus e norte-americanos de entender como funciona o mundo dependem em grande parte do uso de dualismos – pares de conceitos, objetos ou sistemas de crenças opostos. Este ensaio enquadra especialmente três deles: sexo/gênero, natureza/criação e real/construído. Embora este texto verse sobre gênero, discuto regularmente o modo como as idéias de raça e gênero surgem a partir de supostos subjacentes sobre a natureza física do corpo. Entender como operam raça e gênero – em conjunto e independentemente – nos ajuda a compreender melhor como o social se torna corporificado.