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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

80% dos casos de câncer de pênis precisam de amputação, diz HC

G1
23/08/2010

Cerca de 60 homens procuram o Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo com câncer de pênis por ano. Desse número, em 80% dos casos há necessidade de amputação do membro, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. As amputações são feitas, normalmente, porque os casos que chegam ao hospital apresentam gravidade, e todos precisam de intervenção cirúrgica.

O câncer de pênis atinge, atualmente, 2% da população masculina do país, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. Associada a maus hábitos de higiene, a doença é bastante invasiva e alcança altos índices nas regiões Norte e Nordeste do país, onde chega perto de 10%.

De acordo com a secretaria, os sintomas de câncer de pênis são facilmente percebidos: se parece com uma úlcera e forma diversas feridas no membro. Muitos casos não são diagnosticados com rapidez porque a pessoa não acredita que possa ser um câncer.

A fimose pode ser um fator de risco para a consolidação da doença, pois dificulta a higienização do pênis.

Tratamento

O tratamento, geralmente, é feito por meio de cirurgia, pois o câncer avança de maneira rápida e causa traumas que somente a intervenção cirúrgica pode reparar a tempo. Se tratado a tempo, o paciente sofre danos menores, que não o impedirão de ter uma vida sexual ativa.

O diagnóstico precoce é fundamental, pois evita grande parte do sofrimento e sequelas no paciente. A prevenção do câncer é simples. Basta estar atento à higiene diária do membro.


Disponível em http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/08/80-dos-casos-de-cancer-de-penis-precisam-de-amputacao-diz-hc.html. Acesso em 20 jan 2014.

sábado, 28 de setembro de 2013

Câncer de pênis: mais de mil homens têm pênis amputados por ano; saiba como se prevenir de doenças

Genilson Coutinho
23 de setembro de 2013

 

Todos os anos, cerca de mil brasileiros são submetidos a amputação do pênis. De acordo com dados do Sistema Único de Saúde, a mutilação é causada pela falta de cuidados que faz com o que o Brasil ocupe um dos primeiros lugares em câncer de pênis no mundo, perdendo para a Índia e alguns países do continente africano.

Para tentar mudar esse quadro e chamar atenção da população para medidas simples que podem evitar a amputação e o câncer, como a limpeza com água e sabão, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em parceria com o Instituto Lado a Lado pela Vida, realizará, de 26 a 29 de setembro, a Campanha Nacional chamada Câncer de Pênis Zero.

A quarta edição da iniciativa conta com textos explicativos no portal da SBU (www.sbu.org.br), posts de orientação no Facebook (www.facebook.com/SociedadeBrasileiraUrologia) e ações de atendimento ao público em cidades do Norte e Nordeste, regiões de maior incidência do problema. A campanha tem como padrinho o ex-jogador de futebol Zico,  atual técnico do Al-Gharafa (Qatar).

Campanha

De acordo com o urologista e coordenador da campanha na Bahia, Marcelo Brandão, o câncer de pênis é uma doença social e está basicamente ligada às condições de saúde e higiene.

“Com água e sabão e os cuidados de limpeza na glande (também conhecida como cabeça do pênis) e no prepúcio (que é a pele que recobre o pênis), o câncer e as amputações poderiam ser evitados”, completa o médico, ressaltando que, entre os circuncidados, como é o caso dos judeus nascidos em Israel, as taxas da doença chegam a quase zero.

“Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia no Maranhão, por exemplo, mostrou que, de cada 100 pacientes operados de fimose, 30% tinham câncer de pênis nos estágios iniciais”, completa o médico, ressaltando que, no estado, a campanha vai se concentrar na sensibilização dos profissionais que atuam nos postos de saúde e no Programa de Saúde da Família para alertar a população sobre os cuidados.

“Em cidades do interior como Maragogipe, Cachoeira e São Felix já existe um trabalho constante de sensibilização da população, realizado ao longo de 15 anos. Na capital, estamos fechando uma parceria com o Hospital Aristides Maltez”, completa.

Parceiros

A falta de higiene e limpeza não afeta apenas a saúde de quem descuida da saúde íntima, as lesões no pênis também facilitam o desenvolvimento de doença nos parceiros, facilitando, inclusive, a transmissão do papiloma vírus humano (HPV), principal responsável pelos cânceres de colo de útero, vagina, ânus, pênis e orofaringe (boca e garganta).

Nos últimos dez anos, inclusive, o câncer de orofaringe causado pelo HPV superou aqueles causados pelo tabagismo e pelo álcool, entre os menores de 50 anos.

“Infelizmente, na maioria dos casos, os homens não apresentam sintomas, por isso mesmo, não sabem que estão servindo como vetores de disseminação e contágio”, esclarece o diretor médico do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (Ceparh) e ginecologista, Jorge Valente.

O cirurgião de boca e pescoço Ivan Agra lembra que os cânceres de orofaringe são mais comuns no público masculino. “Para cada mulher com a doença, existe cerca de quatro homens com o mesmo problema”, salienta o especialista, lembrando que, apesar da resistência cultural, é fundamental não abrir mão do preservativo, mesmo durante as preliminares.

No caso do sexo oral, a dica dos especialistas é apostar nos produtos com sabor, que poderiam ser usados como aliados para assegurar que prazer e segurança andem sempre muito próximos.

Sexo

Para assegurar a saúde da boca e garantir o tratamento rápido, Ivan Agra defende que as pessoas realizem periodicamente o autoexame da boca, verificando qualquer lesão na área.

“Feridinhas que não cicatrizam, dor para engolir que ultrapassa o período de três semanas merecem atenção especial e, nesses casos, o indivíduo deve procurar um médico o mais rápido possível”, pontua.

Marcelo Brandão ressalta que o câncer de pênis é tratável em suas fases iniciais. “Além da higiene diária, feita sempre após as relações sexuais e a masturbação, é importante que os homens estejam atentos para qualquer perda de sensibilidade, coceira, lesões esbranquiçadas e aumento de gânglios (ínguas)”, explica o médico, salientando que o câncer de pênis tem um impacto muito significativo na vida das famílias.

“Vivemos um modelo patriarcal na sociedade e, geralmente, quando o câncer gera a amputação parcial ou total, esse homem tende a desenvolver outras doenças, como o alcoolismo e a depressão”, complementa o urologista.

Ele lembra que, mesmo quando a amputação é parcial, o aspecto psicológico das relações sexuais termina sendo comprometido. “Geralmente esse homem não consegue executar a penetração e nem atingir o orgasmo”, esclarece o médico, ressaltando que  é retirado cerca de 2 centímetros do pênis.

O médico chama a atenção que, no caso das relações homem e mulher, é necessário um mínimo de seis a sete centímetros para proporcionar o prazer da parceira.

Para Marcelo Brandão, a informação e a educação desde a infância poderiam mudar o quadro atual. “A prevenção será sempre melhor que o tratamento”, finaliza Brandão.

Disponível em http://www.doistercos.com.br/cancer-de-penis-mais-de-mil-homens-tem-penis-amputados-por-ano-saiba-como-se-prevenir-de-doencas/. Acesso em 24 set 2013.