Lucas Freire
Mediações, Londrina, v. 20. n. 1, jan/jun 2015
Resumo: Este artigo apresenta algumas reflexões sobre como distintos documentos são capazes
de produzir, dar materialidade e estabilizar a realidade sobre o sexo e gênero de
pessoas transexuais ao classificar indivíduos em determinadas categorias, atestar
alguns aspectos da vida dos sujeitos, comprovar certas experiências e construir
narrativas e trajetórias concisas. Além disso, a produção da verdade sobre o sexo e o
gênero se dá em meio a disputas e apropriações de teorias formuladas em diversos
campos do saber, que são fundamentais para o acesso ao direito de alteração de
nome e/ou sexo no registro civil. Os dados aqui analisados são oriundos de uma
etnografia realizada no Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e Direitos
Homoafetivos, da Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro.