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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Casal de noivos britânicos vai mudar de sexo antes da primeira transa

Extra
20/08/13

Um casal de britânicos optou esperar um ano para ter a primeira noite de amor. A decisão aconteceu porque ambos querem mudar de sexo para, em seguida, terem relações sexuais. Jamie Eagle, de 20 anos, e Louis Davies, de 25 anos (que se chamava Samantha), já moram juntos e contam com a ajuda um do outro para enfretar todo o processo de troca de sexo e o preconceito.

Segundo informações do jornal Daily Mail, o casal, que vive na pequena cidade de Bridgend, no sul do País de Gales, conta que sempre foi vítima de “comentários maldosos”. Por isso, também se tornou mais preparado para enfrentar o preconceito.

Nesta terça-feira, ao participarem de um programa da televisão inglesa, os jovem destacaram a importância de o caso deles vir a público.

“Eu sinto que estou fazendo a minha parte para ajudar a mudar a história”, afirmou Jamie, lembrando que através de redes sociais, o casal é parabenizado por ajudar outras pessoas em situação semelhante. “Muitas pessoas me disseram que eu as inspirei e muitas vieram me pedir conselhos, incluindo os pais de crianças pequenas”, contou Jamie.

O casal, que está passando por um tratamento de um ano para mudança de sexo, vai enfrentar a cirurgia apenas em dezembro. Eles, que se conheceram há um ano e moram juntos desde março, contam por que decidiram esperar a operação para transarem.

“É difícil ter intimidade porque ainda não estamos confortáveis com os nossos corpos”, disse Louis. Ele afirma ainda que este é um problema que ambos enfrentam desde a puberdade: “Eu odeio o meu passado. Espero que com a cirurgia isso mude. É por isso que precisamos da cirurgia, para que possamos seguir em frente”, disse.

O casal se conheceu na escola, durante o Ensino Médio. Após um passeio com um grupo de jovens, Jamie tomou coragem para pedir o telefone de Louis. Desde então, eles não se separaram mais.

“Esperamos que falar sobre nosso caso ajude a erradicar estereótipos. Para colocar de forma simples: eu sou um menino e Jamie é uma menina. Estaremos sempre um com o outro”, disse Louis.


Disponível em http://extra.globo.com/noticias/mundo/casal-de-noivos-britanicos-vai-mudar-de-sexo-antes-da-primeira-transa-9630761.html. Acesso em 20 jan 2014.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Garota britânica descobre aos 17 anos que não tem vagina

G1
15/11/2013

A jovem britânica Jacqui Beck ficou em choque ao descobrir, aos 17 anos de idade, que não tinha vagina. Seus médicos identificaram na adolescente uma síndrome rara chamada MRKH (sigla para Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser) depois que ela comentou, em uma consulta rotineira, que ainda não havia menstruado, de acordo com informações do jornal "Daily Mail".

A condição faz com que ela não tenha útero nem vagina, apesar de ter ovários normais. A demora na identificação do problema é comum em casos como o de Jacqui, já que a aparência externa do órgão genital é completamente normal.

A diferença é que, no lugar onde deveria haver a abertura vaginal, existe apenas uma pequena cavidade. Por esse motivo, as pacientes descobrem a síndrome somente quando tentam fazer sexo ou quando procuram um médico para investigarem o fato de ainda não terem menstruado.

'Como uma aberração'

Jacqui, hoje com 19 anos, conta que ela se sentiu "como uma aberração" quando recebeu o diagnóstico. "Eu nunca tinha me considerado diferente de outras mulheres e a notícia foi tão chocante que eu não podia acreditar no que estava ouvindo", diz.

"Tive certeza que a médica havia cometido um erro, mas quando ela explicou que era por isso que eu não estava menstrando, tudo começou a fazer sentido", diz a jovem.

Jacqui conta que a médica também explicou que ela nunca poderia ficar grávida e poderia ter de passar por uma cirurgia antes de poder fazer sexo. "Saí do consultório chorando - eu nunca saberia como seria dar à luz, estar grávida, estar menstruada. Todas as coisas que eu me imaginava fazendo de repente foram apagadas de meu futuro."

Ela chegou a pensar que não era mais uma "mulher de verdade". Como ela nunca havia tentado fazer sexo, não descobriu o problema antes. Mas, se tivesse tentado, descobriria ser impossível concretizar a relação. A síndrome MRKH afeta uma  a cada 5 mil mulheres no Reino Unido.

Lado positivo

Apesar do choque, Jacqui está tentando ver sua condição de maneira positiva. Ela acredita que a síndrome pode até ajudá-la a encontrar o homem certo, já que seu futuro parceiro terá de aceitá-la como ela é, o que para ela funcionará como um "teste de caráter".

Ela conta que descobriu a síndrome por acaso, quando foi a um clínico geral porque estava com dores no pescoço. Durante a consulta, mencionou que ainda não havia menstruado. Ele pediu alguns exames e encaminhou a paciente para uma ginecologista, que imediatamente identificou o problema.

Hoje, Jacqui é atendida no Queen Charlotte and Chelsea Hospital, em Londres, que é especializado na condição. Lá, ela passa por um tratamento que busca extender seu canal vaginal por meio de dilatadores. caso a alternativa não funcione, ela terá de passar por uma cirurgia.

A jovem, agora, quer tornar sua condição conhecida para que outras garotas que passarem pelo problema não sofram tanto quanto ela. Recentemente, publicou um texto sobre o assunto em sua conta do Facebook e conta ter recebido o apoio de amigos e conhecidos.


Disponível em http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/11/garota-britanica-descobre-aos-17-anos-que-nao-tem-vagina.html. Acesso em 29 dez 2013.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Homem que mudou de sexo aos 58 se aposentará como mulheres, aos 60

BBC BRASIL
23 de junho, 2010

Christopher Timbrell, de 68 anos, mudou seu nome para Christine em 2000, após uma cirurgia para mudança de sexo.

A mudança foi feita com o consentimento da mulher, Joy, com quem Timbrell se casou há 42 anos e com quem tem dois filhos. Eles continuam vivendo juntos.

Mas o pedido de aposentadoria, feito dois anos após a cirurgia de troca de sexo, foi negado com base em uma lei que estabelece que os transexuais casados só têm a mudança de gênero reconhecida oficialmente se tiverem o casamento dissolvido ou anulado.

O Departamento de Trabalho e Pensões, do governo britânico, alegou que ela teria que esperar até os 65 anos, idade mínima para aposentadoria dos homens.

Discriminação

A advogada de Timbrell, Marie-Eleni Demetriou, argumentou que a obrigatoriedade de que ela terminasse seu casamento era uma violação aos seus direitos humanos.

O juiz que analisou o caso disse que a lei britânica não é capaz de lidar de maneira adequada com casos como o de Timbrell, estabelecendo que as pessoas que são “uma vez homens, são sempre homens”.

Segundo o juiz, a incapacidade da lei de lidar com pessoas que mudam de sexo representa uma discriminação, e por isso o Estado não teria o direito de negar a Timbrell o pedido de aposentadoria aos 60.

Ela terá agora direito aos pagamentos retroativos relativos aos últimos oito anos.


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100623_transexual_aposentadoria_rw.shtml. Acesso em 01 out 2013.

domingo, 22 de setembro de 2013

Médica nega droga para deter puberdade de jovem transexual

Portal Terra
01 de Setembro de 2013

Um jovem de 12 anos que nasceu menina, mas vive hoje como um garoto, enfrenta um desafio: sua médica recusou-se a dar-lhe medicamentos imprescíndiveis para deter a sua puberdade. Leo Waddel, nascido Lily, foi diagnosticado com transtorno de identidade de gênero, tendo mostrado sinais de querer ser um menino aos 18 meses de vida. Ele vive como um garoto desde os cinco anos.

Segundo o Sunday Mirror, os bloqueadores hormonais impediriam que Leo se tornasse uma mulher, para que tivesse tempo de decidir se quer viver como um homem no futuro. De acordo com especialistas, sem as drogas os jovens transexuais podem viver angustiados pelas mudanças da puberdade. Leo foi submetido a testes psicológicos e hormonais antes de ter o medicamento prescrito, se tornando um dos mais jovens britânicos a receber a droga. Porém, sua médica se recusou a dar as injeções, pois não sabe como o remédio irá afetá-lo no futuro.

Ao Sunday Mirror, Leo disse estar "arrasado". "Essa é a única coisa que faria uma enorme diferença para mim e foi tirada", disse. A mãe do garoto também criticou a recusa. "Nós perguntamos por que e ela disse que não sabia nada sobre os efeitos a longo prazo. Mas é por isso que eles estão pesquisando. Leo tem uma doença e precisa de tratamento. Ele está mostrando sinais de puberdade há um tempo agora e isso é perturbador para ele. Ele precisa ter o tratamento", disse.

Em nota, a médica Jennie Morrison afirmou que não tem experiência em anterior em administrar esse medicamento em jovens. "Qualquer decisão clínica que faço sempre dá atenção a todos os aspectos do bem-estar do paciente. Minha prioridade sempre foi, e continua a ser , o bem-estar do paciente", disse no texto.


Disponível em http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/medica-nega-droga-para-deter-puberdade-de-jovem-transexual,7279fbb65cad0410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html?ECID=BR_RedeSociais_Twitter_0_Noticia. Acesso em 19 set 2013.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Comercial que convida a diferenciar mulheres de transexuais causa polêmica na Grã-Bretanha

BBC BRASIL
16 de maio, 2012

O anúncio da casa Paddy Power, veiculado pela TV e pela internet, foi criado especialmente para ser exibido em fevereiro, antes do dia reservado às mulheres no Festival de Cheltenham, que sedia uma das mais célebres séries de corridas de cavalos da Grã Bretanha.

Ele provocou o envio de mais de 400 queixas à Advertising Standards Authority (ASA), entidade independente que regula o segmento de publicidade na Grã Bretanha, que decidiu que a peça publicitária não deve ser mostrado novamente na sua forma atual.

O anúncio dizia: "...vamos fazer o dia das mulheres (no festival) ainda mais emocionante com o envio de algumas belas senhoras transexuais para (ajudar a) diferenciar garanhões de éguas".

O comercial mostrava uma série de rápidas imagens de pessoas no evento, enquanto uma voz representava alguém tentando identificar o gênero do retratado.

Ao acolher as queixas, a ASA disse: "Nós consideramos que o anúncio banaliza uma questão altamente complexa e representa um número comum de estereótipos negativos sobre transexuais. Consideramos que, ao sugerir que as mulheres transexuais seriam parecidas com homens travestidos, e que o gênero poderia ser associado a um jogo, o anúncio reforçou de forma irresponsável os estereótipos negativos.

A entidade também condenou a maneira que os termos "garanhões" e "éguas" foram usados no anúncio.

'Especialmente frustrante'

A direção da Paddy Power informou que não tinha a intenção de causar dano ou ofensa e que a empresa ficou desapontada com a decisão da ASA.

Um porta-voz disse: "Essa decisão é especialmente frustrante dado que o comercial tinha sido pré-aprovado pela Clearcast (uma organização não governamental que avalia previamente a publicidade na televisão britânica), que então considerou que o humor neste anúncio, embora não para todos os gostos, ficou aquém de causar ofensa. Além disso, pedimos à Sociedade Beaumont, um dos principais grupos transgênero do país, para comentar o roteiro."

"Também escalamos exclusivamente membros da comunidade trans nos vários papéis transexuais do comercial."

"Finalmente, é importante ressaltar que o comercial tem quase 600 mil visualizações na internet, com o dobro de 'gosta' do que de 'não gosta' nas avaliações de quem assistiu".


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/05/120516_paddy_rp.shtml. Aceso em 22 jul 2013.

sábado, 9 de junho de 2012

Oficial da Força Aérea Real muda de sexo aos 80 anos

Extra Online
30/04/2012

Um oficial da Força Aérea Real britânica é o primeiro homem do mundo a se submeter a uma cirurgia para mudar de sexo aos 80 anos, revelou o jornal “The Sun” deste domingo. Antes chamado de James, ele já vive como Ruth Rose e disse que desde os 9 anos tem vontade de ser uma mulher. Mas somente agora, depois de uma carreira de sucesso como piloto, criou coragem para transformar seu sonho em realidade.

- É lindo pensar que finalmente serei o que sempre quis. Minha vida floresceu. Além disso, tenho tido muito reconhecimento desde que tomei a decisão de fazer a cirurgia - disse James.

Ele contou ser sido casado por 42 anos, até a esposa descobrir que gostava de vestir-se como mulher em casa. Em público, o visual feminino foi adotado há dois anos por esse pai de três filhos. A cirurgia para a mudança ainda mais radical está marcada para outubro do ano que vem, quando já tiver completado 80 anos. O piloto disse já ter se cansado de fingir ser o que não é:

- Eu sabia que a feminilidade estava dentro de mim. Agora, só quero ir em frente. Meu coração e pressão arterial estão em boas condições e os médicos disseram que eu não sou muito velho.


Disponível em <http://www.folhadosertao.com.br/portal/noticia.php?page=noticiaCompleta&id_noticia=8142>. Acesso em 08 jun 2012.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Garoto de 12 anos estuprou menina de 9 após assistir pornografia na web

BBC BRASIL
1 de junho, 2012

A Alta Corte de Edimburgo considerou que o menino, que não foi identificado e agora está com 14 anos, "emulou" as ações que havia visto depois de ter acesso "irrestrito" a sites de pornografia.

A juíza Anne Smith disse que o menino será mantido sob supervisão por quatro anos, o que significa que ele será observado de perto por assistentes sociais até completar 18 anos de idade.

O caso levantou debates e preocupação na Grã-Bretanha com a visão deturpada que crianças e adolescentes podem vir a desenvolver sobre sexo através do acesso a pornografia na internet.

Para o advogado de defesa do garoto, Sean Templeton, "há um risco real de que os jovens da atual geração de adolescentes estejam crescendo com uma visão distorcida do que é sexo e atividade sexual.

"Ele teve acesso irrestrito à internet e ficou claro que, a partir de muito jovem, dos 12 anos de idade, acessava pornografia hardcore", acrescenta.

Templeton disse que o menino identificou os sites visitados para a polícia.

'Comporte-se'

A juíza do caso disse ao garoto que ele deveria "se comportar" e que estava tendo a oportunidade de "fazer algo" de si mesmo. E ainda para deixar seus erros para trás e pensar cuidadosamente sobre o que a menina sentiu e como seria para ela "conviver com o que ele fez de errado".

"Você não deve considerar a pornografia um guia sobre como se comportar sexualmente", disse a juíza ao garoto durante a audiência.

O garoto, que não pode ser identificado por razões legais, admitido ter cometido crimes de estupro e agressão sexual entre 1º de dezembro de 2010 e 31 de janeiro de 2011, em uma comunidade em uma ilha escocesa.

A procuradora Jane Farquharson disse que os crimes vieram à tona depois que a menina perguntou à mãe se suas dores de estômago poderiam estar ligadas ao fato de estar esperando um bebê.

Interrogada pela mãe, a menina, histérica, revelou o que o menino tinha feito com ela em pelo menos duas ocasiões.

Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120601_garoto_estupro_vale.shtml>. Acesso em 02 jun 2012.

domingo, 3 de junho de 2012

Britânica de 21 anos conta como é ser assexuada

BBC BRASIL
2 de fevereiro, 2012

"Para mim, basicamente, (ser assexuada) quer dizer que eu não olho para as pessoas e penso 'hmmm, eu gostaria de ter relações sexuais com você'. Isso simplesmente não acontece", diz ela.

A estudante da Universidade de Oxford faz parte de 1% dos britânicos que se identificam como assexuados. A assexualidade é descrita como uma orientação, diferentemente do celibato, que é visto como uma escolha.

"As pessoas me perguntam: 'se você nunca experimentou, como você sabe?' Bem, se você é heterossexual, você já experimentou ter relações com uma pessoa do mesmo sexo? Como você sabe que não ia gostar então? Você simplesmente sabe que você não tem interesse nisso, independentemente de ter experimentado ou não", diz ela.

Na Grã-Bretanha, há um website dedicado à comunidade assexuada, a Asexual Visibility and Education Network (Rede de Visibilidade e Educação Assexual), que faz questão de frisar que a diversidade entre eles é tão grande como entre a comunidade "sexual".

O sociólogo Mark Carrigan, da Universidade de Warwick, explica que há, por exemplo, assexuados românticos e não românticos.

"Assexuados não românticos não tem nenhum tipo de relação romântica, então em muitos casos eles não querem ser tocados, não querem nenhum tipo de intimidade física", diz Carrigan.

"Os assexuados românticos não sentem desejo sexual, mas sentem atração romântica. Então, eles veem alguém e não respondem sexualmente a essa pessoa, mas podem querer ficar mais próximos, conhecê-la melhor, dividir coisas com ela."

Namorado

Este é o caso de Jenni, que é hetero-romântica e, apesar de não ter nenhum interesse em sexo, ainda sente atração por pessoas do sexo oposto e está em um relacionamento com Tim, de 22 anos. Tim, no entanto, não é assexuado.

"Muitas pessoas chegam a perguntar se eu não estou sendo egoísta de mantê-lo em uma relação que não vai satisfazê-lo e dizem que ele deveria namorar alguém como ele, mas ele parece bem feliz, então eu diria que ele é quem deve decidir isso", diz Jenni.

Segundo Tim, ele está gostando de passar tempo com Jenni e de conhecê-la melhor concentrando as atenções no lado romântico do relacionamento.

"A primeira vez que Jenni mencionou durante uma conversa que era assexuada, meu primeiro pensamento foi: 'hmmm, isso é um pouco estranho', mas eu sabia que não deveria fazer suposições sobre o que isso significava", explica Tim.

"Eu nunca fui obcecado por sexo. Eu nunca fui do tipo que tem que sair à noite e tem que achar alguém para ter uma relação sexual, só porque é isso que as pessoas fazem...então, não estou tão preocupado com isso."

Ainda assim, a relação de Jenni e Tim tem um lado físico, já que eles se abraçam e se beijam para expressar seu afeto um pelo outro.

Estudos científicos

A assexualidade foi objeto de poucos estudos científicos, segundo Carrigan, porque até 2001 não havia uma comunidade assexuada e, portanto, um objeto a ser estudado.

"Houve muitas pesquisas sobre transtorno do desejo sexual hipoativo, que é classificado como um transtorno de personalidade, e é quando você não sente atração sexual e sofre por conta disso. Então, muitas pessoas que depois foram definidas como assexuadas podem ter sido vistas anteriormente como alguém que sofria desse transtorno", diz Carrigan.

A falta de pesquisas sobre o assunto dá margem a especulações sobre por que algumas pessoas não sentem desejo sexual.

"Há pessoas que definitivamente veem isso como uma doença, que pode ser curada com remédios, outras perguntam se já chequei meus níveis hormonais, como se essa fosse uma solução óbvia", diz Jenni.

"E há pessoas que vão ainda mais longe. Já me perguntaram se fui molestada quando era criança, que não é uma pergunta apropriada. E eu não fui."

Preconceito e marginalização

Apesar de assexuados às vezes sofrerem discriminação, Carrigan diz que o preconceito é diferente da "fobia" que lésbicas e gays podem sofrer.

"É mais uma questão de marginalização, porque as pessoas não entendem a assexualidade."

"A revolução sexual mudou muito a forma como lidamos com o sexo e como pensamos nisso como sociedade. Algumas pesquisas me dão uma sensação de que há um grau de sexualização excessiva na sociedade, as pessoas simplesmente não entendem a assexualidade", diz Carrigan.

Segundo a especialista em relacionamentos e sexualidade Pam Spurr, as pessoas conseguem falar sobre baixa ou alta libido, mas a assexualidade não é um assunto muito discutido abertamente.

Carrigan acha que uma comunidade assexuada mais visível pode ter um efeito nas pessoas que não são assexuadas.

"Não havia um conceito de heterossexualidade até haver homossexuais. Foi só quando algumas pessoas passaram a se definir como homossexuais que passou a fazer sentido para outras pessoas pensar em si mesmas como heterossexuais", explica Carrigan.

"Se é verdade que até 1% da população é assexuada e mais pessoas vão saber que eles existem, será que isso vai mudar a maneira como pessoas 'sexuais' se veem? Porque não há hoje uma boa palavra para definir pessoas que não são assexuadas."

Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120117_assexuadidade_is.shtml>. Acesso em 02 fev 2012.

terça-feira, 29 de maio de 2012

GB - Gays Bacanas

Ivan Lessa
18 de maio de 2012 

Na quinta-feira, dia 17, quando se comemorou o Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia, um estudo – o primeiro no gênero – fez um levantamento da situação no Continente e chegou-se à conclusão de que o Reino Unido é o melhor país europeu para aqueles que se dedicam ao amor gaio, bissexual, transgênero e pessoas ditas intersexuais.

No Reino Unido, revela a obra que esteve um bom tempo em gestação, é onde os gays, para usar de um rótulo geral, porém não desabonador, têm mais oportunidade de exercitar seus direitos legais e até mesmo paralegais.

O reconhecimento da chamada "parceria civil" e as leis antidiscriminatórias elevaram a nação, com Família Real, Câmara dos Lordes, Parlamento e toda sua pompa e circunstância, ao topo da Associação Européia Internacional Lésbica e Gay (a ILGA-Europa) cujo index dá notas a 49 países em mais de 40 categorias.

O casamento, propriamente dito, parece ser agora apenas uma questão de tempo. O povo está deixando bem claro sua posição nessa história: pouco importa sua sexualidade, casamento, com véu e grinalda, se quiserem os nubentes, é uma reunião de dois entes que se querem e desejam, diante dos olhos de Deus e dos homens, passarem o resto de suas vidas juntas.

Quem previsse este estado de coisas há uns 10 anos seria chamado de louco ou, em cidades e vilarejos mais obscurantistas (e como os há), talvez até caçado a pedradas ou, mais extremameente, queimado na fogueira.

O país, que vive dias de inquietude, graças à recessão e a agora notória desiguladade social, diante, ou melhor, sob um governo vacilante, contraditório e, segundo os mais extremados, à deriva das grandes questões do momento, ainda não abriu de todo seu jogo nessa questão que, em partes mais atrasadas do mundo, ainda é, com sorte, apenas tabu.

A Grã-Bretanha é o país onde gays, lésbicas, transexuais e transgêneros sentem-se mais seguros e mais a salvo dos chamados "crimes de ódio" ou meras galhofas e maldades.

A Grã-Bretanha, segundo sua ministra da Justiça, Theresa May, por uma vez na vida (vive em apuros essa notável política), se disse "satisfeitíssima" em constatar que seu país liderava e mostrava às outras nações continentais qual o destino a obedecer.

Não poupou elogios também ao ministério do Exterior, que foi dos primeiros a abrir o caminho para, em meio a tantas vicissitudes outras, o país mostrar o caminho a seguir numa questão humana de rara sensibilidade, tendo inclusive colocado no papel o primeiro plano de ação transgênero. E acrescentou a ministra Theresa May: "Precisamos evitar a complacência e continuar fazendo do Reino Unido um grande país para todos viverem e trabalharem juntos".
O que foi o equivalente a uma bofetada na Rússia e na Moldávia, países que, juntamente com Ucrânia, Armênia, Belarus, Azerbaijão e Turquia, e talvez até mais surpreendentemente, Macedônia, Lichtenstein, Mônaco e San Marino ficaram lá por baixo no ranking gay.

Reino Unido ou Grã-Bretanha, chamem de que quiserem, mas ainda continua líder em muita coisa importante neste continente cada vez mais velhão e patusco.

Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/05/120518_ivanlessa_is.shtml>. Acesso em 23 mai 2012.