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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Proibida de jogar em equipe feminina, transexual luta para mudar as regras

Fábio Lima
21/01/2014

A identidade, o passaporte e a carteira de motorista da transexual Aeris Houlihan, de 32 anos, atestam que ela é uma mulher. Os níveis hormonais também são comprovadamente idênticos aos de uma pessoa do sexo feminino. Entretanto, mesmo diante de tantas provas, para a Federação Inglesa (FA) ela só pode praticar futebol em ligas oficiais ao lado de homens. A jogadora vem lutando por uma liberação para defender a equipe feminina Middleton Park Ladies, mas está esbarrando em uma legislação que os próprios dirigentes já reconheceram estar ultrapassada.

Aeris faz terapia de reposição hormonal há nove meses e entrou em contato com a FA em junho do ano passado portando os atestados médicos pedindo a permissão para defender o time amador da cidade de Leeds, no norte do país. A federação ignorou por longos meses o caso e as constantes buscas de Houlihan por uma resposta. Quando a instituição finalmente se manifestou, a decisão não foi nada animadora.

- A FA diz que, para uma garota transexual jogar futebol na liga feminina deles, ela tem que fazer a cirurgia de redesignação sexual e esperar dois anos após a operação - disse, em entrevista por e-mail ao GloboEsporte.com.

A jogadora pretende fazer a cirurgia em março deste ano e, de acordo com as normas vigentes, só poderá jogar em meados de 2016. Para tentar mudar o panorama e chamar a atenção da Federação Inglesa, ela resolveu tornar o caso público, e o drama acabou ficando conhecido internacionalmente. Aeris convive com a esperança de que as regras mudem e, enquanto isso, segue realizando atividades não oficiais com o Middleton Park.

- Eu ainda treino com minha equipe, e meu técnico pergunta aos outros times se eles permitem que eu jogue partidas amistosas contra eles, e todos dizem que posso jogar. Ouvi que a FA está para anunciar um novo processo de mudança nos próximos dois meses, o que é algo positivo da parte deles.

O gosto pelo futebol não é uma novidade na vida de Houlihan, que praticava o esporte com homens normalmente até que os efeitos das mudanças hormonais começaram a atrapalhar seu desempenho. Ela percebeu que era hora de, literalmente, mudar de lado.

- Antes do tratamento hormonal para virar mulher eu joguei contra homens. Era normal, já que eu era tão forte quanto um homem na época, pois eu tinha testosterona. Contudo, após quatro meses de tratamento, minha força diminuiu e me machucava jogando contra homens. Decidi que era hora de entrar em um time de futebol feminino.

A decisão de se tornar uma mulher foi um processo longo e difícil, mesmo Aeris sabendo desde cedo qual caminho gostaria de seguir. Apenas aos 30 anos de idade ela resolveu procurar um especialista.

- Quando eu era muito jovem sabia que queria ser uma menina e lutei muito para suprimir meus sentimentos. Há dois anos decidi que já era o bastante, visitei meu médico e disse a ele que gostaria de me tornar uma mulher. Após vários exames, eles me diagnosticaram com disfonia de gênero (transexualidade). Tenho feito tratamento hormonal e bloqueio de testosterona há nove meses e estou muito feliz com meu progresso.

Aeris também trabalha com música e relatou a experiência da terapia hormonal em uma canção intitulada "Sleepless Nights" (Noites sem dormir). A saga para tentar jogar futebol feminino também deverá ganhar uma versão musical.

- Acho que será minha próxima música. Algumas pessoas usam um diário para capturar seus sentimentos em um momento específico de suas vidas. Quando ouço uma música que escrevi, me lembro em cores o que senti naquele momento. Também me ajuda a tirar as coisas de meu peito. Quando escrevo uma canção, é como se estivesse conversando com um conselheiro.


Disponível em http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/2014/01/proibida-de-jogar-em-equipe-feminina-transexual-luta-para-mudar-regras.html. Acesso em 21 jan 2014.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Hermafrodita ganha torneios femininos e levanta polêmica no mundo do tênis

GloboEsporte.com
20/03/09

Nascida com órgãos genitais masculino e feminino, a alemã Sarah Gronert, de 22 anos, voltou a ser alvo de polêmicas no mundo do tênis na última semana, após vencer o torneio de Raanana, em Israel.

Mesmo dois anos depois de passar por uma gonadectomia, cirurgia para extrair o pênis, a jovem tenista é acusada por suas rivais de ter força descomunal para uma mulher.

- Não há menina que consiga sacar assim, nem mesmo Venus Williams - diz o técnico da israelense Julia Glushko, derrotada por 6/2 e 6/1 em Raanana, comparando Gronert à americana dona do saque mais rápido do tênis.

Gronert é atualmente a 619ª colocada no ranking mundial. Em janeiro, antes do título em Israel, a alemã foi campeã em Kaarst, em seu país natal. Ambos torneios eram pequenos e distribuíam apenas US$ 10 mil em prêmios. No único evento maior que disputou, em Biberach (Alemanha), com premiação de US$ 50 mil, Gronert caiu na primeira rodada.

A história  da jovem hermafrodita veio à tona três anos trás, quando a então adolescente foi alvo de ofensas e comentários agressivos de várias de suas adversárias. Gronert quase abandonou a carreira. Em vez disso, optou pela cirurgia de extração do pênis e a volta ao circuito, o que só aconteceu depois de julgamento por um comitê da WTA, entidade que regula o tênis feminino.

Renée Richards, a pioneira

Na década de 70, Richard Raskind, que fora juvenil promissor, passou pela Marinha americana e foi casado, com um filho, se submeteu a uma cirurgia de mudança de sexo.

Com o nome de Renée Richards, figurou entre as 20 melhores do ranking feminino em 1977. A história da mais famosa transexual do tênis: http://colunas.globoesporte.com/saqueevoleio/2009/03/20/renee-a-pioneira/


Disponível em http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Tenis/0,,MUL1051760-15090,00-HERMAFRODITA+GANHA+TORNEIOS+FEMININOS+E+LEVANTA+POLEMICA+NO+MUNDO+DO+TENIS.html. Acesso em 21 jan 2014.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A equipe me aceitou, diz zagueiro transexual da Samoa Americana

Folha.com
24/11/2011 - 06h00

Foram 30 jogos e 30 derrotas; 229 gols sofridos e só 12 feitos. Uma goleada de 31 a 0 para a Austrália, a maior da história entre seleções.

Mas anteontem Samoa Americana, um território dos EUA na Oceania, venceu um jogo pela primeira vez na vida. A seleção, filiada à Fifa desde 1998, superou Tonga (2 a 1) pelas eliminatórias do continente à Copa de 2014.

Entre os jogadores responsáveis pelo feito histórico, destaca-se o zagueiro Johnny Saelua, considerado o primeiro transexual a atuar em uma partida de eliminatórias.

Ele é uma "fa'afafine", uma minoria sexual na região de Samoa considerada um terceiro gênero. Saelua nasceu homem, mas se veste, se vê e age como uma mulher.

"A equipe me aceitou, e nós mantemos respeito mútuo", afirmou o zagueiro ao "New York Times". "É o máximo, faz parte da cultura."

Um dos responsáveis pela guinada da seleção é o técnico holandês Thomas Rongen, que já treinou a equipe sub-20 dos EUA. Após a vitória, ele comentou a participação do beque transexual.

"Na verdade, tivemos uma mulher atuando como zagueiro central", disse. "Você consegue imaginar isso na Inglaterra ou na Espanha?"

Além de ter ajudado a suportar a pressão de Tonga na etapa final, Saelua deu o passe para o gol que abriu o placar no primeiro tempo.

Apesar da vitória, o caminho rumo ao Brasil é longo. Além de Samoa Americana, dez seleções mais fortes disputam meia vaga para 2014.

Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1011196-a-equipe-me-aceitou-diz-zagueiro-transexual-da-samoa-americana.shtml>. Acesso em 24 nov 2011.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Ex-jogador de basquete luta para ser travesti mais alta do planeta

Fernando Moreira 
03/01/2012 - 15h51

O ex-jogador de basquete americano Greg Walker é considerado a travesti mais alta do planeta. Com 2,13 metros de altura, ele agora se chama Lindsey. Com 127 quilos e 25 anos, ela usa roupas femininas há dois anos. O sonho de 2012 é realizar a cirurgia de mudança de sexo, de acordo com o site SWNS.

Antes disso, Lindsey quer que o Livro Guinness do Recordes lhe conceda o título de transex mais alta.

Quando era um atleta do basquete, Greg vivia com cheerleaders (as famosas e calientes animadoras de torcida) penduradas nos seus braços na universidade. Mas "sempre se sentia diferente" e freava as investidas das moçoilas mais atrevidas.

Em vez de discutir esporte, Greg preferia conversar sobre moda e "coisas de menina". Em crise de identidade, aos 21 anos Greg chegou ao fundo do poço e começou a beber. Era o fim da carreira esportiva e o nascimento de Lindsey.

"Passei muito tempo na escuridão e agora me sinto mais confiante de que as pessoas vão me aceitar como sou", afirmou Lindsey, que mora em Ohio.

Disponível em <http://www.24horasnews.com.br/index.php?tipo=ler&mat=399020>. Acesso em 11 jan 2012.