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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Imagem, representação e masculinidade: considerações sobre as capas da G Magazine

Fábio Ronaldo da Silva; Rosilene Dias Montenegro
Mnemosine Revista - volume 4 - número 2 - jul/dez 2013

Resumo: A fotografia é um produto social e cabe ao historiador perceber como as imagens constituem uma maneira discursiva de colocar em cena questões e fragmentos da história, percebidos no encaixe de uns documentos com os outros na tentativa de se entender sua forma evolutiva e, ao mesmo tempo, descontinua. Desta forma, a história aproxima-se do presente, com a fotografia, permitindo entender a história oficial, a secreta, a individual e a coletiva. Partindo dessa premissa, faremos uma discussão acerca das capas da G Magazine – revista homoerótica que está em circulação no Brasil desde 1998, sendo a primeira desta especialidade a fazer parte da Associação Nacional de Editores de Revistas do Brasil. A escolha pela análise das capas se deve pelo fato de que elas apresentam aquilo que deve ser considerado o conteúdo mais importante da revista e que, por isso, chamam para a leitura. O artigo aqui apresentado tem como proposta identificar, nas capas da G Magazine, o corpo do homem viril como significado através de diferentes imagens que a revista produz e reproduz; seja esta através do vestuário, posições corporais ou expressões faciais. É importante perceber que, ao mesmo tempo em que mostra apenas homens viris ou que simulam a virilidade em suas capas, a G Magazine sugere que apenas os homens viris e másculos são desejados pelos homossexuais e essas capas acabam refutando a imagem do homossexual afeminado; e mesmo sendo uma revista voltada para homossexuais, a existência deste tipo de publicação não confere, automaticamente, um lugar de fala para tal grupo na sociedade.