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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Papai é homem ou mulher? Questões sobre a parentalidade transgênero no Canadá e a homoparentalidade no Brasil

Érica Renata de Souza
Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 2013, v. 56 nº 2


RESUMO: Neste artigo apresento uma discussão sobre a categoria transgênero, em especial no contexto canadense, a fim de problematizar a questão da parentalidade transgênero no Canadá e da parentalidade de travestis e transexuais no Brasil. Com base nos dados de campo, o foco está nos transgêneros canadenses que lidam com os constrangimentos sociais e culturais para as suas manifestações afetivas, familiares, parentais e sexuais, analisando essas práticas num diálogo com o cenário brasileiro no que se refere à homoparentalidade. Questiono em que medida não seria relevante também, no Brasil, tanto do ponto de vista acadêmico quanto político, possibilitar a existência discursiva das parentalidades transexual e travesti para além da homoparentalidade. Por fim, analiso as concepções de paternidade que perpassam essas práticas, buscando compreender em que medida elas reconfiguram as representações do pensamento ocidental ao performatizarem a parentalidade na sua relação com o gênero. 






quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Candidata do Miss Universo luta pela retirada da transexualidade da lista de doenças mentais da OMS

Stephanie D’Ornelas
25.10.2012

Nenhum concurso para o Miss Universo no Canadá foi tão polêmico como o deste ano. Loira, alta e de pernas delicadas, Jenna Talackova havia sido selecionada para a competição, mas foi desclassificada quando a organização descobriu que ela era transexual.

Apenas depois de muita luta, ela conseguiu voltar à competição, se transformando na primeira transexual que participou de um Miss Universo – e, de quebra, ficando entre as 12 mulheres mais belas do Canadá.

E isso é só o começo. Agora, Jenna luta para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retire a transexualidade de sua lista de doenças mentais. E sua campanha parece estar chamando atenção – a petição tem cerca de 45 mil assinaturas até agora.

“Eu não estou doente. Na verdade, eu estou ótima! Eu sou uma mulher que teve que passar por procedimentos médicos para ser quem eu realmente sou em meu interior”, diz Jenna no vídeo em que apela para que a OMS para de considerar o transexualismo como uma doença.


Disponível em http://hypescience.com/candidata-do-miss-universo-luta-pela-retirada-da-transexualidade-da-lista-de-doencas-mentais-da-oms/. Acesso em 03 nov 2013.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Silicone aumenta chance de morte por câncer de mama, diz estudo

BBC BRASIL
1 de maio, 2013

Mulheres com implantes de silicone nos seios e que desenvolvem câncer de mama têm mais chances de morrer da doença, sugere uma pesquisa canadense.

Segundo o estudo, divulgado na publicação britânica British Medical Journal, as próteses não são as causadoras dos tumores, mas dificultam o diagnóstico do câncer em seus estágios iniciais.

Os autores da pesquisa, o epidemiologista Eric Lavigne e o professor Jacques Brisson, ambos da Universidade de Quebec, analisaram os resultados de 12 estudos publicados desde 1993 nos Estados Unidos, Canadá e no Norte da Europa.

Eles concluíram que mulheres com silicone tem 26% mais chances de serem diagnosticadas com câncer nos estágios avançados da doença - justamente porque a prótese impediu o diagnóstico no estágio inicial. Uma análise de cinco estudos mostrou que a chance de morte entre pacientes com prótese aumenta 38%.

Cautela

O estudo afirma que a presença do silicone dificulta a identificação do câncer por exames de raio-X e mamografias. Em contrapartida, o implante pode facilitar a detecção manual dos tumores porque fornece uma superfície contra a qual o nódulo se apoia.

"A pesquisa sugere que a cirurgia cosmética para aumento dos seios pode prejudicar o índice de sobrevivência entre mulheres que posteriormente são diagnosticadas com câncer de mama", afirmaram os pesquisadores.

No entanto, eles ponderam que os resultados devem ser interpretados com cautela, porque os dados de alguns estudos não se encaixam nos critérios da meta-análise, um método de pesquisa que tenta combinar resultados de estudos independentes sobre um único tema.

Os canadenses defendem a necessidade de mais estudos para investigar os efeitos a longo prazo dos implantes cosméticos de mama na identificação e prognóstico de câncer.

Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, em 2011 foram realizadas quase 149 mil cirurgias de aumento dos seios no Brasil, colocando o país atrás somente dos Estados Unidos no ranking do número de mulheres que realizam a cirurgia. Em todo o mundo, foram 1,2 milhão de cirurgias.


Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130501_silicone_cancer_fl.shtml. Acesso em 09 jul 2013.