Mostrando postagens com marcador Ferreira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ferreira. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Criança hermafrodita luta pelo direito de decidir sexo

Ederson Ferreira
16 de março de 2013

Aos 13 anos, uma adolescente moradora do bairro Santa Rita nasceu com os dois sexos, já fez sua escolha pelo sexo que quer ficar, mas ainda enfrenta um problema que a vem perseguindo desde seu nascimento: a falta de recursos financeiros para realizar todo o procedimento de consultas e operação. Sentindo a dor da neta, sua avó procura a imprensa na tentativa de sensibilizar mais pessoas para conseguir dinheiro para ajudar a criança a sair desse problema e, assim, dar continuidade à sua vida.

De acordo com a avó da adolescente, Maria Eunice de Souza, quando a neta nasceu nenhum dos médicos comunicou à família que a criança tinha esse problema, eles só tomaram conhecimento quando chegaram em casa. “O pai descobriu que ela tinha os dois órgãos quando foi dar banho nela. Ao tirar a roupinha dela, viu que havia os dois órgãos sexuais. Nesse momento todos nós ficamos sem saber o que fazer. Passados alguns dias, nos mudamos para outro bairro e lá encontramos uma pessoa que trabalhava no posto de saúde e nos deu a orientação de procurar ajuda na Secretária de Saúde para a levarmos para Belo Horizonte para ser analisada pelos médicos”, conta Maria Eunice.

Em 2000, ainda com poucos meses de vida, a família conseguiu consultas para a criança, mas segundo a avó nada foi resolvido. “Conseguimos marcar uma consulta e fomos para BH, porém, na clínica onde fomos nada foi resolvido. O médico só examinou a criança e falou que iria marcar outra consulta, mas não marcou. Nesse período, mudamos novamente para outro bairro, procuramos outro posto de saúde para marcar consultas para ela, conseguimos novamente ir para BH e lá eles nos deram um parecer sobre o caso, explicando que ela teria que passar por uma cirurgia. Voltamos para Valadares e por diversas vezes íamos à Capital consultar, mas não passava disso, ficávamos só consultando e fazendo exames, resolver o problema mesmo, nada.”

Por causa disso, a família perdeu as esperanças. Anos depois, a adolescente fez sua escolha e contou à avó, que ganhou forças para lutar pelo direito de sua neta. “Ela já sabe o que quer, fez sua escolha. Agora quero resolver tudo isso, porém, vou buscar ajuda de outra forma. Busco uma ajuda da população para conseguir recursos para as consultas. Sei que é difícil para as pessoas ajudarem, mas qualquer coisa que puderem fazer, serei grata. O que mais quero é resolver esse problema da minha neta, para que ela viva como qualquer criança normal”, revela Maria Eunice. 


Disponível em http://www.drd.com.br/news.asp?id=50089207933485507971. Acesso em 28 out 2013.