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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Certificações do sexo e gênero: a produção de verdade nos pedidos judiciais de requalificação civil de pessoas transexuais

Lucas Freire
Mediações, Londrina, v. 20. n. 1, jan/jun 2015

Resumo: Este artigo apresenta algumas reflexões sobre como distintos documentos são capazes de produzir, dar materialidade e estabilizar a realidade sobre o sexo e gênero de pessoas transexuais ao classificar indivíduos em determinadas categorias, atestar alguns aspectos da vida dos sujeitos, comprovar certas experiências e construir narrativas e trajetórias concisas. Além disso, a produção da verdade sobre o sexo e o gênero se dá em meio a disputas e apropriações de teorias formuladas em diversos campos do saber, que são fundamentais para o acesso ao direito de alteração de nome e/ou sexo no registro civil. Os dados aqui analisados são oriundos de uma etnografia realizada no Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos, da Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro. 



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ele ou ela? Experiência de transexual acerca do vocativo à sua abordagem cotidiana

Maria Eliane Liégio Matão; Denismar Borges de Miranda; Diego Mourato de Souza; Anny Cristina Silva Cunha
Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 03, Ano 2013 p.1045-62

Resumo: Inserido na temática da sexualidade, está a transexualidade. Este tem se demonstrado assunto polêmico e abastado de questionamentos. Objetivou conhecer a vivência de transexual relacionada ao vocativo utilizado por diferentes segmentos sociais no que se refere à abordagem pessoal. Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo estudo de caso com abordagem qualitativa. Realizou-se coleta de dados por meio de entrevista aberta em profundidade; análise estrutural de narração foi utilizada. São enfocados assuntos acerca da dificuldade de lidar com o prenome nas mais diversas situações de sua vida, em diferentes segmentos sociais, até como se deu o processo de alteração de prenome e sexo nos registros civis. Traz discussões em relação ao despreparo social, e no âmbito profissional, faz alusão à falta de preparo da equipe de saúde no que diz respeito à abordagem e acompanhamento das pessoas pertencentes a esse grupo. A falta de legislação específica, e de profissionais que valorizem os valores sociais no lugar de valores pessoais, deixa muitos integrantes dessa realidade insatisfeitos, incompletos e a mercê das atitudes preconceituosas e inconsequentes da sociedade.



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Holofotes sobre carnes: transhomens nas artes

Iracy Rúbia Vaz da Costa
Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências da Arte
Programa de Pós-Graduação em Artes

Resumo: A dissertação objetiva abordar a experiência transexual fora dos marcos patologizantes da medicina e da psiquiatria. Discute a presença de transhomens nas artes e suas narrativas seja por meio de imagens ou de palavras, de autorretratos ou autobiografias, numa abordagem dos trabalhos artísticos de João W. Nery, escritor brasileiro e Loren Cameron, fotógrafo norte-americano.


sábado, 29 de setembro de 2012

Interpretando o gênero

Linda Nicholson
Estudos Feministas, ano 8, 2.º semestre, fevereiro/2000

Resumo: Neste artigo a autora desconstrói significados dominantes de dois conceitos centrais da critica feminista: gênero e mulher. Muito do feminismo posterior aos anos 1960 ancorou-se na distinção entre sexo e gênero. Embora essa discussão tenha tido alguma utilidade (como a de permitir que as feministas desafiassem a ideia de um determinismo biológico), ela também permitiu que as feministas preservassem um tipo de pensamento dualista sobre a identidade da mulher e que analisassem a diferença entre mulheres como algo que pudesse ser separado daquilo que todas as mulheres compartilham. A autora argumenta que o marco teórico binário possibilitou a muitas feministas enfatizar profundas diferenças entre as experiências culturais dos homens e das mulheres. Porém, como o pensamento binário não é completamente estático nem permite uma perfeita articulação entre experiências masculinas e femininas e corpos masculinos e femininos, empregá-lo em nossas análises pode resultar em sérios problemas. O marco binário também não consegue captar o nível de desvio das normas do gênero que existe em muitas de nós, reforçando tanto estereótipos culturais em relação ao significado das experiências masculinas e femininas, bem como atuando politicamente na superessão de maneiras de ser que desafiam os dualismos do gênero. 

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