Atualizado em 26 de agosto, 2011 - 09:11 (Brasília) 12:11 GMT
As mulheres estavam casadas legalmente havia vários meses, porque uma delas fingiu ser homem no dia do casamento, ludibriando o clérigo islâmico que celebrou a cerimônia.
O casal foi denunciado por vizinhos que questionaram a legitimidade da união e contataram a polícia.
Depois de ser forçadas a se divorciar, as mulheres voltaram para suas famílias e permanecem sob a vigilância das autoridades encarregadas de fazer valer a lei da sharia, ou lei islâmica, no país.
Punição
O chefe da polícia religiosa local defendeu que, como punição, as duas mulheres sejam decapitadas e tenham seus corpos queimados, de acordo – segundo ele – com os princípios do islamismo.
Entretanto, a província de Aceh, a única no país que acata os preceitos da lei da sharia, não tem legislação definindo como tratar o tema do homossexualismo.
Em 2009, o Legislativo provincial aprovou a aplicação de chibatadas para homossexuais e a pena de morte por apedrejamento para adúlteros, mas o Executivo se recusou a assinar a lei.
Embora não seja visto com bons olhos, o homossexualismo é legalmente permitido na Indonésia.
Ativistas de direitos humanos dizem que as leis de Aceh violam a Constituição indonésia e incentivam o patrulhamento social e a intolerância.
Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/08/110826_indonesia_gays_pu.shtml>. Acesso em 16 fev 2012.