Jussara Coutinho
Nov 7, 2012
Não é só o preconceito e a homofobia que merecem atenção no
universo gay. O mercado LGBT é muito promissor e aqui enumero 8 razões para dar
valor a este público e constituir motivos para trabalhar com esse nicho.
1. A população gay no Brasil ultrapassa 18 milhões
Não há como negar o potencial de um nicho que possui tantos
adeptos. São 18 milhões de pessoas que usufrui de serviços, consomem e viajam
diariamente. Só em nosso país.
2. A renda média dos homossexuais está acima de R$3.000,00 e
47% está na classe AB
Os homossexuais configuram um cenário onde há melhor
escolaridade, maior interesse à cultura como livros, museus e cinemas e também
grande parte ocupa boas posições no mercado. Desta forma, o grupo ocupa um
espaço de pessoas críticas, exigentes e que possuem dinheiro para investir e
consumir.
3. Casais gays jantam fora dez vezes mais que os héteros
O ramo alimentício é um dos mais atraentes para
homossexuais. Por ser um grupo mais animado e curioso, grupos de amigos e
casais adoram marcar encontros em restaurantes e provar diferentes tipos de
comida enquanto conversam.
4. Como menos de um quarto deste público não tem filhos, há
mais dinheiro disponível para gastar consigo
Muitos casais homossexuais adotam filhos ou, no caso de
lésbicas, realizam a inseminação artificial. No entanto, a maioria dos casais
opta por não terem filhos ou simplesmente demoram mais para tê-los. Assim, os
gastos são diminutos e há um maior investimento em imóveis, carros e viagens.
De acordo com a Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e
Simpatizantes (Abrat-GLS), o perfil movimenta R$ 150 bilhões por ano no Brasil.
Além disso, 78% dos gays têm cartão de crédito e gastam 30% mais que os héteros
em bens de consumo.
5. 48% dos gays são mais ligados a novas tecnologias do que
os héteros (38%)
Homossexuais são mais adeptos a tecnologias, assim como
demonstram uma maior necessidade de estar atualizado em relação aos
lançamentos.
6. Homossexuais passam mais tempo na internet do que héteros
Alguns sites como o Disponível.com, já apostou no potencial
online deste grupo. Como passam muito tempo navegando, um portal de notícias
com que se identifiquem e não são atacados, ou mesmo uma loja virtual que
condiz com seu estilo e fale sua linguagem tem grandes chances de dar certo.
7. Grandes marcas como Itaú e Tecnisa já se colocaram como
friendly
Marcas como o Itaú e a Tecnisa, já entenderam e se adaptaram
à nova realidade. O público gay existe, é grande e quer atenção. Estas marcas
tem dialogado com os homossexuais em propagandas e redes sociais,
principalmente, e já geraram respostas positivas.
No Dia dos Namorados, o Itaú publicou um desenho composto
por um casal heterossexual, um casal de gays e um de lésbicas com a frase:
“Feliz Dia dos Namorados Do Seu Jeito”. Para a Parada Gay de São Paulo, a
instituição também se manifestou:
O banco ainda permite o financiamento imobiliário com duas
pessoas solteiras do mesmo sexo, mesmo que não haja parentesco ente si.
Pesquisas da inSearch mostram que 58% do grupo possuem parceiro fixo, e a
Tecnisa também estava atenta e faz ações do tipo:
8. A Parada do Orgulho Gay LGBT em São Paulo une mais de 3
milhões de pessoas
A Parada Gay de São Paulo é um dos eventos que mais
movimento a economia do país. São milhões de pessoas vindas de diversos lugares
do Brasil e do mundo. Aqui, elas se hospedam, comem, fazem compras e conhecem
as principais atrações da cidade. Ponto positivo para o lucro e para a
internacionalização da cidade.
Está mais do que claro como é expressiva a necessidade de
atenção a este nicho. É preciso se comunicar com este grupo, conversar bem.
Eles não procuram produtos ou empresas específicas e, muito pelo contrario,
isto não precisa ocorrer. O que deve ser feito é ver com outros olhos e
enxergar o potencial deste grupo. Um negócio adaptado pode tomar outras
proporções de desenvolvimento e faturamento. Porém, é necessário mais do que
apenas levantar a bandeira gay. É necessário o respeito, o tratamento
igualitário e a valorização. É necessário agir de acordo com o que se propõe
fazer.
Disponível em
http://www.ideiademarketing.com.br/2012/11/07/oito-razoes-para-valorizar-o-mercado-lgbt-lesbicas-gays-bissexuais-e-transgeneros/.
Acesso em 05 set 2013.