Analídia Rodolpho Petry
Revista Gaúcha
de Enfermagem
2015 jun;36(2):70-5
Resumo: Objetivo: Neste artigo, busca-se compreender as experiências de mulheres transexuais em relação à hormonioterapia e à cirurgia de
redesignação sexual que constituem o Processo Transexualizador.
Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa inserida no campo dos estudos culturais e de gênero. A coleta de dados utilizou
entrevistas narrativas, realizadas em 2010 e 2011 com sete mulheres transexuais que se submeteram ao Processo Transexualizador há,
pelo menos, dois anos. Os dados foram submetidos à análise temática.
Resultados: Os resultados mostram que os processos de transformação para a construção do corpo feminino envolvem adequar o comportamento,
postura, empostação da voz, uso de hormônios, dilatação do canal vaginal e complicações cirúrgicas. Tais processos sujeitam
o corpo a se construir conforme idealizado para adequar-se a sua identidade de gênero, infringindo-lhe prazeres e padecimentos.
Conclusão: Conclui-se que a discussão que envolve o Processo Transexualizador traz subsídios para a enfermagem acerca das modificações corporais vivenciadas pelas mulheres transexuais.