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domingo, 9 de dezembro de 2012

Mudança de sexo de estrela de Hollywood completa seis décadas

Chloe Hadjimatheou
3 de dezembro, 2012

A transformação, que acaba de completar 60 anos, foi resultado da primeira operação de mudança de sexo bem-sucedida realizada pela medicina moderna - e combinada, também de forma pioneira, com terapia hormonal.

Após voltar aos EUA, Christine Jorgensen tornou-se uma atriz de relativo sucesso em Hollywood, o que deu ainda mais repercussão a seu caso.

Nos anos 30, uma tentativa de fazer uma operação de mudança de sexo em Berlim havia terminado com a morte do paciente. As lições tiradas dessa experiência, porém, serviram como ponto de partida para a equipe dinamarquesa que operou Jorgensen.

História pessoal

"Ex-soldado vira beleza loira", anunciava a manchete de um jornal americano quando Jorgensen voltou da Dinamarca.

Jorgensen mal lembrava o tímido nova-iorquino que deixara o país meses antes. Havia se transformado em uma mulher esbelta de 27 anos, com lábios vermelhos e cílios longos e desceu do avião vestindo um casaco de pele.

Jorgensen crescera no Bronx, em Nova York, e desde que era adolescente sentia que era uma mulher "presa" no corpo errado.

"O jovem Jorgensen não se identificava com um homossexual, mas com uma mulher", diz o médico dinamarquês Teit Ritzau, que conheceu Jorgensen ao fazer um filme sobre a atriz nos anos 80.

No final do 1940, durante um curto período no Exército, Jorgensen leu um artigo sobre o médico dinamarquês Christian Hamburger, que estava fazendo experiências com terapia hormonal em animais.

Como os pais de Jorgensen eram dinamarqueses foi fácil justificar a viagem e, em 1950, o ex-soldado desembarcou em Copenhague sem contar a ninguém sobre suas reais intenções.

"Estava um pouco nervoso porque muita gente dizia que eu era louco. Mas o doutor Hamburger não parecia achar que havia nada estranho no que eu queria fazer", Jorgensen lembrou em uma entrevista.

Cirurgia

Hamburger foi o primeiro médico a diagnosticar Jorgensen como transexual e o encorajou a assumir sua identidade feminina e a se vestir como mulher.

Antes da cirurgia, o paciente tomou hormônios, que logo começaram a fazer efeito.

"O primeiro sinal de mudança foi um aumento no tamanho das glândulas mamárias. Depois, começou a crescer cabelo aonde o paciente tinha uma ligeira calvície", o médico notou.

Jorgensen também foi avaliado durante sua transformação pelo psicólogo Georg Sturup, que apresentou uma petição ao governo dinamarquês para uma mudança legal que permitiria a operação.

Depois de mais de um ano de terapia hormonal, Jorgensen foi submetido à primeira de uma série de cirurgias que o transformariam em Christine.

Exatamente o que foi feito nesta operação não está claro - e certamente desde então a técnica de reconstrução dos órgãos sexuais dos pacientes submetidos a cirurgias desse tipo evoluiu bastante.

"Mas a operação foi suficientemente bem-sucedida para deixar Jorgensen satisfeita", diz Teit Ritzau. "E aparentemente não houve complicações ou efeitos colaterais importantes em função do tratamento - o que é surpreendente para a época."

Vida pós-operação

Em seu retorno para os EUA, Christine Jorgensen foi recebida com fascínio, curiosidade e respeito pelos meios de comunicação e o público americano.

Sua família também parece ter apoiado sua decisão. "A natureza fez um erro que eu corrigi - agora sou sua filha", Jorgensen escreveu para os pais após a cirurgia.

Jorgensen foi acolhida por Hollywood e iniciou uma carreira como atriz. Foi convidada para inúmeras festas, assinou contratos para atuar no cinema e no teatro e foi coroada "mulher mais glamourosa do ano" pela Sociedade Escandinava de Nova York. Nos anos 60 e 70 também rodou o país fazendo shows nos quais cantava.

"Acho que todos queriam dar uma olhada (nos resultados da transformação)", disse, certa vez.

Ela teve menos sucesso na vida pessoal. Seu primeiro relacionamento sério foi rompido logo após o noivado.

No seguinte, Jorgensen foi impedida de se casar quando mostrou seu certificado de nascimento no cartório.

"A sua vida teve altos e baixos e ela teve um pequeno problema com álcool, mas no final era uma pessoa muito simples. Certa vez me disse que sua melhor companhia era ela mesma," diz Ritzau, comentando sobre a aparente solidão da atriz.

Jorgensen morreu de câncer aos 62 anos, em 1989.

Anos antes, voltou à Dinamarca para encontrar os médicos que permitiram sua transformação.

"Não começamos a revolução sexual, mas lhe demos um bom impulso", disse na ocasião.

Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121203_mudanca_sexo_ru.shtml. Acesso em 08 dez 2012.

domingo, 21 de outubro de 2012

Solidão leva idoso a buscar ajuda psiquiátrica em SP

Secretaria da Saúde de São Paulo
10/09/2012

A solidão, causada muitas vezes pela morte do cônjuge, de amigos e familiares, além do medo de morrer e das dificuldades financeiras após uma vida toda dedicada ao trabalho, está levando idosos paulistanos ao psiquiatra.

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Psiquiatria, unidade especializada da pasta na Vila Maria, zona norte da capital paulista, aponta que 61% dos idosos atendidos têm quadros de transtorno de ansiedade e depressão, e muitos sofrem com a solidão.

O número de idosos atendidos na unidade, somando-se as consultas médicas e as não médicas (realizadas por psicólogos, terapeutas ocupacionais e profissionais de enfermagem), foi de 960 em agosto de 2012, numero maior do que o observado no mesmo mês do ano passado (917) e quase oito vezes superior ao registrado em agosto de 2010 (124), mês em que a unidade foi inaugurada.

"A depressão e os transtornos de ansiedade exercem um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes nessa faixa etária, com consequências diretas na saúde, uma vez que estão associados a um maior número de doenças, como diabetes e hipertensão. Tratar esses problemas é cuidar da saúde", diz o diretor do AME, Gerardo Araújo.

Além do atendimento médico, os idosos em tratamento no AME Psiquiatria também participam de atividades de terapia ocupacional, a exemplo do grupo de acolhimento, grupo de reabilitação cognitiva, grupo de contadores de histórias e atividades manuais, tais como pintura em tela, pintura em objetos, fuxico e artes plásticas.

Entretanto, não são apenas os pacientes na terceira idade que recebem atenção durante o tratamento. Como os cuidadores dos idosos estão até quatro vezes mais suscetíveis a desenvolver quadros depressivos do que a população em geral, o AME Psiquiatria também desenvolve trabalho específico para eles, por meio de encontros semanais em grupo, momento em que se discutem as principais dificuldades enfrentadas durante a rotina de cuidado dos idosos. 

"O favorecimento das inserções familiar, afetiva e social do idoso que sofre com problemas psiquiátricos constitui em um dos principais objetivos do acompanhamento realizado pelo AME Psiquiatria", explica o diretor da unidade.

Disponível em <http://www.saude.sp.gov.br/ses/noticias/2012/setembro/solidao-leva-idoso-a-buscar-ajuda-psiquiatrica-em-sp>. Acesso em 20 out 2012.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Solitário, idoso se arrepende de ter feito cirurgia para mudança de sexo

R7
10/10/2012

Um inglês que passou por uma cirurgia de mudança de sexo há 23 anos e recorreu ao Serviço de Saúde Nacional para “reverter” a operação.

Gary Norton, ex-oficial da Força Aérea Real (RAF, em inglês), tem hoje 75 anos e diz que “agora percebe que por dentro é e sempre foi homem”.

— Eu quero uma relação física com uma mulher, mas não tenho mais equipamento. Tudo foi retirado na operação. É um baita erro para se cometer.

Segundo o tabloide britânico The Sun, Norton mudou seu nome para Gillian após ser abandonado pela mulher e pelos quatro filhos. Apesar de ter tentado se relacionar com homens, Norton “nunca se imaginou com eles”.

Norton está parando de tomar as doses de hormônios femininos que impediam o crescimento de sua barba e está na lista de espera de uma cirurgia para retirar os seios, que cresceram graças aos medicamentos.

O inglês buscou ajuda de chefes do serviço de saúde de sua cidade para que as operações necessárias fossem financiadas por esses planos. O pedido de Norton, porém, foi recusado.

— Eu me sinto preso. Fiz o meu melhor para me entregar e ser uma mulher. Comprei vestidos bonitos e biquínis, passei muito tempo fazendo meu cabelo e maquiagem, sempre tive unhas feitas e adoráveis.

Norton diz que a operação “o deixou essencialmente como uma lésbica”, já que ele continuou se sentindo atraído por mulheres. 

Apesar de ter participado de desfiles e aulas de yoga para mulheres, Norton classifica sua vida como “um pesadelo”. O inglês contou que colocar o vestido de sua mulher escondido “era o mais longe que devia ter ido”.

— A mudança de sexo foi o maior erro da minha vida e estou solitário. Eu tenho encontros com mulheres, mas sempre que elas descobrem que eu tenho um corpo feminino, o relacionamento acaba.

Disponível em <http://noticias.r7.com/internacional/noticias/solitario-idoso-se-arrepende-de-ter-feito-cirurgia-para-mudanca-de-sexo-20121010.html>. Acesso em 13 out 2012.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Solidão é maior entre lésbicas e gays idosos

Nuno Miguel Ropio
Publicado em 2011-11-28

As lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros, entre os 50 e os 95 anos, tendem a sofrer de maior solidão e depressões devido à discriminação da sua orientação sexual ou identidade de género, de acordo com um estudo da Universidade de Washington.

Da população de 2560 adultos nascidos na altura do "Baby boom", nos anos posteriores à II Guerra Mundial, que participou na pesquisa do Instituto de Saúde Multigeracional daquela universidade americana, cerca de 80% dos participantes revelaram que foram discriminados e 21% admitiram que foram mesmo dispensados de um trabalho pelas mesmas razões.

De acordo com as conclusões da investigadora responsável pelo estudo, Karen Fredriksen-Goldsen, "as taxas mais elevadas de envelhecimento e as disparidades de saúde entre lésbicas, gays, bissexuais e transexuais adultos mais velhos motivam enorme preocupação para a saúde pública".

"As disparidades reflectem o contexto histórico e social de suas vidas. As adversidades graves que atravessaram podem comprometer a sua saúde e gerar relutância em procurarem os cuidados médicos na velhice", salienta.

Quatro em cada 10 inquiridos admitiram que pensaram no suicídio. E muitos, como nunca puderam casar ou assumir publicamente a sua cara-metade, vivem hoje situações de isolamento.

Outros 21% nunca contaram aos seus médicos a sua orientação sexual ou identidade de género por temerem ser-lhes recusados cuidados médicos ou receberem serviços de qualidade inferior - que 13% admitiram ter experienciado.

Disponível em <http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2152710>. Acesso em 02 dez

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Dicas impressas 2: Preconceito; Compras; Parada

GREWAL, Daisy. As raízes do preconceito A discriminação de quem não faz parte da “mesma turma” surgiu com nossos ancestrais; ao longo do tempo, o processo de avaliação rápida dos outros foi tão aperfeiçoado que se tornou inconsciente – ainda assim possível rever esse comportamento. Mente e Cérebro, ano XIX, n.º 226, pp. 50-53.

CICERONE, Paola Emilia. Loucos por compras Associado a frustração, solidão e, nos casos mais graves, a transtornos psiquiátricos, o consumo compulsivo é fonte de prazer semelhante ao da dependência química; embora afeta ambos os sexos, são as mulheres que mais buscam ajuda especializada. Mente e Cérebro Especial, n.º 29, pp. 76-79.

HAUSER, Fernando. Nem tudo são cores Um dos eventos que mais movimenta recursos na cidade, Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que no dia 26 chega à sua 15ª edição, ainda tem dificuldade em angariar verbas. Marketing, ano 44, n.º 461, pp. 56-59.