Gisele Meter
Engana-se quem acredita que as redes sociais só existem por
causa da tecnologia. O termo rede social está relacionado a interação social e
é exatamente por meio dessa troca que se constituiu o que hoje chamamos de
sociedade.
Participar de uma rede social é sentir-se pertencente e
atuante em seu meio, seja pela expressão de ideias, exposição de pensamentos e
ou até mesmo pela avaliação de determinado comportamento de alguém do grupo.
Interagir socialmente é necessário na medida em que estamos
em constante evolução. Grande parte dessa transformação pessoal também é
“injetada” em nossa subjetividade por meio da socialização com outras pessoas.
Com o advento tecnológico nos foi permitida uma interação
social que independe de fronteiras, pois o acesso à Internet possibilitou a
derrubada de barreiras espaciais e temporais em prol desta interação, formando
uma linha tênue que hoje separa a vida real da virtual.
A popularização da Internet ocorreu na década de 1990,
quando os e-mails faziam a função de conectar pessoas. A partir de então, houve
uma dinâmica no sentido de estarmos cada vez mais em contato com outros
indivíduos de maneira abrangente. Surgiram, assim, os chats – ferramentas para
conversa em tempo real através de dois computadores. Desde aquela época o anonimato
já era comum em salas de bate-papo de grandes sites. Pessoas se identificavam
com um nickname sem a necessidade de revelar suas identidades verdadeiras.
Os chats passaram a conectar pessoas. No entanto, começaram
a perder força para seus sucessores: Mirc, ICQ, que posteriormente foram
substituídos pelo MSN Messenger e outros do gênero. A utilização destes
programas permitia não somente que fizéssemos interação social, mas que também
constituíssemos nossa própria rede de contatos, utilizando nomes verdadeiros e
identidades reais.
A evolução da comunicação virtual, a cada nova atualização,
provocou migrações em massa. O fato foi constatado expressivamente em 2003, com
o surgimento da primeira rede social denominada MySpace que no ano seguinte,
foi praticamente engolida pelo Orkut (2004) e que, consequentemente, também foi
quase extinta com o surgimento do Facebook (2004), Twitt er (2006) e Instagram
(2010). No entanto, o que todas tinham em comum, além de serem redes sociais,
era a necessidade de utilizar a identidade real para assim constituir também a
sua identidade virtual interativa.
Em 2007, com a popularização dos smartphones no Brasil, as
redes sociais ganharam mais força, sendo utilizadas amplamente via dispositivos
móveis para a conexão social virtual, não sendo mais necessário estar diante de
um computador para interagir com outras pessoas.
Desde o surgimento de chats anônimos no início da Internet
até hoje, com a conexão via celular a qualquer hora e em qualquer lugar,
podemos perceber como a questão da identidade é relevante no mundo virtual.
Em 2013, ocorreu novamente outra dinâmica de configuração
que veio para intrigar até mesmo grandes especialistas da área tecnológica.
Houve, assim, um boom de programas que têm sua interação exclusivamente
permeada pelo anonimato.
Atualmente, parece que esse tema retornou com força total,
desafiando não somente a lógica evolutiva das redes sociais, mas também da
própria interação humana, pois a identidade se resigna a um segundo plano,
priorizando novamente a não-identidade para o estabelecimento tanto de relações
como de interações sociais.
Avaliação virtual
A diferença do anonimato do início da Internet para o que
estamos presenciando hoje se baseia, principalmente, na forma de interação.
Se anteriormente as pessoas utilizavam o anonimato para
conversas, hoje elas utilizam também para emitir opiniões sobre outras pessoas,
avaliando, expondo e deixando registrado o que pensam para quem quiser ver.
Logo, conversas que ficariam restritas a um pequeno grupo passam a ter
abrangência assustadoramente incalculável.
Com a popularização dos smartphones no Brasil, as redes
sociais ganharam mais força, sendo utilizadas amplamente para a conexão social
virtual
Essa prática ficou ainda mais evidente com o surgimento de
aplicativos sociais para dispositivos móveis. Prova disso foi o frisson causado
no final de 2013 pelo aplicativo feminino denominado Lulu, que até a data do
fechamento deste artigo encontrava- se indisponível para download nas lojas
AppStore e Google Play. No Brasil, tal aplicativo teve por objetivo o
compartilhamento anônimo de informações e percepções acerca de outro indivíduo,
no caso, do sexo masculino. Sem o seu conhecimento ou tampouco o seu
consentimento, o que causou grande insatisfação de muitos homens no país, cuja
exposição em tal programa “puxava” informações de outra rede social (Facebook),
exportando-as para a sua plataforma, e era feita por meio avaliações com notas
ou hashtags. Caso volte ao ar, algumas mudanças deverão ser feitas, como manter
no sistema somente usuários que autorizem fornecer suas informações.
Pensadora contemporânea
Filósofa política alemã de origem judaica, Hannah Arendt é
uma das mulheres mais influentes do século XX. Seu trabalho abarca temas como a
política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a
violência e a condição feminina. Seu primeiro livro leva o título O Conceito do
Amor em Santo Agostinho: Ensaio de uma interpretação filosófica. Trata-se de
sua tese, editada em 1929 em Berlim, na qual ela enlaça elementos da Filosofia
de Martin Heidegger com os de Karl Jaspers e já enfatiza a importância do
nascimento, tanto para o indivíduo como para seu próximo. Em As Origens do
Totalitarismo (1951) consolida o seu prestígio como uma das maiores figuras do
pensamento político ocidental. Hannah assemelha de forma polêmica, como
ideologias totalitárias, o nazismo e o stalinismo. Faz isso com uma explicação
compreensiva da sociedade, mas também da vida individual, e mostra como a via
totalitária depende da banalização do terror, da manipulação das massas, do
acriticismo face à mensagem do poder.
O que chama a atenção, no entanto, é a dinâmica assumida por
essas novas plataformas sociais que têm por objetivo não mais somente a
interação voltada para o encontro social, mas também a intenção de impactar
diretamente a construção da identidade virtual de um indivíduo.
Dessa forma, aplicativos de avaliação virtual favorecem a
dinâmica de um comportamento que em uma situação não-virtual da vida cotidiana
poderia não ser observado. Isso ocorre porque muitos desses aplicativos usam,
justamente, o subterfúgio do anonimato para estimular a avaliação
indiscriminada de outros indivíduos, estando quem avalia protegido por uma
espécie de máscara, permitindo que possa exercer seu próprio crivo virtual sem
nenhum tipo de receio ou culpa. Afinal, a consequência de suas atitudes não voltará
para essa pessoa. Ao privilegiar o anonimato em aplicativos sociais, há uma
estimulação do comportamento impulsivo sem a devida reflexão de suas
consequências.
A conduta fica a critério do bom senso dos usuários que
fazem suas próprias regras virtuais, independente dos danos que poderão causar
Além disso, quando avaliamos virtualmente outras pessoas sob
uma única perspectiva, tendemos a acreditar que nossas avaliações são apenas
virtuais e que, de certa forma, não prejudicaria o outro de forma real e
efetiva. É como se, além do anonimato, colocássemos também um véu de deturpação
da realidade sobre as consequências de nossos comportamentos, acreditando não
estar fazendo mal a ninguém e, assim, enganando a nós mesmos.
É preciso refletir sobre essas ferramentas com um olhar mais
crítico para entender o que elas podem impactar em nosso meio. Quando não
pensamos nas consequências de nossos julgamentos, tendemos a dissipar a culpa,
pois existe a ilusão de que as avaliações proferidas não passam de uma mera brincadeira.
PARA SABER MAIS
Brasileiros e smartphones
Segundo uma pesquisa realizada pela Nielsen provedora global
de informações e insights sobre consumidores no ano de 2013, smartphones para
os brasileiros servem mesmo é para navegar por redes sociais. O estudo indicou
que 75% dos usuários desses dispositivos digitais usam o aparelho primariamente
para acesso a redes sociais. O uso ultrapassa a Rússia (59%), Índia (26%),
China (62%) e até mesmo os Estados Unidos (63%). O Brasil, hoje, já é destaque pela expressiva participação
nas redes sociais, e isso foi replicado no mundo móvel, pois algumas pessoas
veem smartphones como uma extensão da conexão à Internet, e outras, ainda, têm
os dispositivos móveis como seu único ponto de contato com o mundo digital.
Quando avaliamos virtualmente outra pessoa, estamos não
somente julgando seu comportamento ou a sua forma de ser, mas também acabamos
por deixar registrada a realidade a partir de experiências pontuais que
acreditamos ser uma verdade absoluta, e isso é feito a partir de uma única
perspectiva – a do avaliador anônimo. Impulsionadas pela euforia e pelo falso
poder de fazer o que desejarem sem serem descobertas, essas pessoas raramente
param para pensar sobre o uso da rede em si e quais as consequências que isso
pode causar. É como se fosse um movimento egoísta, com o intuito de afetar o
outro de forma intencional, e, ao mesmo tempo, um passatempo sem grandes
implicações.
É ilusório acreditar que aplicativos de avaliação social não
impactam a subjetividade ou a construção da identidade de um sujeito. A partir
do momento em que tecemos considerações sobre uma pessoa, baseados naquilo em
que percebemos, vivemos ou observamos, estamos deixando de pensar no impacto
social de nossas ações, e exercendo o que a teórica política alemã Hannah
Arendt chama de mal banal. Ou seja, tomando atitudes que possam prejudicar
outras pessoas, sem efetivamente refletir sobre as consequências do ato
praticado.
Quem avalia normalmente acaba manifestando comportamentos
que, se revelados no mundo real, poderiam não ser aceitos como adequados, logo
a importância do anonimato.
É ilusório acreditar que aplicativos de avaliação social não
impactam a subjetividade
ou a construção da identidade de um sujeito
Dessa forma, quando uma pessoa avalia outro sujeito sem
refletir sobre o mal que pode causar à sua subjetividade ou a seu processo de
socialização, acaba por tolher, tanto de forma virtual como real, a
potencialidade de ser da pessoa que é avaliada. Isso porque, quando colocamos
uma informação na Internet, independente de qual seja, não temos como mensurar
suas consequências.
O que ocorre, no entanto é que, hoje, não existe
praticamente nenhuma regulação ou norma de conduta efetiva em relação a redes
sociais que permita que um usuário interaja anonimamente. É o caso de
aplicativos como o “Secret” e o “Whisper” – em que as pessoas utilizam o
subterfúgio do anonimato para expor o que pensam sem que os outros fiquem
sabendo de onde ou de quem partiu tal informação.
A conduta, por sua vez, fica a critério do bom senso dos
usuários que fazem suas próprias regras virtuais, independente dos danos que
poderão causar. Afinal, para todas as vantagens individuais que tais programas
trazem, sempre existirá um impacto social potencialmente prejudicial para um
grande número de pessoas, tanto subjetivamente quando do ponto de vista
interacional.
Comportamentos
A comunicação indiscriminada e anônima através de programas
ou aplicativos na Internet tende a fomentar comportamentos compulsivos,
imediatistas, ansiosos e narcisistas, enfraquecendo consideravelmente os grupos
sociais nos quais se está interagindo.
A Psicologia Social entende que a construção da identidade
de uma pessoa se dá por meio da interação pela qual o indivíduo exerce um papel
atuante e dinâmico, afetando o seu meio e, consequentemente, também sendo
afetado por ele.
A comunicação indiscriminada e anônima por meio de programas
ou aplicativos na Internet tende a fomentar comportamentos compulsivos
Essa dinâmica ocorre sob diversos fatores, tais como a
percepção social que dá significado ao que vemos e sentimos, a comunicação que
envolve a codificação e a decodificação para a interpretação das mensagens que
emitimos ou recebemos, independente de ser constituída apenas pelo verbal, mas
passando por aspectos gestuais, posturais e comportamentais.
Para a interação social também devemos considerar as
atitudes que são baseadas em comportamentos como resposta a percepção e
comunicação do meio em que se está inserido. Sendo assim, a interação via redes
sociais pode ser considerada um fenômeno atual e potencialmente transformador,
tanto das relações estabelecidas, como da construção da identidade do
indivíduo. Isso porque, apesar das relações sociais serem mediadas por um
processo não presencial, a profundidade das relações provoca em cada indivíduo
uma sensação real de afetação mediad a virtualmente. O que pode ser
comprometedor, pois nem todas as ferramentas de interação estão ao alcance do
usuário virtual, e interferir consideravelmente em uma relação baseada na
realidade.
Esse novo fenômeno desperta interesse da Psicologia Social
devido a forma como estas ferramentas digitais estabeleceram um novo padrão não
somente de interação, mas também de percepção entre as pessoas cujo contato
físico deixa de ser o principal fator de mediação relacional, e o crivo social
passa a ser considerado através de uma perspectiva virtual.
Esta dinâmica de conexão interativa pode impactar
diretamente no processo de socialização de cada indivíduo que utiliza a
Internet como uma forma de se conectar a um grupo ou até mesmo para se sentir
atuante ao meio em que pertence. Se considerarmos a máxima de que o sujeito
transforma e é transformado pelo meio em que vive, podemos compreender melhor
este paradigma.
Realidade inventada
Quando nos referimos a aplicativos sociais que se baseiam no
anonimato como forma de interação, devemos levar em consideração que a ideia de
percepção social acaba por ser anulada. Isso ocorre uma vez que a compreensão e
a percepção do outro, além de suas características, não nos possibilitam ter
uma impressão real permeada por dados observáveis, mas apenas naquilo que
acreditamos, baseado em nossas próprias percepções. Ou seja, através de tais
ferramentas, podemos afetar também nossa forma de interação.
Diferente da relação social permeada pela identidade do
sujeito que em contato com outras pessoas organiza informações e categoriza
atos, aplicativos sociais podem distorcer a percepção que temos, sendo esta
consideravelmente prejudicada. Além de não sabermos quem são as pessoas que
interagem em tal programa, ainda existe uma precariedade na recepção das
mensagens. Isso ocorre porque nos utilizamos apenas do sentido da visão para
constituirmos a percepção que acreditamos ser realidade.
Aplicativos que utilizam subterfúgios do anonimato
potencializam a superficialidade analítica que fazemos de outras pessoas,
deixando de considerar nossa capacidade de construção do outro e,
consequentemente, de nós mesmos. Fazemos assim uma relação social rasa,
superficial e não verdadeira.
Aplicativo Lulu no Brasil
O aplicativo Lulu, que permite que mulheres avaliem
anonimamente seus amigos do Facebook e causou polêmica no seu lançamento no
Brasil, anunciou duas mudanças na ferramenta, exclusivas para o país. Desde
dezembro, somente homens que optarem por participar do Lulu serão avaliados no
aplicativo. Além disso, o Lulu permite que os homens tenham acesso à sua nota
na brincadeira, informação que até agora estava disponível apenas para
mulheres. O Lulu chegou ao Brasil em novembro de 2013 e permite apenas que
mulheres deem notas e opiniões anônimas sobre homens. O serviço fez sucesso,
mas gerou discussões a respeito da privacidade na Internet e enfrentou ações na
Justiça. Todo o barulho, porém, alavancou o Brasil como o país com mais
usuários no serviço.
Especula-se que o anonimato nas redes sociais seja uma forma
de estimular a interação entre as pessoas alegando ser uma relação “anônima
mais humana”. No entanto, se considerarmos os aspectos determinados pela
Psicologia Social para o processo de interação percebemos que sua essência pode
ser totalmente descaracterizada. Afinal, percepção, comunicação como troca de
informações, atitudes que podem ser modificadas com novas informações, afetos
ou comportamentos, além do processo de socialização e construção da
subjetividade são comprometidos pela superficialidade relacional que acaba por
não concluir o ciclo completo de recolhimento de dados, baseando-se somente na
“verdade única” exposta em tal programa ou na própria percepção sobre um
aspecto de outra pessoa.
Aplicativos que utilizam subterfúgios do anonimato
potencializam a superficialidade
analítica que fazemos de outras pessoas
Com a virtualização da linguagem, se observarmos por outras
perspectivas, o “aqui e o agora” se perdem, possibilitando “flutuar” entre o
tempo e o espaço, e assim uma situação mal-resolvida, por exemplo, um amor não
correspondido no passado, pode se transformar em uma “nota” ou comentário
baseado apenas naquilo que foi vivido e percebido por uma das pessoas
envolvidas. É como se pudéssemos ficar vulneráveis ao que os outros pensam, não
tendo assim a chance de nos defendermos ou, ao menos, tentarmos reparar aquilo
que foi dito ou vivido.
Pegada digital
Grande parte das pessoas hoje tem algum tipo de informação
na Internet. Para comprovar isso, basta digitar um nome qualquer em um site de
busca para que as informações apareçam rapidamente na tela. Isto é o que
chamamos de Pegada Digital, ou seja, informações registradas na Web sobre uma
pessoa.
Ter informações negativas registradas no mundo virtual
(independente se são verdadeira) pode afetar diretamente os papéis sociais que
um indivíduo exerce, isso porque não há controle sobre elas. Pedro Burgos, em
seu livro Conecte-se ao que importa (Ed. Leya, 2014) reforça a ideia de pegada
digital, afirmando que as fronteiras entre o online e o offline desapareceram
e, hoje, ter um perfil “sujo” na Internet é como andar com uma letra escarlate.
É importante que em alguns casos a ideia de esquecimento coletivo exista,
defende o autor. Por causa da tecnologia digital, a habilidade da sociedade de
esquecer foi suspensa, substituída pela memória perfeita, que pode ser acessada
a qualquer momento.
Quando pensamos em contextos históricos, a possibilidade de
explorar o passado do homem como uma busca pela resolução de problemas presente
é totalmente válida, mas quando falamos de construção de uma subjetividade, a
questão pode ser analisada sob outro ponto de vista. É preciso que deixemos que
cada sujeito constitua sua própria identidade virtual. Não temos o direito de
exercer tamanha influência.
Devemos basear nossa relação social na construção de
crescimento e possibilidades e não por meio de julgamentos e percepções
individuais que influenciem o meio em que o indivíduo está inserido. Ao
analisarmos, julgarmos e tecermos opiniões virtuais, devemos nos conscientizar
e assumir a responsabilidade de que estaremos minimizando justamente a
potencialidade do ser e a transformação permanente das pessoas.
REFERÊNCIAS
- BOCK, A. M. B.. Psicologia: uma introdução ao estudo de
psicologia, 13. Ed reform e ampl. São Paulo: Saraiva, 2002.
- BURGOS, P.. Conecte-se ao que Importa: um manual para a vida
digital saudável. São Paulo: Leya, 2014.
- 75% dos Brasileiros usam Smartphones para acessar Redes
Sociais, disponível em: http://idgnow.com.
br/mobilidade/2013/07/02/75-dosbrasileiros- usa-smartphones-paraacessar-
redes-sociais/#sthash. PrcOXhCh.dpuf. (acessos em 25/02/2014)
Disponível em http://portalcienciaevida.uol.com.br/esps/edicoes/100/artigo311476-1.asp.
Acesso em 30 ago 2014.