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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O Rorschach e a função materna no sujeito transexual

Nadja Tröger; Catarina Bray Pinheiro
Análise Psicológica (2009), 3 (XXVII): 319-330

Resumo: O presente artigo visa analisar, à luz do método Rorschach e numa perspectiva psicodinâmica, a função materna no sujeito transexual e, implicitamente, a bissexualidade psíquica, ambas mediatizadas na relação entre a mente e o corpo. A função materna é concebida no seio do modelo bioniano ♀♂, que permite explorar a dialéctica operante entre o interno e o externo, o Eu e o Outro, o masculino e o feminino. O método Rorschach é perspectivado na sua dimensão intersubjectiva e dinâmica, de acordo com os argumentos teóricos formulados por M. E. Marques, dimensão essa que viabiliza a análise da actividade simbólica. A elaboração dos procedimentos procura, assim, integrar as dialécticas supramencionadas na relação ♀♂. É neste contexto que se inscreve a aplicação do Rorschach a dois sujeitos transexuais (MF e F-M, respectivamente). Os protocolos revelam uma busca contínua de um continente coeso na realidade externa e a dificuldade de articular o duplo no espaço mental. Verificam-se, por conseguinte, movimentos disruptivos nos eixos analisados, bem como dificuldades acrescidas de diferenciação entre o feminino e o materno. A articulação ♀♂ dá conta da não-consolidação da identidade, representando a transformação corporal a solução identitária numa realidade externa.



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Transexualismo: estudo sobre a representação de si no método de Rorschach

Frederico Guilherme Ocampo Abreu
Universidade Católica de Brasília
Pro-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Mestrado em Psicologia


Este trabalho teve por objetivo analisar a representação de si em transexuais masculinos por meio do método de Rorschach, caracterizar o perfil psicológico desses participantes e realizar considerações sobre o diagnóstico diferencial do transexualismo com a psicose. O transexualismo se caracteriza por uma identificação de um indivíduo com o sexo oposto, acompanhado por um desejo de pertencimento a esse outro sexo e por um significativo desconforto com seu sexo anatômico. De acordo com psicanalistas estudiosos do fenômeno, meninos que, geralmente deste muito cedo, apresentam sinais de distúrbios ligados à identidade de gênero demonstram uma ligação excessiva e, por vezes, simbiótica com a mãe, ao passo que o pai se apresenta como uma figura ausente, não representando um modelo masculino adequado.