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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Orientação sexual tem categorias intermediárias

Karene Booker
11/05/2012

Categorias sexuais
A orientação sexual é melhor representada como um continuum com duas novas categorias - "majoritariamente heterossexual" e "majoritariamente homossexual/lésbica".

Estas novas categorias viriam se juntar às categorias clássicas heterossexual, bissexual e homossexual/lésbica.

É o que defendem Ritch Savin-Williams, professor de desenvolvimento humano, e sua orientanda Zhana Vrangalova, em uma pesquisa realizada na Universidade de Cornell (EUA).

Cinco categorias de sexualidade

Em uma pesquisa com 1.676 respostas a um inquérito online sobre sexualidade, realizada pelo Facebook, 20% das mulheres e 9% dos homens se identificaram como "majoritariamente heterossexual."

Os pesquisadores afirmam que este resultado vem se somar a outras evidências de que a orientação sexual pode ser melhor descrita usando uma escala mais sutil de 5 pontos, ao invés dos três pontos adotados hoje.

Os resultados também sugerem que a orientação sexual não é apenas um continuum unidimensional, com a preferência pelo sexo oposto em uma extremidade, e pelo mesmo sexo na outra.

Segundo os pesquisadores, ela pode ser mais precisamente conceituada com dois contínuos - um para representar a orientação em relação a outra pessoa do mesmo sexo, e outro contínuo para representar a orientação em relação ao sexo oposto.

"Em outras palavras, ter mais sexualidade em relação ao mesmo sexo não significa necessariamente ter menos sexualidade em relação ao sexo oposto," disse Savin-Williams.

Repercussões reais da sexualidade

Os pesquisadores também descobriram que algumas pessoas que escolheram uma das duas identidades sexuais presumivelmente exclusivas (heterossexuais e homossexuais) ainda assim relatam não-exclusividade em suas atrações e/ou comportamento.

Embora o estudo não tenha se baseado em uma amostra representativa da população, os pesquisadores defendem que seus resultados são semelhantes aos de outras investigações com base em amostras nacionais.

Segundo eles, o uso de etiquetas de orientação sexual mais precisas em pesquisas científicas e de saúde poderá ajudar a compreender as repercussões reais da sexualidade na saúde física, sexual, mental e social.

Disponível em <http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=categorias-orientacao-sexual&id=7743>. Acesso em 12 mai 2012.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Hotel gay de Nova York mira o mercado turístico LGBT

Reuters
19/03/2012 - 07h30

O hotel OUT NYC aposta em duas banheiras aquecidas, um jardim privado, sua boate particular e o título de primeiro hotel-butique de Manhattan, construído especialmente para atrair os milhões de turistas homossexuais que visitam Nova York.

O hotel, que não fica longe de Times Square e dos teatros da Broadway, também quer atrair os amigos e familiares de seus clientes. Para usar um velho conceito, os donos do OUT NYC gostam de descrever o hotel como de "frequência mista".

"O projeto foi planejado por cinco anos e, depois de dezoito meses de obras, temos o orgulho de anunciar a abertura do primeiro resort da cidade, e talvez do mundo inteiro, focado no público gay e com frequência mista", disse Ian Reisner, co-proprietário do hotel.

Projetado pelo arquiteto Paul Dominguez, o OUT NYC começou a funcionar no início do mês com um centro de bem-estar, três pátios independentes, sendo que um ganhou o apelido de "o grande jardim", um espaço para banho de sol e um restaurante que deve abrir nos próximos meses.

O local também abriga uma boate chamada XL e espaços multiuso para conferências, eventos e casamentos.

A inspiração para erguer o hotel veio muito antes que a lei que permite casamentos entre pessoas no Estado de Nova York entrasse em vigor em julho de 2011, e o empreendimento foi construído com o turista gay em mente.

Segundo a organização de turismo de Nova York, a NYC & Company, a cidade é uma dos principais destinos mundiais para turistas gays, lésbicas, transexuais e bissexuais.

Bjorn Hanson, reitor do centro Preston Robert Tisch para gerenciamento de hospitalidade, turismo e esportes na Universidade de Nova York, diz que os donos de hotéis na cidade irão olhar a sorte do OUT NYC com interesse.

"Existem hotéis construídos para atrair o público LGBT, mas hotéis exclusivos e que colocam isso claramente como seu foco são muito raros. Muitos executivos, gerentes e donos de hotéis estão interessados em conhecer a resposta do consumidor a esse empreendimento", disse Hanson.

O que distingue o OUT NYC é a sua localização na 42nd Street, em Hell's Kitchen - uma área localizada a oeste de Times Square e que enriqueceu com a população gay de Nova York nos anos 80 e 90.

"Nós temos mais bares gays aqui do que em Chelsea, que era o epicentro da comunidade gay", disse Reisner, se referindo a outro bairro da cidade. "Dos 50 milhões de turistas que visitaram Nova York no ano passado, é estimado que 8 milhões eram homossexuais. Com 105 quartos, não esperamos hospedar muitas pessoas, mas sim que o OUT NYC seja o centro da vida gay nova-iorquina."

"Com as novas leis de Nova York, nós esperamos não só receber inúmeros casais gays, mas também casá-los", explicou Reisner.

O OUT NYC tem 97 quartos do tipo "standard" com diárias de 200 dólares, e também oferece quartos coletivos de luxo a 99 dólares por pessoa.

Tom Whalen e Russell Kemp, que venceram uma disputa sobre casamento gay na TV, se casaram na semana passada na boate XL, em uma cerimônia conduzida pela atriz Fran Drescher, de "Happily Divorced".

Ela é uma ativista pela igualdade matrimonial, ministra pela Igreja da Vida Universal e e oficiou uma cerimônia para os donos da casa noturna.


Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/turismo/1062878-hotel-gay-de-nova-york-mira-o-mercado-turistico-lgbt.shtml>. Acesso em 25 mar 2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Homem vira mulher após picada de abelha

Paraiba.com.br
11/02/2012 | 15h54min

A americana Chloe Prince, de 40 anos, nasceu homem e contou sua história no programa de TV dos Estados Unidos Anderson, na tarde da última quarta-feira. Antes, a transexual se chamava Ted, homem casado havia oito anos com uma mulher, com quem tem dois filhos. Tudo mudou quando ele levou uma picada de abelha.

O fato desencadeou, segundo Chloe, reações inesperadas: seu organismo passou a perder uma grande quantidade de testosterona, o hormônio masculino. A pele também ficou mais fina, e suas formas, mais femininas.

Chloe Prince revelou que então passou a se sentir mais "confortável" com o novo corpo e decidiu passar por uma cirurgia de mudança de sexo na Tailândia, em maio de 2008.

A queda de testosterona teria ocorrido devido a uma rara condição genética, chamada Síndrome de Klinefelter, da qual Ted não sabia ser portador até levar a picada. Hoje, Chloe mora com a ex-esposa, Renee, de 49 anos, e elas criam os dois filhos juntas, Logan, de 7 anos, e Barry, de 6.

Segundo o site da revista Marie Claire, a transexual detalhou as mudanças em seu corpo: "Meus seios começaram a se desenvolver, e minha pele foi ficando mais macia. Minha massa estava mudando, e eu estava gostando do que via".

Ao mesmo tempo, Chloe admitiu que, quando era criança, gostava de se vestir com roupas femininas. Já a esposa disse ter sentido vergonha do marido quando o viu pela primeira vez vestido de mulher. De acordo com Renee, o casamento só não terminou naquela época por causa do compromisso assumido.

Síndrome de Klinefelter
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Classificação e recursos externos - 47,XXY - CID-10 - Q98.0-Q98.4 - CID-9 - 758.7

DiseasesDB - 7189 - MeSH - D007713

A síndrome de Klinefelter, descrita pela primeira vez por Harry Klinefelter em 1942[1], é a causa mais frequente de hipogonadismo e infertilidade em indivíduos do sexo masculino. A causa genética da síndrome foi descoberta em 1959, por P. A. Jacobs e J. A. Strong[2].

As pessoas com síndrome de Klinefelter, do sexo masculino, têm um cromossomo X adicional (47, XXY), estatura elevada, algum desenvolvimento do tecido mamário e testículos pequenos. Também é possível encontrar pessoas com outros cariótipos, como 48, XXXY, 48, XXYY ou 49, XXXXY.[3]

Evolução e sintomas

É de esperar que indivíduos com a síndrome de Klinefelter tenham uma esperança média de vida normal, no entanto há a referir um aumento considerável de acidentes vasculares cerebrais (6 vezes superior à população geral), assim como na incidência do câncer (156%). 

O atraso da linguagem (51%), o atraso motor (27%) e problemas escolares (50%) complicam o desenvolvimento destas crianças e em alguns estudos estão descritos comportamentos anti-sociais e psiquiátricos. Outros apontam para uma boa adaptação social e no trabalho.

Outra complicação é o défice auditivo, no entanto não está descrito um aumento da frequência de infecções respiratórias na infância, ao contrário das doenças auto-imunes (diabetes mellitus; doenças do colagéneo)

Tratamento e prevenção das complicações

Esta síndrome raramente é diagnosticada no recém-nascido face à ausência de sinais específicos. O diagnóstico precoce permite a intervenção antecipada, seja ela psicológica ou farmacológica. O rastreio de problemas visuais e auditivos, assim como a avaliação do desenvolvimento, devem ser realizados periodicamente. As anomalias constatadas devem ser seguidas em consultas de especialidade.

Muitas vezes detecta-se a anomalia apenas quando problemas comportamentais, desenvolvimento pubertal anómalo ou infertilidade aparecem. A puberdade apresenta problemas particulares secundários aos problemas genitais já referidos. Para uma melhor resposta, o tratamento com testosterona deve ser iniciado pelos 11-12 anos de idade. Está demonstrada a sua eficácia numa percentagem importante dos indivíduos, tanto em aspectos psicossociais como físicos. Por estes motivos estas crianças e adultos jovens devem ser acompanhados numa consulta deendocrinologia.

Esta anomalia genética está associada à idade materna avançada. Num casal com um filho com a síndrome de Klinefelter, o risco de recorrência é igual ou inferior a 1%. O estudo familiar é habitualmente desnecessário, salvo em raras situações. Nem sempre a infertilidade é a regra. Caso se encontrem indivíduos férteis, deve ser oferecido o diagnóstico pré-natal a fim de excluir alterações cromossómicas uma vez que existe um risco acrescido da mesma.

Referências
1. ↑ Klinefelter, HF Jr; Reifenstein, EC Jr; Albright (1942), "Syndrome characterized by gynecomastia, aspermatogenesis without a-Leydigism and increased excretion of follicle-stimulating hormone", J Clin Endocrinol Metab 2: 615–624. Klinefelter, HF (1986), "Klinefelter's syndrome: historical background and development", South Med J 79 (45): 1089–1093, PMID 3529433 talks about the history of the development of the literature.
2. ↑ Jacobs PA, Strong JA: A case of human intersexuality having possible XXY sexdetermining mechanism. Nature 1959, 2:164-167
3. ↑ Kilnefelter(sic) Syndrome and Its Variants: An Update and Review for the Primary Pediatrician.

Disponível em <http://www.paraiba.com.br/2012/02/11/12653-homem-vira-mulher-apos-picada-de-abelha>. Acesso em 16 fev 2012.
Disponível em >http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Klinefelter>. Acesso em 16 fev 2012.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Menino inicia tratamento de mudança de sexo aos 8 anos

Vírgula
01/10/2011 09h00

Com direito a tratamento à base de hormônios, o menino Thomas Lobel, da Califórnia, está mudando de sexo e vem causando polêmica. Ele, que tem 11 anos e é filho de um casal de lésbicas, iniciou o processo aos 8 anos de idade. 

As mães do menino, que agora se chama Tammy, defendem a decisão do garoto, alegando que era melhor iniciar o processo de mudança de sexo já na infância, pois na puberdade tudo seria mais complicado e, nesse período, o número de suicidas com transtorno de identidade é muito maior. 

Segundo Pauline Moreno e Debra Lobel, uma das primeiras coisas que Tammy aprendeu a falar foi “Sou uma menina”. Outro fator decisivo para o incentivo das mães foi o fato de aos 7 anos ele ameaçou mutilar o próprio órgão sexual. Foi aí que o transtorno de gêneros foi diagnosticado e no ano seguinte iniciaram a medicação - implantada em seu braço esquerdo e que impedirá o desenvolvimento de ombros largos, voz grave e pelos faciais no menino. 

Segundo informações do Daily Mail, o tratamento hormonal permitirá à Tammy ter tempo de decidir se é isso mesmo o que quer. Caso decida parar de tomar a medicação, será possível passar pela puberdade como um garoto normalmente, sem, inclusive, afetar a sua fertilidade. Mas ao resolver se tornar uma mulher definitivamente, os remédios ajudarão no desenvolvimento de características físicas femininas, como o crescimento de seios. 

A cidade de Berkeley, onde Tammy vive, é uma das quatro nos Estados Unidos (Boston, Seatle e Los Angeles são as outras) onde há um hospital com programas para crianças transexuais. Lá elas são assistidas por profissionais de saúde mental, endocrinologistas e pediatras especializados. 

Disponível em <http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/inacreditavel/2011/09/30/285355-menino-inicia-tratamento-de-mudanca-de-sexo-aos-8-anos>. Acesso em 18 jan 2012.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Discriminação leva jovens homossexuais ao suicídio

Diogo Bercito
01/11/2010 - 07h31


"Eu sempre fui o melhor em tudo", diz Geraldo*, 19. Aluno dedicado e filho comportado, o garoto entrou em crise quando descobriu que é gay. "Vi que não seria o melhor em alguma coisa", diz.

De tanto ouvir que sua vida estava errada, ele acreditou. Há um ano, injetou ar no braço, à espera da morte. Foi socorrido no hospital. A história de Geraldo é semelhante à de quatro adolescentes norte-americanos que se mataram em setembro passado, alertando o país inteiro para um tipo de preconceito que pode ser fatal.

As mortes levaram o presidente Barack Obama a gravar um vídeo para o site It Gets Better (isso melhora, em português). A campanha (bit.ly/itgets) reúne depoimentos cuja mensagem é simples: ser gay não é errado. Ainda assim, os homossexuais são uma minoria que sofre discriminação. Às vezes, a níveis insuportáveis. Foi assim com o estudante de biologia Henrique Andrade, 21, que no dia 22 foi chamado de "bicha" durante uma comemoração de alunos da USP. "Falaram que eu estava manchando a festa." Ele levou chutes e socos.

"A homofobia está na sociedade e faz com que o gay ache que ele vale menos do que os outros", explica Lula Ramires, coordenador do Grupo Corsa (corsa.wikidot.com), que defende a diversidade sexual. A discriminação surge como ingrediente-chave nas pesquisas que apontam para a relação entre homossexualidade, juventude e suicídio. O bullying pode causar o que os psicólogos chamam de "egodistonia" --alguém não gostar de como é. "É um sofrimento muito grande se sentir fora da norma", diz Alexandre Saadeh, psiquiatra do Hospital das Clínicas. "A discriminação, para alguém que é humilhado em casa, por exemplo, pode se tornar insuportável."

Pais & amigos

A aceitação ou não dos pais é um fator de peso, segundo Miguel Perosa, professor de psicologia da PUC-SP. "O jovem pode sentir que não pertence a esse mundo que o discrimina", afirma. "Suicídio passa pela minha cabeça todos os dias, está cada vez mais difícil", desabafa o técnico em farmácia Caio*, 22. Demitido na semana passada, ele diz que foi dispensado porque é gay. Nos corredores, ouvia colegas o chamarem de "veado". "Me faz querer dar um fim a isso", diz. "Eu respiro fundo, mas o pensamento é forte." Há três anos, ele tomou veneno. Mas sobreviveu. Psicólogos recomendam que jovens com ideias suicidas busquem ajuda profissional imediatamente. Amigos devem ficar por perto.

Outra sugestão é procurar entidades como o GPH (Grupo de Pais de Homossexuais, www.gph.org.br), que faz reuniões quinzenais para ouvir jovens gays. Apesar de nunca ter tentado se matar, Paulo Souza, 20, participou desses encontros. Há quatro anos, ele perdeu o namorado e amigo de infância que, aos 19 anos, pulou do sétimo andar. "Ele achava que não tinha futuro sendo gay", conta. Sucesso e felicidade, no entanto, independem de orientação sexual.

Entre gays assumidos estão Ian McKellen, um dos mais premiados atores britânicos (o Gandalf de "O Senhor dos Anéis") e Klaus Wowereit, prefeito de Berlim. O ator brasileiro e gay assumido Evandro Santos, 35, diz que nunca pensou em suicídio. Famoso pelo papel de Christian Pior no "Pânico na TV", ele foi expulso de casa quando era adolescente. "Sobrevivi por um sentimento de vingança. Queria ficar vivo para as pessoas verem que eu seria famoso."

Vai melhorar

A organização do It Gets Better calcula que os vídeos da campanha já tenham sido vistos 15 milhões de vezes. "Estamos decolando!", comemora o coordenador Scott Zumwalt, que trabalhou na campanha de Obama --e conseguiu a assinatura da republicana Laura Bush para a petição contra o bullying. Segundo o Folhateen apurou, está sendo negociado um domínio brasileiro na internet para uma possível versão em português do site.

*Nome fictício

Equação da morte
  • Em 2008, 711 brasileiros entre dez e 19 anos se suicidaram; não há números específicos sobre gays
  • Suicídio é a quarta maior causa externa de morte de jovens entre 15 e 19 anos (a primeira é homicídio)
  • Estima-se que o número de tentativas de suicídio supere o número de suicídios em pelo menos dez vezes

Fonte: Ministério da Saúde

Fatores interligados

  • Pesquisas americanas mostram uma relação entre adolescência, homossexualidade e suicídio
  • Jovens gays são de duas a três vezes mais propensos a tentar o suicídio quando comparados a jovens heterossexuais

Fonte: "Gay Male and Lesbian Suicide", de Paul Gibson

Questão de sobrevivência

Sugestões para lidar com o bullying:

  1. Há situações em que é melhor não mencionar que você é gay. Se você pressente uma reação negativa, avalie se vale a pena se abrir
  2. Em caso de bullying na escola, procure o diretor ou um professor. Denuncie a discriminação. É difícil, mas necessário
  3. Ser gay não é bom nem ruim. Não determina caráter.
  4. O autopreconceito pode ser pior do que o preconceito dos outros
  5. Amigos devem acolher, compreender, aceitar e respeitar sua sexualidade

Fontes: André Fischer (do portal Mix Brasil, Miguel Perosa (professor de psicologia da PUC-SP, e Alexandre Saadeh (psiquiatra do Hospital das Clínicas)

Ódio na escola

Alunos concordam com as seguintes afirmações:
  • 26,6% - "Eu não aceito a homossexualidade"
  • 25,2% - "Pessoas homossexuais não são confiáveis"
  • 23,2% - "A homossexualidade é uma doença"
  • 21,1% - "Os alunos homossexuais não são alunos normais"
  • 17,6% - "Os alunos homossexuais deveriam estudar em salas separadas"

Fontes: Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em estudo de maio de 2009 realizado em 500 escolas públicas brasileiras

Está tudo bem


O que eles falaram sobre homossexuais ou sobre eles:

"Eu não sei o que é ser discriminado por ser gay. Mas eu sei o que é crescer sentindo que você não pertence a um lugar. (...) O que eu quero dizer é: você não está sozinho. Você não fez nada de errado. (...) E há um mundo inteiro à sua espera."
BARACK OBAMA, presidente dos EUA, na campanha It Gets Better

"Tenho orgulho de dizer que eu sou um homossexual afortunado. Sou muito abençoado por ser quem eu sou."
RICKY MARTIN, cantor, ao assumir a homossexualidade

"Não tenho vergonha. Não acho que seja errado, não estou arrasado. Estou mais livre e feliz do que na minha vida inteira."
LANCE BASS,cantor do Nsync,à revista "People"

"Sou bi. E daí?"
ANA CAROLINA, cantora, em entrevista à revista "Veja"


Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folhateen/822698-discriminacao-leva-jovens-homossexuais-ao-suicidio.shtml>. Acesso em 01 nov 2010.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Os homens que mudam de sexo ficam em desvantagem"

Thiago Cid 
18 de outubro de 2008 10:29 


Em entrevista a ÉPOCA, a pesquisadora Kristen Schilt, da Universidade de Chicago, afirma que o preconceito contra as mulheres transexuais no ambiente de trabalho reflete a discriminação contra o sexo feminino. Por um método inovador, a pesquisadora chegou a uma conclusão já esperada: a de que as mulheres levam desvantagem na carreira.

A professora Kristen Schilt, da Universidade de Chicago, tinha como objetivo desmascarar o preconceito contra as mulheres, ainda latente mesmo no século 21. Para deixar evidente a discriminação no mercado de trabalho, ela usou a experiência de transexuais: o que aconteceria com um homem no mercado de trabalho se ele mudasse de sexo? O exemplo é útil porque representa apenas uma mudança - a de gênero - em meio a fatores fixos, como formação e competência profissional. Por um método inovador, a pesquisadora chegou a uma conclusão já esperada: a de que as mulheres levam desvantagem na carreira. Confira, abaixo, a entrevista que a pesquisadora concedeu a ÉPOCA.

ÉPOCA – A senhora utilizou os transexuais como uma ferramenta para analisar as relações de gênero no ambiente de trabalho. Acha que essa estratégia foi eficiente ou acabou esbarrando no preconceito apenas contra os transexuais? 
Kristen Schilt - É difícil separar essas duas coisas. As reações sobre transexualidade são reações sobre o gênero. Uma das mulheres transexuais com quem conversei me disse que, ao contar sua intenção no trabalho, um colega perguntou por que ela gostaria de ser uma cidadã de segunda classe. Ele disse isso tanto pelo fato de ela ser uma transexual, mas também pelo fato de se assumir mulher.

ÉPOCA – A conclusão de seu estudo é de que os homens transexuais têm ganhos de salário e autoridade, e as mulheres transexuais têm perdas financeiras e de autoridade? 
Kristen - Primeiro é preciso deixar claro que os homens transexuais nem sempre tiveram experiências positivas. Mas, comparados com as mulheres transexuais, eles geralmente se saem melhor. Aparentemente há menos resistência e mais abertura para os transexuais no ambiente de trabalho. Em meu estudo, pelo menos, eles não tiveram grandes perdas. Não é que eles passaram a ganhar mais, mas não ficaram em desvantagem da forma que as transexuais femininas ficaram.

ÉPOCA – Vocês detectaram que, na média, os transexuais femininos fazem a transição de gênero 10 anos mais tarde que os transexuais masculinos. O que isso quer dizer? 
Kristen - Há várias razões, mas a principal é que na sociedade americana há um pouco mais de espaço para mulheres que querem adotar uma conduta masculina. Se já é chocante a mudança de sexo em uma sociedade com preconceitos velados, um homem querer ser mulher é algo mais chocante ainda. Por isso, penso que as mulheres transexuais encontram mais oposição, elas têm perdas maior e, por isso, costumam esperar mais. Especialmente em empregos especializados, existe uma idéia geral de que talvez eles não serão capazes de mantê-los após a transição para o sexo feminino. Eles esperam ou adiam por causa das possibilidades de perda de salário, de autoridade e até do próprio emprego. No entanto, cedo ou tarde fazem a transição.

ÉPOCA – Eles relataram alguma mudança nas habilidades para realizar o trabalho após a mudança de sexo? 
Kristen - Eu não acredito que as habilidades mudam. As pessoas acreditam que as habilidades tenham mudado. Uma transexual feminina que escreve programas de computador me contou que um colega perguntou se ela ainda sabia programar. As pessoas pensam que as capacidades mudam porque o sexo muda. Mas o capital humano não é algo que se perde.

ÉPOCA – Que tipos de experiências negativas os transexuais relataram ter vivido no ambiente de trabalho? 
Kristen - As transexuais femininas muitas vezes perdem o emprego de anos por causa da transição. Não perdem por causa da mudança de sexo, mas por pequenas questões que nunca haviam sido um problema. As pessoas passam a julgá-las mais. Apesar de velado, sabemos que o problema não é o desempenho no trabalho, mas a transexualidade. Algumas vezes os colegas são abertos e dizem que o transexual não é mais bem-vindo no ambiente de trabalho.

ÉPOCA – E o que os homens transexuais relatam? 
Kristen - Eles disseram que alguns colegas demonstram incômodo, mas a resistência é menor. Nós últimos tempos, conversei pessoalmente com 65 transexuais masculinos no Texas e na Califórnia. As experiências contadas foram relativamente positivas. Aqui nos EUA ser homem é uma vantagem no trabalho.

ÉPOCA – Quais outras conclusões você pode tirar de seu estudo? 
Kristen - Uma coisa que percebi com meus estudos é que, se você quer melhorar o ambiente de trabalho para os transexuais, os empregadores realmente têm um papel-chave. Se um funcionário diz que pretende mudar de sexo, o chefe deve reunir os empregados, afirmar as políticas de boas relações na empresa, ter um amparo psicológico se for preciso e deixar claro que o assédio não vai ser permitido. Quando o empregador diz que não sabe como ajudar, não sabe o que dizer, os colegas que não estão satisfeitos se sentirão livres para expressar isso.

ÉPOCA – Existem políticas nos EUA para transexuais no ambiente de trabalho? 
Kristen - Não há lei nacional, mas há uma proposta em tramitação no Congresso. Há 11 estados e algumas cidades com leis locais para a proteção de transexuais no trabalho. Coisas em nível local, como é comum aqui nos EUA por causa do federalismo.

ÉPOCA – O que os americanos pensam dos transexuais? 
Kristen - Infelizmente não há discussão a respeito. Não temos muitos dados sobre o assunto. As pesquisas sobre transexuais geralmente só focam os próprios transexuais. Não sabemos muito a respeito da percepção sobre eles.

ÉPOCA – Você conhece algo sobre os transexuais brasileiros? 
Kristen - Eu li um livro sobre travestis escrito pelo sociólogo Don Kulick, da Universidade de Chicago. Pelo que li, há muitos transexuais envolvidos com prostituição. Aqui nos EUA certamente a comunidade transexual no mercado de trabalho formal é muito maior. Mas a minha impressão é que, no Brasil, as pessoas sabem mais sobre os transexuais, mesmo que seja sobre os marginalizados. Aqui eu creio que é algo mais velado. É impressionante, mas há americanos que não sabem nada sobre transexuais, apesar de um ativismo político crescente da classe. Creio que o fato de haver mais transexuais no mercado formal de trabalho se dê porque há toda uma mentalidade e uma indústria legal para apoiar o trabalho. Mesmo quando as pessoas acham que é ruim ser gay ou transexual, eles pensam que todos devem trabalhar. A mentalidade americana diz que o trabalho é fundamental.

ÉPOCA – Você afirmou que, nos anos de 1970 e 1980, os transexuais americanos costumavam trabalhar em profissões menos qualificadas e típicas do outro sexo. Por exemplo, transexuais femininos podiam somente ser cabeleireiros ou secretárias e os transexuais masculinos trabalhavam como operários. Isso ainda é uma realidade? 
Kristen - Naquela época, a comunidade médica que trabalhava com transexuais dizia que, se uma pessoa quer ser uma mulher, ela deveria ter um emprego de mulher. Apesar de ser uma percepção sectária, eram nichos em que os transexuais encontravam menos preconceitos e mais pessoas em situação semelhante. O que realmente aconteceu aqui foi o crescimento da visibilidade do ativismo transexual no meio dos anos de 1990, com a afirmação de que os transexuais deveriam ter qualquer tipo de trabalho que eles quisessem. Se eu era um advogado quando homem, eu não deveria me tornar uma secretária quando me transformar em uma mulher. Esse ativismo criou um espaço social para os transgêneros nos EUA.

ÉPOCA – Com a ajuda do governo? 
Kristen - Eu diria que eles fizeram tudo por eles mesmos. Temos percebido muita resistência do governo para mudar as leis do trabalho e as leis contra intolerância. Transexuais não estão incluídos nestas leis. O que eu percebo é que o apoio maior aos transexuais está vindo do setor de negócios ou corporativo. As empresas estão adotando regras de proteção para os empregados transexuais em seu ambiente de trabalho. Se o governo não os protege, ao menos a sua empresa, sim.

ÉPOCA – E onde eles geralmente trabalham? 
Kristen - Eu diria que atualmente está muito diversificado. Entre as transexuais femininas de nosso estudo, eu diria que cerca de metade delas está em trabalhos especializados, que exigem formação acadêmica. A outra metade está em trabalhos braçais ou sociais, como assistentes sociais e líderes comunitários. Para os transexuais masculinos, por eles serem mais jovens, boa parte está na faculdade e trabalha em empregos temporários para ter renda para os estudos. Os que não estão neste grupo estão divididos em empregos que exigem qualificação e em trabalhos manuais. O que eu certamente não diria é que existem trabalhos específicos para os transexuais.

ÉPOCA – E por que as empresas estão fazendo isso? 
Kristen - As empresas adotaram uma mentalidade que diz que a diversidade da força de trabalho é muito benéfica ao rendimento e à eficiência na produção. E os transexuais fazem parte dessa diversidade. Eles têm uma visão de mundo e uma experiência por conta do que já passaram e podem acrescentar muito ao grupo. As empresas pensam que, se elas querem os melhores empregados, não podem excluir as pessoas por causa do gênero. E os transexuais também são consumidores.

ÉPOCA – Há uma estimativa de quantos transexuais existem nos EUA? 
Kristen - É a pergunta que mais ouço. Não é uma população grande como a dos gays e lésbicas e infelizmente não sabemos a resposta para esta pergunta. Eu costumo responder que há mais do que as pessoas pensam.

ÉPOCA – Existe uma explicação para o fato de você ter notado que os transexuais possuem uma formação acadêmica melhor do que a população em geral? 
Kristen - Eu diria que porque eles são pessoas insistentes, porque até mesmo aqui nos EUA há uma idéia de que são tão marginalizadas que não podem viver como as outras pessoas. Mas esse dado é explicado pelo fato de onde colhemos nossas informações. Fomos a convenções de transexuais, eventos cuja participação custa dinheiro, como inscrição, viagem, hospedagem. Então posso dizer que nossa amostragem se baseou em transexuais da classe média. Também para participar de uma conferencia transexual você tem de saber sobre o movimento ativista transexual, e essa politização geralmente acontece com pessoas que possuem certa formação intelectual. Com certeza, há muitos transexuais nos EUA em profissões marginalizadas, que têm índices de educação mais baixos do que os da população média.

ÉPOCA – Qual é a importância do seu estudo? 
Kristen - Ele é importante por duas razões. A primeira é que sabemos muito pouco sobre as experiências dos transexuais, seu modo de viver, de pensar, de relacionar com o mundo. Ele traz um pouco de luz para o que eles passam no dia-a-dia. A maior parte dos estudos leva em conta o porquê da transexualidade, o que os faz tomar essa decisão. É ainda uma forma de resistência ao fato de que eles existem. O meu estudo os aceita como uma realidade e não quer saber por que eles existem, mas pretende de alguma forma melhorar sua condição de vida. É importante saber as razões da transexualidade, mas existe muito mais e quero saber o que acontece com a vida deles. Em um segundo nível, quero mostrar que a discriminação por gênero no ambiente de trabalho é algo que realmente acontece. A pesquisa nos mostra a desvalorização do feminino e das mulheres no ambiente de trabalho, sejam transexuais ou não. É uma forma de olhar o quanto o gênero influencia na carreira.



Disponível em <http://www.forumplp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=864:qos-homens-que-mudam-de-sexo-ficam-em-desvantagemq&catid=149:direitos3&Itemid=326>. Acesso em 10 dez 2009.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Desdiagnosticando o gênero

Judith Butler
Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 19 [ 1 ]: 95-126, 2009


Resumo: A autora analisa o debate atual sobre a questão da despatologização da transexualidade nos Estados Unidos. Afirma que, se por um lado o diagnóstico de transtorno de identidade de gênero continua a ser valorizado por facilitar um percurso economicamente viável para a transformação corporal, por outro, a oposição ao diagnóstico se faz necessária, dado que ele insiste em considerar como doença mental o que deveria ser entendido como uma possibilidade, entre outras, de autodeterminação do gênero. Finalmente, a autora argumenta que estas posições não são necessariamente antagônicas - indicando a complexidade e o paradoxo deste debate -, já que, no seu ponto de vista, a “transautonomia” não será alcançada sem a construção de uma rede jurídica, assistencial e social que lhe dê suporte e permita que a transexualidade possa ser vivida.




sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Garoto de 8 anos é diagnosticado transexual e fará mudança de sexo

Humberto Oliveira
16/10/2009 - 00:02


Sua família contou sua história como parte de um novo documentário do canal Channel 4. Vanessia, sua mãe, disse que Josie sempre afirmou ser uma menina, embora fosse constantemente corrigida por ela. “Quando ela começou a falar, dizia que era uma menina. Nós costumávamos corrigi-la e dizer: ‘Não, você é um menino’”. Aos cinco anos, ela recusava-se a cortar os cabelos e só usava cores como laranja e rosa.


Quando completou seis anos, Josie, que também tem uma irmã adotiva, foi diagnosticada como transexual e começou a ser tratado como uma menina. Foi então que a família começou a oferecer roupas femininas e enfim observar qual seria sua reação.


Vanessia e seu marido, Joseph, um engenheiro da Força Aérea do Arizona, tomaram a decisão corajosa de contar a história de sua filha para ajudar outros pais de jovens transexuais.


“Ela costumava amarrar meu xale em volta da cintura para fazer saia. Esta era sua brincadeira favorita”, declarou ela aos jornais britânicos Daily Mail e Telegraph.


Segundo seu pai, o conservadorismo dos seus colegas militares não deixava aceitar a condição de sua filha. Entretanto, eles decidiram apostar no bem-estar da criança e resolveram ignorar o preconceito. “Nós percebemos que tínhamos um menino especial. Mas pensamos: ‘Enquanto o nosso filho estiver feliz, tudo bem’”, afirmou Joseph.


Seus pais também comentaram que encontraram na internet grande fonte de informações sobre o assunto. Eles contaram que inicialmente acharam muitos sites falando sobre o assunto, entretanto, destinados para adultos. Logo depois, descobriram que havia outras crianças que, segundo diagnósticos médicos, nasceram com o sexo errado.


No ano passado, Joey teve todos os seus documentos trocados e agora chama-se oficialmente: Josie. Atualmente ela está sendo acompanhada por médicos e psicólogos e deverá ingerir hormônios femininos quando completar 12 anos. Sua mãe também comentou que provavelmente ela deverá ser submetida a uma cirurgia para mudança de sexo, apenas quando for adulta.


Disponível em <http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://colunistas.ig.com.br/obutecodanet/files/2009/10/trans2.jpg&imgrefurl=http://colunistas.ig.com.br/obutecodanet/2009/10/16/garoto-de-8-anos-e-transexual-e-fara-mudanca-de-sexo/&usg=__lUYqdFNpKjh763yCPkZc74TdrQg=&h=614&w=468&sz=76&hl=pt-BR&start=128&um=1&tbnid=kB9QeNDVwUzQ_M:&tbnh=136&tbnw=104&prev=/images%3Fq%3Dtransexual%26ndsp%3D18%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D126%26um%3D1>. Acesso em 10 jan 2010.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Victoria Kolakowski torna-se primeira juíza transexual assumida nos EUA


Associated Press
em Orkland, 16/11/2010 - 22h12


Uma advogada da Califórnia foi eleita a primeira juíza americana abertamente assumida transexual. Victoria Kolakowski, 49, bateu o promotor John Creighton por 51% a 48% -- uma margem de quase 10 mil votos -- nas eleições de 2 de novembro para preencher a vaga na Suprema Corte da Califórnia, informaram representantes eleitorais do condado de Alameda.


Kolakowski liderava desde a noite das eleições, mas um número exagerado de abstenções e urnas provisórias deixou a disputa acirrada até esta segunda-feira.


O Fundo de Vitória para Gays e Lésbicas disse que ela é a primeira juíza transexual assumida no país.


Kolakowski passou os últimos três anos como juíza do governo, resolvendo disputas em contratos de energia e conformidades ambientais para a Comissão de Utilidades Públicas da Califórnia. Ela passou por cirurgia de troca de sexo em 1991.


Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/mundo/831646-victoria-kolakowski-torna-se-primeira-juiza-transexual-assumida-nos-eua.shtml. Acesso em 17 nov 2010.