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terça-feira, 3 de julho de 2012

“Nós também somos família”: estudo sobre a parentalidade homossexual, travesti e transexual

Elizabeth Zambrano
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas 
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

Resumo: A proposta desta tese é apresentar o debate sobre ser ou não o grupo constituído por uma pessoa/casal do mesmo sexo e seus filhos, uma família. As discussões se dão entre diferentes áreas (Antropologia, Medicina, Psicologia, Direito, religiões e militância) em decorrência do aumento da visibilidade da família homoparental. São apresentadas as pesquisas que vêm sendo realizadas e seus resultados. Por meio da análise de reportagens do Jornal Folha de São Paulo são mostradas as concepções de família de cada área considerada e as consequências do debate para os entrevistados. É evidenciado o papel das religiões no incremento do preconceito, influenciando outros atores sociais e dificultando sua aceitação pela sociedade e inclusão na proteção do Estado, por meio da legalização do casamento e adoção.





quinta-feira, 31 de maio de 2012

Umuarama: professora e estudantes lançam o livro ‘Minorias Sexuais’

Unipar 
Publicada em: 08/05/2012
   
A professora doutora Tereza Rodrigues Vieira da Universidade Paranaense - Unipar e integrantes do projeto ‘Diversidade Sexual e a tutela jurídica dos cidadãos LGBTs’, Heverton Garcia Oliveira, Rogério Amador Melo e Alan de Lazari, participaram do 1º Congresso sobre Diversidade Sexual, organizado pelo Instituto de Direito e Bioética, em Maringá (de 11 a 13/04).

Na oportunidade, a professora, que leciona na graduação de Direito e no mestrado em Direito Processual e Cidadania da Unipar, e o trio lançaram o livro ‘Minorias Sexuais’. Abordando temáticas relacionadas à diversidade sexual, gênero e sexualidade, a obra conta com a colaboração de outros pesquisadores, estudiosos e profissionais de renome nacional e internacional.

“O prefácio foi escrito pela ex-prefeita de São Paulo e hoje senadora, Marta Suplicy; mais de mil pessoas assistiram ao lançamento”, conta Tereza Vieira. ”É uma honra lançar um livro e participar de um grande evento como esse”, exalta.

Durante o Congresso, a professora foi lembrada como uma das mais destacadas figuras paranaenses no cenário jurídico atual, sendo agraciada com placa que destaca ‘O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre’. A homenagem foi prestada pelo Instituto de Bioética e Direito de Maringá, presidido por Valéria Galdino Cardin, e pelo Centro Acadêmico de Direito Horácio Raccanelo Filho, representado pelo acadêmico Samuel Hübler.

“Tudo o que fazemos é pensando nos outros. Nossa função é construir e socializar conhecimento. Ser tida como exemplo a ser seguido é muito gratificante. Procuro sempre incentivar os alunos a acreditar que, com muita dedicação e seriedade, poderão um dia alcançar projeção”, diz a professora, autora de um vasto trabalho com expressivo reconhecimento, também, no exterior.

A obra coletiva é dedicada à jurista Maria Berenice Dias, ex-desembargadora e presidente da Comissão Nacional da Diversidade Sexual da OAB Federal. Um dos colaboradores do livro, o estudante de Psicologia Rogério Melo, participou no capítulo ‘A heteronormatividade das representações midiáticas: símbolos presentes na construção da subjetividade homoafetiva’, que aborda as questões das representações da mídia sobre a figura do homossexual. “É uma problematização crítica a respeito da visibilidade das minorias sexuais, onde se tem a heterossexualidade como hegemônica e natural”, explica.

“Participar desta obra foi uma conquista, uma oportunidade gratificante! Vejo também como uma resposta à minha dedicação, já que, desde que entrei na graduação, sempre estive ligado a projetos de pesquisa”, diz o estudante, que é membro de dois diretórios há cinco anos.

Disponível em <http://www.unipar.br/noticias/2012/05/08/umuarama-professora-e-estudantes-lancam-o-livro-minorias-sexuais/>. Acesso em 12 mai 2012.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Transexuais são os mais perseguidos, diz primeiro transhomem brasileiro

Lara Haje
15/5/2012

O primeiro transsexual masculino brasileiro (transhomem), João Nery, afirmou há pouco que os transexuais são o segmento mais perseguido da sociedade. Nery, que foi submetido à cirurgia que o transformou de mulher em homem, contou sua experiência no 9º Seminário Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), organizado pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias e Educação e Cultura.

Segundo Nery, ele nasceu com corpo de menina, mas sempre se sentiu menino. Era chamado de “Maria Homem”, entre outros apelidos pejorativos, e foi reduzindo o seu convívio social por conta dos insultos. Conforme ele, a inadequação entre sua identidade de gênero e seu corpo biológico cresceu na adolescência. “Eu era um ET”, disse. Aos 27 anos, ele se submeteu a uma cirurgia clandestina de mudança de sexo. A operação ocorreu em 1977, 20 anos antes de esse tipo de cirurgia ser legalizado no País. Desde 1998, o procedimento pode ser feito por meio do Sistema Único da Saúde (SUS).

Depois que mudou de sexo, Nery alterou o nome, mas perdeu toda a sua histórica pregressa, inclusive a comprovação de escolaridade. Psicóloga e professora quando mulher, agora ele é considerado analfabeto e tem dificuldades de sobrevivência. A história foi relatada por Nery no livro “Viagem Solitária – memórias de um transsexual 30 anos depois”.

Sexualidade na infância

De acordo com a pesquisadora do Instituto de Bióetica, Direitos Humanos e Gênero (Anis), Tatiana Lionço, não existem crianças gays, lésbicas ou transsexuais. Segundo ela, é o olhar adulto que classifica de “homossexual” ou “transsexual”, por exemplo, as práticas infantis de conhecer seus corpos e de brincar de se vestir com roupas femininas ou masculinas. Tatiana explica que o adulto é que faz com que um menino se sinta inadequado, por exemplo, ao brincar de boneca. “As crianças têm sua criatividade tolhida, em suas brincadeiras e seu modo de ser, pelo medo irracional dos adultos”, disse. “É assim que se ensina a homofobia”, complementou. “Deixem as crianças brincarem em paz”, apelou.

Para a pesquisadora, a sexualidade na infância – atividade por meio da qual crianças exploraram seus corpos na busca pelo prazer e por meio da qual descobrem sua identidade – deve ser reconhecida, mas isso não pode ser desculpa para abusos por parte de adultos. “Discutir a sexualidade na infância não significa ser conivente com a pedofilia”, explicou. Tatiana ressaltou que a escola tem a obrigação por lei, desde 1997, de promover a discussão da sexualidade em sala de aula. “A escola e as famílias têm que ensinar as crianças a amar, a respeitar e a valorizar a diversidade”, afirmou.

Disponível em <http://correiodobrasil.com.br/transexuais-sao-os-mais-perseguidos-diz-primeiro-transhomem-brasileiro/452545/>. Acesso em 23 mai 2012.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Primeira condenação na Rússia por propaganda homossexual

AFP
04/05/2012

Um líder da GayRussia foi condenado nesta sexta-feira por propaganda homossexual por um tribunal de São Petersburgo, convertendo-se assim na primeira pessoa condenada com base numa nova lei da segunda cidade da Rússia, considerada homófoba pelos defensores da liberdade.

Nikolai Alexev informou à AFP ter sido condenado a uma multa de 5.000 rublos (128 euros) por ter infringido este texto que castiga os autores de qualquer "ato público que promova a homossexualidade ante os menores ou a pedofilia".

Foi detido pela polícia no início de abril por ter se manifestado ante a Casa de Cultura para os jovens de São Petersburgo, agitando junto a outros militantes cartazes com dizeres como "os homossexuais também nasceram na Terra - Não se pode mentir para as crianças", para protestar contra a nova lei que entrou em vigor em março.

"Isso mostra o absurdo desta lei que associa homossexualidade e pedofilia", denunciou Alexev, que vai recorrer à Corte Europeia dos Direitos Humanos.

A homossexualidade foi considerada crime na Rússia até 1993 e doença mental até 1999.

As tentativas de organizar o Dia do Orgulho Gay desde 2006 foram proibidas pelas autoridades e dispersadas pela polícia.


Disponível em <http://exame.abril.com.br/economia/politica/noticias/primeira-condenacao-na-russia-por-propaganda-homossexual-3>. Acesso em 12 mai 2012.

sábado, 12 de maio de 2012

Como descobrir se ele ou ela é homossexual?

Thaís Cordon  
15 de abril de 2012 - 06h30

O namoro não anda lá essas coisas e o parceiro (a) parece não demonstrar mais o mesmo interesse no sexo... Isso pode ser um sinal de que ele (a) esteja em dúvida sobre a própria opção sexual – seja por uma aventura bissexual ou até mesmo de repetir uma experiência homossexual do passado.

Mas será que existe alguma forma de perceber se ele ou ela é gay? De acordo com a psicóloga e especialista em sexualidade humana Carla Cecarello, os sinais nem sempre são claros. "Às vezes são meses de relacionamento para que se perceba ou para que a pessoa conte que ela é homossexual", explica.

Carla afirma que o beijo de um homossexual que se relaciona com um heterossexual não tem o mesmo calor e a mesma “ardência”'. A especialista diz que os beijos costumam ser "chochos" apenas para constar que ainda “gosta da pessoa”, que faz parte do "padrão da sociedade".

A psicóloga ainda conta que o casal – um heterossexual e outro que está “indeciso” ou é homossexual – passa muito mais a se comportar como bons amigos ou irmãos. "Normalmente, eles se dão muito bem fora da cama, são ótimos companheiros, porém, sem aquela história de pegar na mão, andar abraçadinhos, entre outros quesitos de um casal apaixonado e com a mesma química." Carla ainda ressalta que nessa situação, geralmente, o sexo é ruim e precário, por isso a relação fora da cama acaba sendo mais aprimorada.

Você desconfia...

Para uma pessoa heterossexual, existe uma demora grande em acreditar que o parceiro seja gay. "Ela fica pensando na probabilidade de uma pessoa homossexual estar dividindo a cama com ela e como explicar para a família e amigos”, afirma a psicóloga. Além disso, segundo Carla, o “hétero” pensa em como enfrentar a decepção de não ter percebido antes e ter feito a escolha errada. Por conta disso, muitos casais demoram anos para se separar definitivamente.

Será que ele é?

Carla conta que o homossexual dificilmente está disponível para o sexo. A especialista diz ainda que há sempre uma desculpa, um desinteresse excessivo e constante.

Ainda de acordo com Carla, no caso dos homens, eles acabam com dificuldade até de ficar excitado. "As ereções geralmente ocorrem nesse caso quando eles acabam fantasiando sexualmente durante a transa com outro homem", revela.

Além disso, a especialista afirma que propostas para práticas diferentes no sexo não existem.

Dicas dos gays

Segundo a relações públicas Daniela Sanches (nome fictício), de 31 anos, a tática infalível para descobrir se uma mulher é gay é jogar o charme. Se ela entra no clima, pronto. "Se você jogar um olhar fulminante, um bom papo e a pessoa retribuir, começou o jogo", conta.

De acordo com Daniela, uma 'hétero', por mais educada que seja, irá arranjar uma forma de cortar “o clima” ali mesmo. "Se ela for curiosa ou lésbica 'enrustida', certamente vai prolongar o papo. Ela vai te dar a entrada, vai se sentir lisonjeada (mesmo que não haja química com você).”

Daniela ainda conta que no meio gay um reconhece o outro. "Quase sempre o ‘radar’ funciona. Eu bato o olho e sei o que a pessoa é. Também pelo modo de olhar, se expressar e algumas vezes pelo estilo. Você percebe na reação dela. Se ela sorrir então, bingo!".

Questionada se a pessoa já nasce gay, Daniela afirma que apenas com o passar do tempo foi formando sua identidade, vivendo experiências e constituindo a personalidade.

"Alguns se 'descobrem' cedo porque se permitem viver experiências, se conhecer melhor e tem uma estrutura familiar adequada”, conta Daniela. “Outros demoram muito mais porque estão mais fechados e não se conhecem o suficiente. Tem medo de enfrentar os olhares de reprovação, por isso o apoio da família nestas horas é importante e determinante", finaliza.

A fotógrafa Thamy Teixeira (nome fictício), de 22 anos, diz que as chances das mulheres sentirem vontade de ficarem umas com as outras é enorme, pois, segundo ela, o público feminino é parecido e as mulheres estão geralmente envolvidas emocionalmente. "Esses fatores aumentam a oportunidade de termos intimidade, traição e sentimentos românticos."

Thamy diz que todos nascem bissexuais. "A sociedade direciona uma opção sexual para o lado heterossexual e retrai a pessoa quase a vida dela inteira, alienando ser heterossexual, pois homossexualidade não esta escrito da bíblia de uma maneira positiva. Muitas pessoas não aguentam essa pressão."

Truques para descobrir se ela é homossexual*:

1 – Mulher que se diz cabeça aberta e que não tem preconceito algum

2 – Mulher que usa com frequência anel no dedão

3 – Mulher que gosta de andar frequentemente com as mãos do bolso, principalmente usando calça jeans

4 – Pergunte para uma mulher que se diz hétero se ela não teria problema em beijar algumas mulheres famosas. Se ela responder, é porque tem desejos

5 – Mulheres que sempre falam ter nojo de outras mulheres abertamente –elas podem ter um desejo oculto dentro

Truques para descobrir se ele é homossexual*:

1 – Homem que tem amigo e frequenta balada GLS

2 – Homem que entende de signo

3 – Homem que tem mania de gostar muito do próprio corpo e dizer que é gostoso, sarado, entre outros elogios

4 – Quando o homem é muito homofóbico, também é um sinal

5 – Se usa cueca Calvin Klein é um indício. Gays adoram marcas

6 – Gosto musical um pouco diferente

7 – O modo que ele trata homens e mulheres na frente dos outros

8 – Homem que mexe muito no cabelo


* informações sugeridas por mulheres homossexuais



Disponível em <http://www.band.com.br/viva-bem/comportamento/noticia/?id=100000497228>. Acesso em 05 mai 2012.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Consumo entre gays: compreendendo a construção da identidade homossexual através do consumo

Bill Pereira
Cadernos Ebape.BR, v. 4, n.º 2, jun, 2006

Resumo: Este estudo tem o objetivo de observar a subcultura gay e explorar as mudanças que ocorrem nos hábitos de consumo dos gays durante o rito de passagem da "saída do armário". Essa análise é crucial para se compreender a construção identidade homossexual. Entrevistas em profundidade foram realizadas com 10 gays residentes no Rio de Janeiro entre outubro de 2004 e janeiro de 2005. Os resultados sugerem que: os gays interagem com produtos e marcas durante a construção da identidade homossexual; e os sujeitos utilizam os produtos numa estratégia de negação, camuflagem e reforço dessa identidade.