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quinta-feira, 20 de junho de 2013

A teoria queer e os intersex: experiências invisíveis de corpos des-feitos

Nádia Perez Pino
Cadernos Pagu (28), janeiro-junho de 2007:149-174.

A teoria queer emergiu como uma corrente teórica que colocou em xeque as formas correntes de compreensão das identidades sociais no mesmo período em que a problemática dos intersex se tornou socialmente visível. Apesar disso, a reflexão queer sobre os intersex é muito recente. Os intersex impõem reflexões sobre experiências invisíveis, paradoxos identitários e os limites do que compreendemos como humano. Neste artigo, exploro as diferentes definições sobre quem são os intersex, como a teoria queer lida com eles e, concluo com uma reflexão sobre a experiência corporal dos sujeitos marcados como intersex.

domingo, 16 de junho de 2013

EUA: Militar condecorado assume mudança de sexo

Notícias ao Minuto
05 de Junho de 2013

Warrior princess: a Us navy seal's journey to coming out transgender’ (‘Princesa guerreira: A viagem de um navy seal para mudar de sexo’) é o livro, publicado no sábado, que conta a história de Chris Beck, agora Kristin Beck, um condecorado militar norte-americano que serviu o seu país durante 20 anos, antes de iniciar o seu processo de mudança de sexo.

Retirado da vida no activo militar desde 2011, Kristin, que actualmente é consultor, decidiu tornar público o seu segredo através de uma fotografia com o seu novo ‘eu’, que publicou numa rede social. 

Por baixo da imagem podia ler-se: “Estou agora a tirar todos os meus disfarces e a deixar que o mundo conheça a minha verdadeira identidade como mulher”, cita o USA Today.

As mensagens que chegam dos ex-camaradas dos seals, que inicialmente pensaram tratar-se de uma brincadeira, têm sido na maioria de apoio, conta Beck.

"Nos Estados Unidos, a taxa de suicídio de transexuais é de 50%, enquanto há países onde ronda os 2%. Esta é a principal razão deste livro", escreve Beck no prefácio do seu livro.


Disponível em http://www.noticiasaominuto.com/mundo/79673/militar-condecorado-assume-mudan%C3%A7a-de-sexo#.UbYLxPllk71. Acesso em 10 jun 2013.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Transexualidade: uma verdade incontestável

Breno Rosostolato
01/04/2012

O transexualismo é uma realidade para muitas pessoas que buscam sua felicidade na mudança definitiva de sexo e identidade. É a contradição de uma imagem fictícia e uma verdade incontestável. Pessoas que apresentam um comprometimento emocional e insatisfação sexual por conta da incompatibilidade quanto “àquilo” que são de fato e o que o corpo apresenta. O que me chama a atenção é que a  transexualidade não é um fenômeno, porque não é extraordinário, mas uma constatação de que discutir sexualidade vai muito além do sexo. É compreender mais sobre a constituição de identidade do que, meramente, órgãos sexuais. O transexual prova que seu destino não é traçado na maternidade, me permita assim o poeta.

Conforme o CID-10 (classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados com a saúde), trata-se de um desejo de viver e ser aceito enquanto pessoa do sexo oposto. Este desejo é reprimido por conta de um sentimento de mal-estar ou de insatisfação em relação aos próprios genitais, envergonha-se evitando tocá-los. As frustrações no ato sexual são inevitáveis. De fato, os comprometimentos emocionais por conta desta confusão na identidade de gênero pode levar a um embotamento afetivo, a um isolamento social e a uma condição cada vez mais marginalizada. A identidade de gênero é a maneira como a pessoa se sente, se identifica e se apresenta para si e para os outros e independe do sexo biológico. O conflito do transexual é não se sentir completamente uma mulher porque o corpo masculino não corresponde à subjetividade feminina ou vice-versa.

Existem ainda algumas variações sexuais que num primeiro momento podem confundir-se com o transexualismo: o travestismo e o crossdresser. No travestismo, as pessoas se vestem como o sexo oposto e possui um ingrediente prazeroso em sentir-se como tal. O crossdresser é parecido com o travestismo, mas não implica, necessariamente, na orientação homossexual. Caso mais conhecido é o cartunista Laerte, exemplo de crossdresser.

A questão é que sentir-se masculino ou feminino difere de sentir-se homem ou mulher, até porque estas últimas classificações são estereotipadas e reforçam a dicotomia social. O que determina a existência de uma pessoa é identificar-se com seus desejos, encontrar-se com as próprias referências e assumi-las, ou seja, masculino ou feminino.

No caso dos transexuais admite-se a diferença sexual alicerçada pela identidade de gênero. Logo, ter um pênis ou uma vagina pode ser uma exigência pessoal. É então que a cirurgia de redesignação de sexo ou transgenitalização é o caminho mais provável e, na maioria dos casos, providencial. No Brasil, desde 1997 este procedimento é gratuito. Mas é bom salientar que cada caso é estudado com muito cuidado e adotando todos os critérios possíveis e necessários, principalmente no que diz respeito à psicoterapia e aos requisitos médicos.

Depois de confirmado o diagnóstico de transexualismo, uma vez que a pessoa pode apresentar outros transtornos de personalidade concomitantes, iniciam-se os procedimentos fundamentais para a cirurgia. Hormonioterapia ajuda o indivíduo, aos poucos, a renunciar às características sexuais contrárias de sua real identidade sexual. No caso do transexual homem para mulher, hormônios antiendrogênios que promovem um atenuamento na voz e na pele, aumento de gordura e crescimento de mamas, e eliminam pelos através da eletrólise, uma depilação definitiva. Quanto à cirurgia, são retirados os testículos e o pênis (penectomia). A vaginoplastia aproveita os tecidos internos e constitui uma neovagina. Ainda, o nariz é afinado e o pomo de adão retirado.

No transexual mulher para homem são administrados hormônios androgênios que promovem crescimento dos pelos, engrossamento da voz e ganho de massa muscular, e na cirurgia é feito o procedimento de mastectomia (retirada das mamas); histerectomia (retirada do útero) e oforectomia (retirada dos ovários). A faloplastia consiste em enxertos feitos para constituir um neofalo e, com ajuda de uma prótese, deixá-lo ereto.

O impacto é grande na vida das pessoas que se submetem a estes procedimentos e, ainda assim, mesmo depois de todo este sacrifício, deve-se superar uma etapa não menos dolorosa: o preconceito. O transexual ainda possui muita dificuldade em se relacionar com alguém que compreenda o conflito vivido e a nova existência. No entanto, a sociedade deve acolher estas pessoas que desmistificam os determinismos genéticos, quebram estereótipos e classificações sociais, e provam que a identidade sexual não é uma característica secundária. Para o transexual, entre ser ou não ser, felicidade rima com reconhecimento e aceitação. 

Disponível em <http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2012/04/01/transexualidade-uma-verdade-incontestavel/>. Acesso em 23 mai 2012.

sábado, 12 de maio de 2012

Como descobrir se ele ou ela é homossexual?

Thaís Cordon  
15 de abril de 2012 - 06h30

O namoro não anda lá essas coisas e o parceiro (a) parece não demonstrar mais o mesmo interesse no sexo... Isso pode ser um sinal de que ele (a) esteja em dúvida sobre a própria opção sexual – seja por uma aventura bissexual ou até mesmo de repetir uma experiência homossexual do passado.

Mas será que existe alguma forma de perceber se ele ou ela é gay? De acordo com a psicóloga e especialista em sexualidade humana Carla Cecarello, os sinais nem sempre são claros. "Às vezes são meses de relacionamento para que se perceba ou para que a pessoa conte que ela é homossexual", explica.

Carla afirma que o beijo de um homossexual que se relaciona com um heterossexual não tem o mesmo calor e a mesma “ardência”'. A especialista diz que os beijos costumam ser "chochos" apenas para constar que ainda “gosta da pessoa”, que faz parte do "padrão da sociedade".

A psicóloga ainda conta que o casal – um heterossexual e outro que está “indeciso” ou é homossexual – passa muito mais a se comportar como bons amigos ou irmãos. "Normalmente, eles se dão muito bem fora da cama, são ótimos companheiros, porém, sem aquela história de pegar na mão, andar abraçadinhos, entre outros quesitos de um casal apaixonado e com a mesma química." Carla ainda ressalta que nessa situação, geralmente, o sexo é ruim e precário, por isso a relação fora da cama acaba sendo mais aprimorada.

Você desconfia...

Para uma pessoa heterossexual, existe uma demora grande em acreditar que o parceiro seja gay. "Ela fica pensando na probabilidade de uma pessoa homossexual estar dividindo a cama com ela e como explicar para a família e amigos”, afirma a psicóloga. Além disso, segundo Carla, o “hétero” pensa em como enfrentar a decepção de não ter percebido antes e ter feito a escolha errada. Por conta disso, muitos casais demoram anos para se separar definitivamente.

Será que ele é?

Carla conta que o homossexual dificilmente está disponível para o sexo. A especialista diz ainda que há sempre uma desculpa, um desinteresse excessivo e constante.

Ainda de acordo com Carla, no caso dos homens, eles acabam com dificuldade até de ficar excitado. "As ereções geralmente ocorrem nesse caso quando eles acabam fantasiando sexualmente durante a transa com outro homem", revela.

Além disso, a especialista afirma que propostas para práticas diferentes no sexo não existem.

Dicas dos gays

Segundo a relações públicas Daniela Sanches (nome fictício), de 31 anos, a tática infalível para descobrir se uma mulher é gay é jogar o charme. Se ela entra no clima, pronto. "Se você jogar um olhar fulminante, um bom papo e a pessoa retribuir, começou o jogo", conta.

De acordo com Daniela, uma 'hétero', por mais educada que seja, irá arranjar uma forma de cortar “o clima” ali mesmo. "Se ela for curiosa ou lésbica 'enrustida', certamente vai prolongar o papo. Ela vai te dar a entrada, vai se sentir lisonjeada (mesmo que não haja química com você).”

Daniela ainda conta que no meio gay um reconhece o outro. "Quase sempre o ‘radar’ funciona. Eu bato o olho e sei o que a pessoa é. Também pelo modo de olhar, se expressar e algumas vezes pelo estilo. Você percebe na reação dela. Se ela sorrir então, bingo!".

Questionada se a pessoa já nasce gay, Daniela afirma que apenas com o passar do tempo foi formando sua identidade, vivendo experiências e constituindo a personalidade.

"Alguns se 'descobrem' cedo porque se permitem viver experiências, se conhecer melhor e tem uma estrutura familiar adequada”, conta Daniela. “Outros demoram muito mais porque estão mais fechados e não se conhecem o suficiente. Tem medo de enfrentar os olhares de reprovação, por isso o apoio da família nestas horas é importante e determinante", finaliza.

A fotógrafa Thamy Teixeira (nome fictício), de 22 anos, diz que as chances das mulheres sentirem vontade de ficarem umas com as outras é enorme, pois, segundo ela, o público feminino é parecido e as mulheres estão geralmente envolvidas emocionalmente. "Esses fatores aumentam a oportunidade de termos intimidade, traição e sentimentos românticos."

Thamy diz que todos nascem bissexuais. "A sociedade direciona uma opção sexual para o lado heterossexual e retrai a pessoa quase a vida dela inteira, alienando ser heterossexual, pois homossexualidade não esta escrito da bíblia de uma maneira positiva. Muitas pessoas não aguentam essa pressão."

Truques para descobrir se ela é homossexual*:

1 – Mulher que se diz cabeça aberta e que não tem preconceito algum

2 – Mulher que usa com frequência anel no dedão

3 – Mulher que gosta de andar frequentemente com as mãos do bolso, principalmente usando calça jeans

4 – Pergunte para uma mulher que se diz hétero se ela não teria problema em beijar algumas mulheres famosas. Se ela responder, é porque tem desejos

5 – Mulheres que sempre falam ter nojo de outras mulheres abertamente –elas podem ter um desejo oculto dentro

Truques para descobrir se ele é homossexual*:

1 – Homem que tem amigo e frequenta balada GLS

2 – Homem que entende de signo

3 – Homem que tem mania de gostar muito do próprio corpo e dizer que é gostoso, sarado, entre outros elogios

4 – Quando o homem é muito homofóbico, também é um sinal

5 – Se usa cueca Calvin Klein é um indício. Gays adoram marcas

6 – Gosto musical um pouco diferente

7 – O modo que ele trata homens e mulheres na frente dos outros

8 – Homem que mexe muito no cabelo


* informações sugeridas por mulheres homossexuais



Disponível em <http://www.band.com.br/viva-bem/comportamento/noticia/?id=100000497228>. Acesso em 05 mai 2012.

domingo, 8 de abril de 2012

Identidade e diversidade sexual no Estado do Rio de Janeiro: o caso das travestis e transexuais

Denise dos Santos Rodrigues; Cristiane da Silva Santana
Revista Espaço Acadêmico, Ano XI, n.º 131, abril de 2012

Resumo: A relação entre sexualidade e políticas socais tem produzido um debate público acerca das recentes transformações no campo das instituições, incluindo desde os serviços públicos até a família, discursos e práticas da sexualidade. O desafio de compreensão das reinvenções de normas e convenções sociais suscita a uma investigação sobre os modelos de sexualidade que escapam ao padrão da heterossexualidade e compõem o que chamamos de “sexualidades dissidentes” ou a “diversidade sexual” e sobre a influência de vários fatores sobre elas. Propomos, assim, discutir alguns elementos da temática, que vão da política aos direitos sexuais, bem como ao plano das experiências individuais e as relações dos indivíduos com suas famílias. Isso inclui, ainda, questões referentes à orientação sexual e a consolidação da identidade das travestis e transexuais que vivem no Estado do Rio de janeiro.



quarta-feira, 21 de março de 2012

“Sem dar escândalo” – a construção social das travestilidades na adolescência

Tiago Duque
33º Encontro Anual da Anpocs
GT 36: Sexualidade, corpo e gênero



Resumo: Atualmente as mudanças na esfera da sexualidade se associam as novas tecnologias corporais e a uma ampliação do debate para além das heterossexualidades. Entre as travestis, as possibilidades de construção do feminino têm trazido novas implicações identitárias e tornado os corpos mais plásticos à construção e desconstrução do que se deseja para si. Essas novidades não se dão de forma desconectada de padrões e práticas já legitimadas por este grupo, o que contribui para a problematização do que é ser travesti nos dias atuais. Assim, este artigo foca na construção e desconstrução dos corpos, das identidades e suas relações com as experiências subjetivas das travestilidades na adolescência na cidade de Campinas (SP).


segunda-feira, 12 de março de 2012

Consumo entre gays: compreendendo a construção da identidade homossexual através do consumo

Bill Pereira
Cadernos Ebape.BR, v. 4, n.º 2, jun, 2006

Resumo: Este estudo tem o objetivo de observar a subcultura gay e explorar as mudanças que ocorrem nos hábitos de consumo dos gays durante o rito de passagem da "saída do armário". Essa análise é crucial para se compreender a construção identidade homossexual. Entrevistas em profundidade foram realizadas com 10 gays residentes no Rio de Janeiro entre outubro de 2004 e janeiro de 2005. Os resultados sugerem que: os gays interagem com produtos e marcas durante a construção da identidade homossexual; e os sujeitos utilizam os produtos numa estratégia de negação, camuflagem e reforço dessa identidade.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Paquistão começa a emitir carteiras de identidade para transexuais

EFE
26/01/2012 - 09h44

O governo paquistanês começou a emitir carteiras de identidade para a discriminada comunidade transexual, conhecida como o "terceiro sexo" no sul da Ásia, informou nesta quinta-feira uma fonte oficial.

O registro civil do Paquistão (Nadra, na sigla em inglês) "já iniciou o processo" na cidade de Lahore e vai ampliá-lo a todo o país, revelou um funcionário do órgão.

O Nadra está recebendo solicitações dos transexuais desde que a Corte Suprema ordenou no ano passado a criação de um item nas carteiras de identidade destinado ao "terceiro sexo". Os interessados podem modificar o atual documento ou solicitar um novo, sem ser necessários exames médicos ou explicação.

A medida promovida pelo Supremo permitirá que os transexuais votem nas próximas eleições gerais previstas para 2013.

Em entrevista em abril após a decisão judicial, a presidente da Associação pelos Direitos dos Transexuais do Paquistão, conhecida como Miss Bobby, elogiou o chefe do Supremo, Iftikhar Chaudhry.

O "terceiro sexo" reúne pessoas que seguem comportamentos de outro sexo sem terem feito cirurgia, quem decidiu operar e pessoas que têm desordens genéticas e nascem com órgãos genitais mistos.

Apesar do gesto do Supremo, os transexuais continuam carregando um estigma social e muitos deles se veem obrigados a pedir esmolas nas estradas, ameaçando os motoristas com "mau olhado", um poder atribuído a eles pelas sociedades do sul da Ásia.

Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1039695-paquistao-comeca-a-emitir-carteiras-de-identidade-para-transexuais.shtml>. Acesso em 06 fev 2012.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Travestis e Transexuais na Política: ou como “doidas e putas” se tornam “respeitáveis militantes”

Mario Felipe de Lima Carvalho
Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
IX Reunião de Antropologia do Mercosul - 10 a 13 de julho de 2011 – Curitiba, PR


Resumo: Este trabalho é resultado das investigações realizadas para minha dissertação de mestrado no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS-UERJ). O objetivo dessa pesquisa foi investigar os discursos relativos à diferenciação entre as identidades coletivas de travestis e transexuais no âmbito do movimento LGBT brasileiro e sua repercussão nas demandas e proposições de políticas públicas, assim como na própria organização do movimento.




domingo, 5 de fevereiro de 2012

Que mulher é essa? Uma encruzilhada identitária entre travestis e transexuais

CARVALHO, Mario Felipe de Lima
Mestrando em Saúde Coletiva no Instituto de Medicina Social da UERJ


Resumo: Este trabalho não pretende discutir a travestilidade e a transexualidade como conceitos a serem criteriosamente definidos, diferenciados ou aproximados; mas, a partir de relatos de pessoas que se colocam como travestis e transexuais, buscar uma compreensão das condições sociais que possibilitam a construção de uma identidade ou categoria transexual como deslizamento ou resignificação da vivência travesti. É importante lembrar que hoje há um esforço dentro do movimento LGBT por uma definição fixa que diferencie travestis de transexuais, e que não é nosso objetivo resolver este debate que faz parte das disputas políticas dos movimentos sociais e das proposições de políticas públicas identitárias. Além disso, sustentamos nossa hipótese da identidade transexual como deslizamento da identidade travesti no surgimento histórico das duas categorias no movimento LGBT e no âmbito médico.


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O que a política trans do Equador tem a nos ensinar?

Leandro Colling
Fazendo Gênero 9 - Diásporas, Diversidades, Deslocamentos

23 a 26 de agosto de 2010


Resumo: Pesquisadores que, como eu, utilizam a teoria queer em seus trabalhos, defendem a existência da fluidez das identidades e apontam os problemas das perspectivas essencialistas das políticas identitárias já devem ter, em algum momento, sido criticados com frases do tipo: “Mas como fazer política assim? Como lutar por direitos se não temos um sujeito para representar?  Isso tudo é muito bonito no discurso, mas é impossível na prática”. Alguns dos críticos vão ainda mais longe e chegam a co-responsabilizar os pesquisadores queer pela manutenção da violência sofrida pelos integrantes da comunidade LGBTTTIQ.


sábado, 28 de janeiro de 2012

Masculino e feminino na família contemporânea

Teresa Creusa de Góes Monteiro Negreiros e Terezinha Féres-Carneiro
Estudos e Pesquisas em Psicologia, UERJ, RJ, ano 4 N. 1, 1º semestre 2004


Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir questões referentes aos papéis de gênero nas relações familiares contemporâneas, onde coexistem o “modelo antigo” e o “modelo novo” de família, ressaltando a tensão existente nos registros identificatórios da “nova” mulher e do “novo” homem. Lançando mão de contribuições teóricas da psicologia social e da psicanálise, utilizamos os conceitos de papel, identidade, ideais, identificação e expectativas para compreender as mudanças na família e a transformação do masculino e do feminino na contemporaneidade.


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Transexualismo: estudo sobre a representação de si no método de Rorschach

Frederico Guilherme Ocampo Abreu
Universidade Católica de Brasília
Pro-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Mestrado em Psicologia


Este trabalho teve por objetivo analisar a representação de si em transexuais masculinos por meio do método de Rorschach, caracterizar o perfil psicológico desses participantes e realizar considerações sobre o diagnóstico diferencial do transexualismo com a psicose. O transexualismo se caracteriza por uma identificação de um indivíduo com o sexo oposto, acompanhado por um desejo de pertencimento a esse outro sexo e por um significativo desconforto com seu sexo anatômico. De acordo com psicanalistas estudiosos do fenômeno, meninos que, geralmente deste muito cedo, apresentam sinais de distúrbios ligados à identidade de gênero demonstram uma ligação excessiva e, por vezes, simbiótica com a mãe, ao passo que o pai se apresenta como uma figura ausente, não representando um modelo masculino adequado.



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Corpos elétricos: do assujeitamento à estética da existência

Richard Miskolci
Estudos Feministas, Florianópolis, 14(3): 272, setembro-dezembro/2006


Resumo: A busca da adequação aos padrões de identidade socialmente impostos tem justificado e instituído as mais variadas formas de controle corporal. Há cerca de dois séculos vivemos um processo de contínuo disciplinamento e normalização dos corpos que também tem conseqüências subjetivas, pois a subjetividade está diretamente associada à materialidade do corpo. Assim, a história da criação de corpos e identidades sociais é também uma história dos modos de produção da subjetividade. O texto parte dessa constatação para discutir uma forma de resistência ao assujeitamento: a proposta foucaultiana de uma estética da existência.

texto completo

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dicas impressas 4: Facebook; Presentes; Angústia

ANCHIETA, Isabelle. Facebook, o novo espelho de Narciso As mulheres estão se tornando maioria nas redes interativas; a vaidade e a necessidade de afirmação da identidade podem explicar o interesse feminino por esse recurso tecnológico – afinal, do ponto de vista social e histórico, elas passaram de consumidoras de imagens que lhes eram impostas a “autoras” virtuais. Mente e Cérebro, Ano XVIII, n.º 219, pp. 38-41.

NOBLE, Florence. Oba! Para mim? A tensão que precede o recebimento de uma recompensa libera “hormônios da expectativa” no cérebro, responsáveis por sensações agradáveis. Mente e Cérebro Especial, n.º 29, pp. 80-82.

PALADINO, Erane. A angústia necessária Numa sociedade que cobra sucesso e alegria, o desconforto psíquico – importante para a elaboração de conflitos e para o amadurecimento emocional – é visto como algo a ser evitado a qualquer preço. Mente e Cérebro, ano XVIII, n.º 219, pp. 34-37.