terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Drag queens de 14 e 17 anos são agredidos e pedem paz

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18/12/2011 - 15:46:21

Para quem ainda não acredita que a homossexualidade é de cada individuo basta conhecer a história de dois adolescentes, um de 17 e outro de 14, que atualmente já trabalham como drag queen em Cuiabá e fizeram questão de ir à Parada do Orgulho Gay para protestar contra a homofobia. Eles sentiram na pele o que o radicalismo pode provocar . Foram vítimas de agressão por homens que simplesmente acham divertido bater em homossexuais.

A agressão aconteceu quando os dois estavam apenas conversando no bairro onde moram. Nem sequer estavam transformados. Um carro chegou com três homens que desceram e mandaram que os adolescentes ajoelharem, iniciando, covardemente, a agressão. O medo tomou conta da vida dos dois adolescentes, que atualmente evitam sair vestidos para os shows e acabam usando táxis para garantir mais segurança nas noites. 

Eles se apresentam em festas e eventos, mas deixam para se transformar nos locais e após o show tiram a maquiagem e a roupa. Essa é uma das medidas de segurança que eles adotaram para evitar a violência dos grupos mais radicais. 

Os dois jovens não convivem apenas com a agressão física, mas também que a violência psicológica feita até mesmo por “colegas” de escola. “É difícil o relacionamento na escola. O bulling acontece o tempo todo porque o preconceito é muito grande”, conta Rainara Mantinelli (nome de guerra), 17 anos. 

Bianca Vougue, 14 anos, conta que assumiu a homossexualidade aos 11 anos para a família. Claro, que no início foi difícil para os pais aceitarem, mas atualmente, eles já “se acostumaram” e respeitam a orientação sexual escolhida pelo adolescente. A descoberta foi um tanto constrangedora, pois os familiares flagraram o jovem transformado.

Com Rainara não foi muito diferente, mas a revelação foi feita aos 13 anos. Ela sempre falava aos pais: “sou gay”, mas ainda assim eles demoraram para admitir que era verdade. “Com o tempo a família aceita, mas não é fácil”. 

Só que o preconceito também ocorre na hora de encontrar um namorado. Como drag queens enfrentam preconceito dos próprios gays. Rainara conta o homossexual prefere se relacionar com os mais “discretos” e o fato de serem transformistas acaba pesando na hora de encontrar o “homem ideal”. 

Mesmo assim, elas não desistem e preferem continuar lutando pelos seus direitos. A participação na Parada Gay não foi apenas com o intuito de diversão, mas sim de tentar alerta a sociedade para um fato que não há mais como ser ignorado: a homossexualidade existe e é preciso haver respeito. 

Com o tema “Amai-vos uns aos outros”, a manifestação tenta mostrar para a população que o preconceito não é coisa de Deus e é preciso saber conviver em harmonia com as diversidades, sejam elas sexuais, de credos, sejam de raça. 

Disponível em <http://www.topnews.com.br/noticias_ver.php?id=8505>. Acesso em 18 dez 2011.

Um comentário:

  1. Isto pra mim e fim sabe pq vai um homossexual bater em alguém na hora será preso e se duvidar muito ate jugado e condenado a passar anos na cadeia !!!!
    agora vem um bando de troco-ditas se achando homens que na real pra mim não são(gays com vontade de ser ou estar no lugar da gay que assumida)ai vem pra bater espancar fazer algo do gênero eu queria mandar um recados pra eles que se dizem homofóbicos gente sai do armário e venha ver o mundo e gay!!!!!!!!

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