sábado, 31 de março de 2012

Transexualismo: da clínica ao diagnóstico

Rui M. Xavier Vieira
RFML 2003; Série III; 8 (3): 123-129


Resumo: As perturbações de identidade de género são um grupo heterogéneo de entidades clínicas cuja característica essencial é a existência de uma incongruência entre o sexo biológico que se possui e o sexo com que a pessoa psicologicamente se identifica (disforia de género), até às formas extremas de perturbação de identidade de género ou transexualismo que envolvem tentativas persistentes e intensas de se submeter a tratamento hormonal e a cirurgia de reatribuição de sexo e passar a um cidadão do sexo oposto. No presente trabalho propomos fornecer uma informação susceptível de facilitar uma abordagem actual das disforias de género e do transexualismo, numa perspectiva que possa ser útil ao clínico não especializado.


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Um comentário:

  1. Não considero a transexualidade uma patologia e muito menos, uma "extrema pertubação de identidade de gênero". O termo empregado transexualismo já implica em uma visão doentia da identidade. Em segundo lugar,nem todos os trans querem se operar, contentam-se com a hormonoterapia. Em terceiro lugar, não existe um diagnóstico pronto e abalizável para determinar se um sujeito é trans ou não.
    As sexualidade são múltiplas assim como, as identidades. Tentar categorizá-las dentro de uma visão binarista, onde só há homem e mulher, é cair na armadilha do heterossexismo.Há todo um discurso político que tenta transformar os corpos em biopoder, fabricados por tecnologias precisas.Como tran shomem, psicólogo, sexólogo, professor e autor de Viagem Solitária, sugiro que você leia também o livro "A reinvenção do corpo" de Berenice Bento, para se inteirar melhor do que é a transexualidade.

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