quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A antropologia redescobre a sexualidade: um comentário teórico

Carole S. Vance
Physis – Revista de Saúde Coletiva
Volume 5, numero 1, 1995


Resumo: O ensaio de Alexander Goldenweiser, “Sexo e Sociedade Primitiva”, sugere que a sexualidade tem sido um foco importante para a investigação antropológica. Na verdade, essa é a reputação que os antropólogos conferiram a si mesmos: investigadores destemidos dos costumes e práticas sexuais em todo o mundo, rompendo tabus intelectuais erotofóbicos comuns em outras disciplinas mais tímidas. Na realidade, a relação da antropologia com o estudo da sexualidade é mais complexa e contraditória.


Antropologia, sexualidade, teoria, transcultural, construtivista, ambiguidades


Um comentário:

  1. Por Nikole Scarlet McCoy
    Li todo o conteúdo do texto acima e reconheço como verdade. A princípio coloco a culpa nas religiões abraônicas, por considerarem a mulher objeto do homem, um ser inferior e criado tão somente para servi-lo, dando-lhe filhos e cuidando da casa. Há de se realçar que a homofobia nasceu com Moisés, seu criador e mantenedor e foi disseminada como um terrível virus no mundo ocidental através da religião católica (filha dileta do judaísmo, porém sua arqui inimiga).
    Todavia a estrutura social que foi criada partindo de princípios religiosos ultrapassados e sem fundamento lógico seguiu um caminho independente. O sistema vive da diferença de gêneros, não importando se o gênero feminino esteja em desvantagem e numa posição inferior ao gênero masculino, o sistema precisa de macho e fêmea para a sua própria manutenção, afinal de onde vem os filhos, futuros cidadãso que perpetuam o sistema? Da mesma forma que Moisés amaldiçoou os homoafetivos por representarem prejuízo ao seu exército (casais homoafetivos não geravam filhos/soldados) o sistema atual amaldiçoa (ignorando) homoafetivos porque casais gays não geram filhos/cidadãos para o estado. Quanto a mulher (gênero feminino) não interessa para o sistema mulher emancipada, consciente de seus direitos, o que interessa para o sistema é tão somente mulher geradora de filhos/cidadãos que não dê trabalho ao estado com suas revidicações de igualdade de direitos.
    Só vejo uma maneira de lutar contra isso: URNAS! Voto nulo, uma maneira eficaz e pacífica de mostrar poder ao estado. Imaginem 50% de votos nulos nas próximas eleições... Eles (os carrapatos do sistema) teriam que nos dar ouvidos.

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