domingo, 7 de outubro de 2012

Menino de nove anos insiste que é uma menina desde os dois e pais agora aceitam sua decisão

Crescer

Quando tinha 2 anos de idade, Danann Tyler, hoje com 9, disse aos pais que era uma menina. Na época, seus pais - a instrutora de ioga Sarah e Bill, um policial americano - acreditavam ser apenas uma espécie de brincadeira. Mas o garoto não desistiu da ideia, ele queria usar roupas femininas e deixar o cabelo crescer. 

“Ele gritava quando eu ia tentar vesti-lo com roupas de meninos. E quando eu ia buscá-lo no berçário, percebia que ele estava brincando de cozinha, não de caminhões ou com brinquedos de ação. Eu achava que era uma fase”, disse Sarah, de acordo com o jornal britânico Daily Mail.

O tempo passou, e Danann continuou afirmando que era uma menina. Mas o ápice do problema foi aos 4 anos. “Eu o encontrei tentando cortar o próprio pênis com uma tesoura”, disse Sarah. “Ele parecia estranhamente calmo e dizia: ‘Vou me livrar disso’”, completa a mãe do menino. 

Sempre que possível, Sarah fazia a vontade do filho, permitia que ele usasse acessórios, por exemplo. Mas o marido dela não se sentia à vontade com isso, o que gerou um conflito familiar. “Ele queria que Danann se comportasse de outra forma, eu só queria que ele fosse feliz”, contou Sarah, que achava que o filho era gay. 

Na escola, o comportamento do menino não era diferente, ele tentava usar o banheiro das meninas. No começo, isso gerou estranheza e as outras crianças hostilizavam Danann, que chegava com arranhões e machucados em casa por causa dos conflitos com os coleguinhas. Com o tempo, eles passaram a aceitar. 

Os pais do menino só procuraram ajuda após um triste episódio. Quando Sarah não permitiu que ele usasse um vestido para ir a uma festa, Danann saltou do carro e correu para o meio da rua, dizendo que queria morrer. Uma psiquiatra foi procurada pela família e após um mês de testes e tratamento, o menino foi diagnosticado com transtorno de identidade de gênero. 

Os médicos disseram que apesar de sua pouca idade, ele precisava viver como uma menina. Então, seus pais aceitaram e finalmente permitiram que ele deixasse o cabelo crescer e passasse a usar roupas femininas em tempo integral. Para a alegria de Danann.

Disponível em <http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/1,,EMI320406-17729,00.html>. Acesso em 03 out 2012.

Um comentário:

  1. Por Nikole Scarlet McCoy
    Se isso tivesse acontecido no Brasil o(a) garoto(a) seria levado(a) pelos pais ignorantes e desavisados a uma dessas igrejas/hospícios para exorcizarem o "satanás" que estava encostado nele(a), como não surtiria efeito fariam uma lavagem cerebral na criança "provando" a ela que pela bíblia um menino que quer (na verdade se sente) uma menina vai pro inferno quando morrer, daí a criança cresceria com medo de ser ela mesma, seria mais um adulto neurótico e infeliz vivendo a vidinha miserável que a religião impõe aos ignorantes. Felizmente para essa criança ela nasceu num país desenvolvido e numa família de pais esclarecidos e por isso será uma mulher realizada, feliz e de bem com a vida, sem culpas, sem pecados e sem a ameaça do "inferno".
    Tudo isso porque os índios na época de Cabral se venderam aos portugueses por espelhinhos e miçanguinhas e acreditaram na lorota dos jesuítas.

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