Consultor Jurídico
22 de julho de 2014
Pais que permitirem a mutilação genital em suas filhas serão
processados, afirmou o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, durante conferência promovida pelo governo britânico e pela
Unicef em Londres para debater a prática, que, na maioria dos casos envolve a
remoção do clitóris, e o casamento infantil. As informações são do jornal
Guardian.
O anúncio acontece um dia após um levantamento revelar que
mais de 137 mil mulheres no Reino Unido e no País de Gales já foram submetidas
ao procedimento. Segundo dados da City University e do grupo de defesa dos
direitos humanos Equality Now, o número de vítimas cresceu consideravelmente
nos últimos dez anos, com o aumento da chegada de pessoas vindas de países em
guerra.
Segundo o estudo, o grupo mais afetado é formado por
imigrantes com idades entre 15 e 49 anos (103 mil). O número de vítimas vindas
do Chifre da África — região onde é comum a prática da forma mais extrema de
mutilação — aumentou em 32 mil, ainda de acordo com o levantamento.
A medida faz parte de um pacote que visa acabar com a
mutilação “definitivamente”. Cameron também lançará um programa de prevenção,
com orçamento de 1,4 milhão de libras. Além disso, médicos, professores e
assistentes sociais serão obrigados a denunciar a prática.
“Estamos tentando alcançar um objetivo simples e nobre, que
é banir a mutilação genital e o casamento infantil forçado”, afirmou o
primeiro-ministro. “O contexto é muito simples. É sobre igualdade. Sou pai de
três crianças, duas meninas e um garoto. O que eu quero é que minhas filhas
cresçam com todas as oportunidades que o meu menino tem”, acrescentou.
Disponível em
http://www.conjur.com.br/2014-jul-22/pais-permitem-mutilacao-genital-serao-processados-reino-unido.
Acesso em 07 out 2014.
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