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sábado, 6 de julho de 2013

Após nascer com sexo trocado, casal transgênero se apaixona em terapia

Virgula
19 de Junho de 2013 

Aparentemente eles são um casal comum se não fosse por um detalhe: ambos são transgêneros, ou seja, o rapaz nasceu menina e a moça nasceu menino. Katie Hill, de 19 anos, nasceu, e viveu suas 15 primeiras primaveras como Luke; já Arin Andrews, de 17 anos, veio ao mundo como Esmerald e chegou a ganhar concursos de beleza e se destacar no balé durante sua infância. Na adolescência, já como transgêneros, os dois se apaixonaram e iniciaram um relacionamento.

Ambos lutavam com sua sexualidade quando crianças e iniciaram terapia hormonal ainda muito jovens, mais tarde, quando frequentavam um grupo de apoio aos trans, em Tulsa, Oklahoma, EUA, se conheceram e se apaixonaram.

“Tudo o que vi foi um cara bonito. Nós somos perfeitos um para o outro, porque ambos tivemos os mesmos problemas na infância. Ambos vestimos o mesmo manequim e ainda podemos trocar nossas roupas velhas, que nossas mães insistiam em comprar e odiávamos”, contou Katie em entrevista ao “Daily Mail”.

Segundo ela, os dois são tão convincentes em suas novas identidades, que ninguém sequer percebe que são transgêneros. “Secretamente nos sentimos tão bem com isso, pois é a maneira como sempre quisemos ser vistos”, explica.

O casal, em sua luta diária por ter as formas que sua personalidade pede, passa ainda passa por tratamentos com hormônios: Arin ingerindo testosterona para ganhar formas mais masculinas e Katie tomando doses de estrogênio, que lhe renderam seios naturais, sem implante de silicone.

Conforme o jornal britânico, Katie é considerada uma mulher, legalmente, desde seus 15 anos, e acredita que nasceu naturalmente com altos níveis de estrogênio, já que desde o pré-primário tinha pequenos seios, mesmo tendo o corpo bem esguio. Ela, inclusive, ganhou uma cirurgia de mudança de sexo, quando fez 18 anos, depois de um doador anônimo ficar comovido com sua história.

“Desde os três anos eu sabia que, no fundo, eu queria ser uma menina. Tudo o que eu queria era brincar com bonecas. Eu odiava meu corpo de menino e nunca me senti bem nele. Mantive meus sentimentos em segredo total até crescer. Agora eu e Arin podemos compartilhar nossos problemas”, diz.

Arin se lembra de uma experiência semelhante, e diz que sabia que era um menino desde o seu primeiro dia de escola, aos cinco anos. “Os professores separaram as meninas e os meninos em filas para uma brincadeira. Eu não entendi porque me pediram para ficar com as meninas. Coisas femininas nunca me interessaram, mas eu estava preocupado com o que as pessoas pensariam se eu dissesse que queria ser um menino, então mantive isso em segredo”, confessa.

Ainda criança, a mãe de Arin, Denise, incentivou a criança a fazer balé, mas o amor secreto de Arin era pilotar motos, fazer triatlo e escalada. “Mamãe e papai argumentavam que motocross entrava em confronto com a minha agenda de dança”, lembra ele, que aos 11 anos conseguiu fazer sua mãe desistir de vê-lo como uma bailarina.

Denise Andrews hoje apoia o filho e o ajuda com as doses de testosterona, além de ter ajudado a pagar a cirurgia de remoção de mamas, depois de o garoto passar anos se apertando em faixas e cintas para esconder os seios e sofrendo bullying na escola.

“Eu parecia uma menina bonita, mas agia e andava como um menino. Todo mundo começou a me chamar de lésbica. Era muito humilhante. Eu não me sentia gay. Comecei a ter pensamentos suicidas e disse aos meus pais que me sentia confuso, mas eu nem sabia que existiam pessoas transexuais. Eles disseram ‘ok’ eu ser gay, mas me colocaram na terapia por causa da depressão”, lembra.

A história de Katie é bastante semelhante, ela também passou por momentos de depressão, pensando em acabar com a própria vida, e só descobriu o que era um transexual após uma busca na internet, tentando entender o que se passava com ela, deparou-se com a palavra na tela.

A aceitação da condição dos dois foi um processo lento para a família, mas hoje, até a avó de Katie, Judy, entende que a neta “nasceu no corpo errado”.

O casal afirma estar expondo sua história ao mundo para ajudar a aumentar a conscientização sobre as questões trans. “Mais precisa ser feito para que as pessoas saibam sobre as questões trans”, disse Katie. “Nós dois passamos anos no deserto. Me senti muito sozinha. Nossos pais não sabem como ajudar, porque nenhum de nós sabia que era trans. Ninguém deveria passar pelo que passamos”, completa.

“Minha vida mudou quando conheci Katie, percebi que não estava sozinho”, finaliza Arin, apaixonado.


Disponível em http://virgula.uol.com.br/inacreditavel/curiosidades/apos-nascer-com-sexo-trocados-casal-transgenero-se-apaixona-em-terapia. Acesso em 29 jun 2013.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Perigo para elas

Emily Anthes

Por muito tempo a dependência química tem sido considerada uma doença masculina. Aspectos culturais e sociais que propiciavam o acesso dos homens ao álcool e às drogas levaram a crer que eles são muito mais propensos a usar esses produtos. Em parte por esse motivo, há décadas as pesquisas sobre o assunto excluíam mulheres. Consequentemente, sabe-se hoje bem menos sobre a drogadição feminina, e, na prática, os programas e centros de tratamento raramente são voltados para as necessidades. Bem pouco foi considerada, por exemplo, a influência da variação hormonal no sucesso (ou fracasso) do processo de recuperação. No entanto, há sinais de que a predominância de estudos com voluntários homens tenda a diminuir, já que o uso de bebidas e substâncias ilícitas se tornou socialmente mais aceitável tanto por adolescentes quanto por mulheres adultas. Segundo estudo de 2008, desenvolvido pelo psiquiatra Richard A. Grucza, da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, é na população feminina que o uso de bebidas e drogas mais tem aumentado. 

Em uma inversão das tendências predominantes no passado, adolescentes estão agora experimentando maconha, álcool e cigarros em índices mais elevados que os garotos, de acordo com os recentes resultados de uma pesquisa realizada pelo National Survey on Drug Use and Health (NSDUH), nos Estados Unidos. O estudo mostra que o uso geral de drogas ilícitas entre as moças aumentou em torno de 6% em 2007 e 2008, enquanto o índice para os jovens do sexo masculino caiu cerca de 10%. 

Além disso, uma literatura cada vez mais consistente sobre a dependência do sexo feminino mostra que as mulheres apresentam características bastante específicas. De forma singular, elas podem ser particularmente vulneráveis ao uso de substâncias que criam dependência e aos seus efeitos, pois os hormônios sexuais femininos afetam diretamente os circuitos de recompensa do cérebro, influenciando a resposta a drogas. Felizmente, alguns estudos já apontam para novos tratamentos para a toxicomania, além de fornecer informações práticas para as pessoas empenhadas em abandonar o uso.

Embora os cientistas venham investigando, ainda que em pequena escala, o uso de drogas em mulheres desde a década de 70, os progressos foram relativamente lentos antes de 1994, quando os Institutos Nacionais de Saúde americanos determinaram que a maioria das pesquisas clínicas incluísse mulheres e grupos formados por minorias. Conforme o estudo sobre as diferenças entre os gêneros se acelerou, cientistas descobriram indícios de que mulheres podem realmente ser mais vulneráveis à dependência e ao abuso de substâncias que os homens. Os pesquisadores notaram que elas passam de forma mais rápida para o uso de substâncias pesadas e têm maior facilidade de sucumbir aos danos sociais e físicos. Até mesmo as fêmeas de ratos costumam buscar e autoadministrar drogas que provocam dependência de maneira mais obsessiva e mais rapidamente que os roedores machos.

Os hormônios da reprodução estão por trás dessa sensibilidade. A remoção de ovários das ratas, de modo a lhes diminuir a produção de estrogênio, reduziu a tendência de procurarem estimulantes, como a cocaína e a anfetamina. Por outro lado, o fornecimento de estrogênio para ratas cujos ovários foram retirados pode encurtar o caminho para a dependência. Em 2004, a neurocientista Jill B. Becker, da Universidade de Michigan em Ann Arbor, e seus colegas relataram que as fêmeas de camundongos sem ovário levaram seis dias para começar a se servir repetidamente de infusões de cocaína, enfiando o focinho em um buraco. Em contraste, as que receberam suplementação do hormônio sucumbiram à mesma compulsão após quatro dias apenas. 

Os pesquisadores acreditam que o estrogênio aumenta o risco de dependência por estimular as vias de recompensa do cérebro, enfatizando a sensação prazerosa produzida pela alteração dos estados de consciência. A administração de estrogênio às ratas que tiveram seus ovários removidos aumenta os níveis de dopamina, um neurotransmissor fundamental para a percepção de recompensas, como comida, sexo e drogas.

Entretanto, o estrogênio não age sozinho em mamíferos do sexo feminino. Seu parceiro hormonal, a progesterona, parece opor-se a sua capacidade de deflagrar tendências aditivas. Em 2006, a equipe de Becker relatou que a administração tanto de estrogênio quanto de progesterona para as ratas sem ovários não acelera o consumo obsessivo de cocaína nos roedores, sugerindo que esse hormônio pode ser um antídoto para a influência do estrogênio na busca do prazer. 

Um trabalho mais recente confirma que a resposta das mulheres a drogas varia no decorrer do ciclo menstrual, conforme os níveis hormonais relativos aumentam e diminuem naturalmente. Em um estudo clínico de 2007, a neurobióloga Suzette M. Evans, da Universidade Columbia e do Instituto Psiquiatrico do Estado de Nova York, coordenou uma equipe que descobriu que os estimulantes são muito mais prazerosos para as mulheres durante a fase folicular (período de aproximadamente duas semanas, a contar do início da menstruação até próxima a ovulação, quando o organismo “se prepara” para uma possível gravidez), em comparação com a chamada fase lútea (etapa seguinte do ciclo, após a ovulação, quando o estrogênio e a progesterona estão elevados). 

A percepção da mulher quanto a outros tipos de recompensas – como dinheiro, comida e sexo – e sua relação de desejo, indiferença ou aversão a eles também pode variar durante o ciclo menstrual. Em outro estudo realizado nos Institutos Nacionais de Saúde americanos, há três anos, pesquisadores examinaram o cérebro de mulheres por meio de ressonância magnética funcional (RMf) enquanto elas faziam apostas em máquinas caça-níqueis. Os cientistas descobriram que os circuitos de recompensa das mulheres ficavam mais ativos quando ganhavam prêmios durante a fase de predomínio de estrogênio que durante a fase que se segue, dominada pela progesterona. Ou seja: o fluxo e o refluxo dos hormônios femininos podem realmente ter amplos efeitos sobre a percepção de prazeres e incentivos, influenciando a motivação feminina para se envolver em situações que, em outros momentos, não as atrairia.

Mas o aumento artificial de níveis de progesterona na mulher é capaz de inibir a sensação obtida com as drogas. Durante um estudo, a equipe de Evans forneceu progesterona a 11 usuárias de cocaína quando os níveis naturais do hormônio em seu corpo estavam baixos. As pacientes tratadas relataram uma sensação de diminuição do “barato” em comparação com o que sentiram no mesmo ponto de seus ciclos, na ausência de progesterona adicional. Em contraste, a progesterona não influenciou a experiência subjetiva de usar cocaína nos dez dependentes do sexo masculino testados, embora os pesquisadores não estejam certos do motivo do resultado. Se a progesterona diminui o prazer das drogas, ela poderá auxiliar no tratamento da dependência em mulheres – algo que Evans vem testando atualmente em dependentes de cocaína do sexo feminino. 

Mas os cientistas sabem que o desafio é complexo. Se não fosse pela compulsão pela dose da substância química, bastaria prestar atenção ao calendário para ajudar as mulheres a ter sucesso na desistência do fumo, das bebidas ou das drogas. Em um estudo publicado em 2008, a médica Sharon S. Allen, especializada em medicina familiar pela Escola Médica da Universidade de Minnesota, e seus colegas pediram a um grupo de 202 mulheres fumantes que a metade tentasse parar com o cigarro durante a segunda fase de seu ciclo menstrual, quando os níveis de progesterona são altos, e que a outra metade fizesse a tentativa em fase anterior ao ciclo. Os resultados foram impressionantes: 34% das mulheres do primeiro grupo não voltadoram a fumar 30 dias depois, em comparação com 14% das que tentaram parar quando os níveis de progesterona estavam baixos. “Quando as mulheres fumam no início de seu ciclo, obtêm mais prazer com a nicotina, por isso pode ser mais difícil enfrentar o desafio de deixar o cigarro”, observa Allen. Nessa mescla de hormônios, substâncias químicas do cérebro e compulsão – além de questões emocionais e psíquicas que nem sempre têm como ser mensuradas –, começar ou parar na hora certa pode fazer grande diferença na história de vida de alguém.

CONSCIÊNCIA ALTERADA

O consumo de algumas drogas – conhecidas como psicodélicas ou alucinógenas, como o LSD, a cocaína e o crack – altera profundamente a percepção e a consciência dos estímulos internos e ambientais. Essas substâncias podem estar em plantas, produtos de origem animal ou compostos sintéticos. Sua ação sobre o sistema nervoso central causa três efeitos principais: delírio, ilusão e alucinação. O primeiro ocorre quando a pessoa percebe corretamente um estímulo (sonoro, visual e tátil), mas o interpreta erradamente, ou seja, tem uma percepção anormal dessa fonte. Exemplo: alguém sob o efeito de uma droga ouve a sirene de uma ambulância (percepção correta). Ou ainda: o usuário, ao ver duas pessoas conversando, julga que ambas o estão caluniando ou mesmo tramando a sua morte. Esses são exemplos de delírios persecutórios: o usuário percebe corretamente o estímulo, mas o interpreta de forma equivocada quando sob influência de um psicodisléptico. No caso da ilusão, a percepção de um dado estímulo fica incorreta, e a interpretação dele também é anormal. Em última análise, na ilusão o estímulo é percebido, mas a percepção é distorcida: no caso da sirene a pessoa diz ouvir, por exemplo, uma trombeta celeste. Já a alucinação é uma percepção sem estímulo algum (no exemplo, não há sirene tocando), mas o usuário tem certeza de que a ouve. As alucinações podem ser sonoras, visuais e gustativas, entre outras. Às vezes a pessoa tem a alteração, isto é, ouve o som ou vê algo inexistente, mas sabe que essas percepções não são reais. Nesses casos, o fenômeno pode ser chamado de alucinose, diferindo daqueles em que o usuário acredita que a percepção é real (alucinação) – isto é, que ela existe mesmo.

Disponível em http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/perigo_para_elas.html. Acesso em 08 dez 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

Mudança de sexo de estrela de Hollywood completa seis décadas

Chloe Hadjimatheou
3 de dezembro, 2012

A transformação, que acaba de completar 60 anos, foi resultado da primeira operação de mudança de sexo bem-sucedida realizada pela medicina moderna - e combinada, também de forma pioneira, com terapia hormonal.

Após voltar aos EUA, Christine Jorgensen tornou-se uma atriz de relativo sucesso em Hollywood, o que deu ainda mais repercussão a seu caso.

Nos anos 30, uma tentativa de fazer uma operação de mudança de sexo em Berlim havia terminado com a morte do paciente. As lições tiradas dessa experiência, porém, serviram como ponto de partida para a equipe dinamarquesa que operou Jorgensen.

História pessoal

"Ex-soldado vira beleza loira", anunciava a manchete de um jornal americano quando Jorgensen voltou da Dinamarca.

Jorgensen mal lembrava o tímido nova-iorquino que deixara o país meses antes. Havia se transformado em uma mulher esbelta de 27 anos, com lábios vermelhos e cílios longos e desceu do avião vestindo um casaco de pele.

Jorgensen crescera no Bronx, em Nova York, e desde que era adolescente sentia que era uma mulher "presa" no corpo errado.

"O jovem Jorgensen não se identificava com um homossexual, mas com uma mulher", diz o médico dinamarquês Teit Ritzau, que conheceu Jorgensen ao fazer um filme sobre a atriz nos anos 80.

No final do 1940, durante um curto período no Exército, Jorgensen leu um artigo sobre o médico dinamarquês Christian Hamburger, que estava fazendo experiências com terapia hormonal em animais.

Como os pais de Jorgensen eram dinamarqueses foi fácil justificar a viagem e, em 1950, o ex-soldado desembarcou em Copenhague sem contar a ninguém sobre suas reais intenções.

"Estava um pouco nervoso porque muita gente dizia que eu era louco. Mas o doutor Hamburger não parecia achar que havia nada estranho no que eu queria fazer", Jorgensen lembrou em uma entrevista.

Cirurgia

Hamburger foi o primeiro médico a diagnosticar Jorgensen como transexual e o encorajou a assumir sua identidade feminina e a se vestir como mulher.

Antes da cirurgia, o paciente tomou hormônios, que logo começaram a fazer efeito.

"O primeiro sinal de mudança foi um aumento no tamanho das glândulas mamárias. Depois, começou a crescer cabelo aonde o paciente tinha uma ligeira calvície", o médico notou.

Jorgensen também foi avaliado durante sua transformação pelo psicólogo Georg Sturup, que apresentou uma petição ao governo dinamarquês para uma mudança legal que permitiria a operação.

Depois de mais de um ano de terapia hormonal, Jorgensen foi submetido à primeira de uma série de cirurgias que o transformariam em Christine.

Exatamente o que foi feito nesta operação não está claro - e certamente desde então a técnica de reconstrução dos órgãos sexuais dos pacientes submetidos a cirurgias desse tipo evoluiu bastante.

"Mas a operação foi suficientemente bem-sucedida para deixar Jorgensen satisfeita", diz Teit Ritzau. "E aparentemente não houve complicações ou efeitos colaterais importantes em função do tratamento - o que é surpreendente para a época."

Vida pós-operação

Em seu retorno para os EUA, Christine Jorgensen foi recebida com fascínio, curiosidade e respeito pelos meios de comunicação e o público americano.

Sua família também parece ter apoiado sua decisão. "A natureza fez um erro que eu corrigi - agora sou sua filha", Jorgensen escreveu para os pais após a cirurgia.

Jorgensen foi acolhida por Hollywood e iniciou uma carreira como atriz. Foi convidada para inúmeras festas, assinou contratos para atuar no cinema e no teatro e foi coroada "mulher mais glamourosa do ano" pela Sociedade Escandinava de Nova York. Nos anos 60 e 70 também rodou o país fazendo shows nos quais cantava.

"Acho que todos queriam dar uma olhada (nos resultados da transformação)", disse, certa vez.

Ela teve menos sucesso na vida pessoal. Seu primeiro relacionamento sério foi rompido logo após o noivado.

No seguinte, Jorgensen foi impedida de se casar quando mostrou seu certificado de nascimento no cartório.

"A sua vida teve altos e baixos e ela teve um pequeno problema com álcool, mas no final era uma pessoa muito simples. Certa vez me disse que sua melhor companhia era ela mesma," diz Ritzau, comentando sobre a aparente solidão da atriz.

Jorgensen morreu de câncer aos 62 anos, em 1989.

Anos antes, voltou à Dinamarca para encontrar os médicos que permitiram sua transformação.

"Não começamos a revolução sexual, mas lhe demos um bom impulso", disse na ocasião.

Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121203_mudanca_sexo_ru.shtml. Acesso em 08 dez 2012.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Irmãos trocam de sexo e ganham concurso de beleza em Cingapura

G1
13/11/2012 11h58

Dois irmãos de Cingapura que participavam de concursos de beleza como travestis fizeram cirurgia de mudança de sexo e voltaram a ganhar concursos após virarem mulheres. Uma delas foi coroada Miss Exotica 2012 na última sexta-feira (9), segundo o site “Asia One”.

Angel Aurora Jalleh-Hosey, de 38 anos, superou outras 12 finalistas para ganhar o concurso para transgêneros realizado em Cingapura. Sua irmã, Jessie Jalleh-Hosey, de 37 anos, a acompanhava da plateia, vestida com um longo preto.

Jessie já tinha ganhado um concurso também, em 2004, quando foi eleita Miss Tiffany Singapore – na época, ela ainda era oficialmente um homem.

Angel começou a se vestir como mulher e a tomar hormônios aos 18 anos. Jessie seguiu o caminho cinco anos depois. Elas passaram oito anos participando de concursos de beleza para travestis, até que em 2005 realizaram a cirurgia de mudança de sexo.

As duas foram operadas no mesmo dia, na Tailândia. O pagamento das cirurgias – cada custou US$ 7.960 – foi feito pelo então namorado de Jessie. A mãe das duas – que tem um terceiro filho, de 26 anos – as acompanhou no dia da cirurgia, tendo aceitado a decisão das filhas anos antes.

“Foi difícil no início, mas tudo está bem agora”, contou Angel sobre sua mãe.

Disponível em <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/11/irmaos-trocam-de-sexo-e-ganham-concurso-de-beleza-em-cingapura.html>. Acesso em 15 nov 2012.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Fofocar faz bem?

Selma Corrêa

O hábito de falar mal da vida alheia é antigo: já na pré-história nossos ancestrais descobriram que era importante conhecer e repercutir os pontos fracos dos adversários – e eventualmente até de companheiros – para que se sentissem fortes e valorizados. Afinal, já naquela época informação era artigo valioso. Mas só nos últimos anos essa prática, tão típica do ser humano, passou a ser estudada cientificamente, e agora pesquisadores da Sociedade Britânica de Psicologia chegaram a uma descoberta que pode aplacar a culpa daqueles que se comprazem em disparar veneno contra alguém pelas costas: estudos sugerem que, pelo menos num primeiro momento, a fofoca pode trazer alguns benefícios para quem a faz.

“Essa prática eleva os níveis dos chamados hormônios fundamentais para deflagrar a sensação de bem-estar, como a serotonina, o que ajuda a diminuir o estresse e a ansiedade”, pelo menos imediatamente, diz o psicólogo Colin Gill, um dos coordenadores do estudo. No entanto, se a culpa ou outros eventuais desdobramentos desagradáveis associados ao comentário maldoso desencadeiam mal-estar, ainda não foi pesquisado. O mais curioso talvez seja que o fato de falar de alguém com malícia tem função social: ajuda a criar vínculos entre os fofoqueiros. “Quando criticamos comportamentos e características de alguém que não está presente depositamos grande interesse no que o interlocutor tem a dizer e vice-versa. Assim, criamos laços que, consequentemente, nos fazem sentir felizes e provoca a liberação desses hormônios”, observa Gill.

Um aspecto mais problemático da fofoca é que, em sua forma mais crua, é uma estratégia para promoção de interesses egoístas e da própria reputação à custa do desconforto alheio. Muitos, aliás, recorrem descaradamente aos boatos para se favorecer. Esse lado cruel da fofoca geralmente ofusca os modos mais benignos pelos quais ela funciona na sociedade. Afinal, passar informações a alguém é sinal de profunda confiança, uma vez que está implícita a ideia de que essa pessoa não usará esses dados de maneira que tragam consequências negativas ao seu informante, ou seja, segredos compartilhados constituem uma maneira eficiente de criar vínculos. Um indivíduo que não esteja incluído na rede de fofocas do escritório é obviamente um forasteiro em quem os colegas não confiam ou que não é aceito.

Não se pode deixar de lado o fato de que a fofoca ajuda os grupos a funcionar. Talvez possa ser produtivo pensar nela como uma aptidão social. Fofocar “bem” tem a ver com ser um bom membro de equipe, compartilhar algumas informações importantes com outros, de preferência não em proveito próprio, e, claro, saber quando manter a boca fechada. Afinal, revelar indiscriminadamente tudo que ouvimos a qualquer um disposto a nos escutar mais cedo ou mais tarde atrairá a inevitável reputação de indigno de confiança.

Disponível em <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/fofocar_faz_bem_.html>. Acesso em 20 out 2012.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Solitário, idoso se arrepende de ter feito cirurgia para mudança de sexo

R7
10/10/2012

Um inglês que passou por uma cirurgia de mudança de sexo há 23 anos e recorreu ao Serviço de Saúde Nacional para “reverter” a operação.

Gary Norton, ex-oficial da Força Aérea Real (RAF, em inglês), tem hoje 75 anos e diz que “agora percebe que por dentro é e sempre foi homem”.

— Eu quero uma relação física com uma mulher, mas não tenho mais equipamento. Tudo foi retirado na operação. É um baita erro para se cometer.

Segundo o tabloide britânico The Sun, Norton mudou seu nome para Gillian após ser abandonado pela mulher e pelos quatro filhos. Apesar de ter tentado se relacionar com homens, Norton “nunca se imaginou com eles”.

Norton está parando de tomar as doses de hormônios femininos que impediam o crescimento de sua barba e está na lista de espera de uma cirurgia para retirar os seios, que cresceram graças aos medicamentos.

O inglês buscou ajuda de chefes do serviço de saúde de sua cidade para que as operações necessárias fossem financiadas por esses planos. O pedido de Norton, porém, foi recusado.

— Eu me sinto preso. Fiz o meu melhor para me entregar e ser uma mulher. Comprei vestidos bonitos e biquínis, passei muito tempo fazendo meu cabelo e maquiagem, sempre tive unhas feitas e adoráveis.

Norton diz que a operação “o deixou essencialmente como uma lésbica”, já que ele continuou se sentindo atraído por mulheres. 

Apesar de ter participado de desfiles e aulas de yoga para mulheres, Norton classifica sua vida como “um pesadelo”. O inglês contou que colocar o vestido de sua mulher escondido “era o mais longe que devia ter ido”.

— A mudança de sexo foi o maior erro da minha vida e estou solitário. Eu tenho encontros com mulheres, mas sempre que elas descobrem que eu tenho um corpo feminino, o relacionamento acaba.

Disponível em <http://noticias.r7.com/internacional/noticias/solitario-idoso-se-arrepende-de-ter-feito-cirurgia-para-mudanca-de-sexo-20121010.html>. Acesso em 13 out 2012.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Homens castrados têm vida mais longa, diz estudo

James Gallagher
25 de setembro, 2012

A pesquisa, publicada nesta semana na revista científica Current Biology, analisou dados de centenas de anos de eunucos na Coreia do Sul.

Os eunucos tinham funções especiais nas sociedades orientais da China e da Coreia, em especial na dinastia Joseon, que reinou o império coreano do século 14 ao 19. Eles guardavam os portões dos castelos, administravam a comida e eram os únicos homens fora da família real com acesso aos palácios à noite.

O pesquisador Cheol-Koo Lee, da Korea University, em Seul, analisou dados de 81 eunucos que viveram 1556 e 1861. A idade média de vida deles era de 70 anos, 19 a mais do que os não-castrados da mesma casta social. Um dos eunucos estudados chegou a viver 109 anos.

A média de anos de vida dos homens da família real coreana, no mesmo período, era de apenas 45 anos. Muitos nobres coreanos alcançavam, no máximo, entre 50 e 60 anos.

Testosterona

A castração feita antes da puberdade impede que meninos se transformem totalmente em homens, em termos biológicos.

"Os históricos mostram que os eunucos tinham aparência feminina. Eles não tinham bigodes, possuíam seios grandes, quadris largos e vozes finas", diz Cheol-Koo Lee.

Uma das hipóteses levantadas pelo estudo é que os hormônios masculinos, como a testosterona, podem ter efeitos nocivos ao corpo dos homens. Os pesquisadores acreditam que os hormônios masculinos debilitam o sistema imunológico e causam danos ao coração.

A castração seria uma forma de "proteger" o corpo masculino destes efeitos. Os pesquisadores não conseguiram levantar dados sobre as mulheres no mesmo período.

"Os dados trazem indícios convincentes de que o hormônio do sexo masculino reduz a longevidade dos homens", disse à BBC o professor Kyung-Jin Min, da Inha University, também na Coreia do Sul, que participou da pesquisa.

Ele acredita que há alternativas modernas à castração para aumentar a longevidade masculina.

"É possível fazer uma terapia de redução de testosterona que aumente a longevidade entre os homens, no entanto, é preciso considerar os efeitos colaterais disso, o principal deles sendo a redução no desejo sexual dos homens."

Para David Clancy, da universidade britânica de Lancaster, os resultados são "persuasivos, mas, certamente, não conclusivos".

Ele aceita o argumento de que o alto número de pessoas centenárias entre os eunucos é um sinal de que a testosterona, de fato, tem um papel importante na longevidade masculina. No entanto, ele diz que o estilo de vida dos eunucos – que possuem hábitos mais reservados – também é um fator importante a ser considerado.

Muitos dos eunucos na sociedade coreana adotavam meninas ou outros garotos eunucos.
"Neste estudo, os eunucos foram educados por eunucos ao longo de diversas gerações, e estilos de vida diferentes podem ter sido passados adiante", diz o pesquisador, que citou outro estudo sobre o assunto.

"Uma comparação entre cantores castrados e não-castrados provavelmente é uma amostra melhor, e essa comparação mostrou que não há diferença na longevidade", disse Clancy. Ele afirma que, neste caso, os estilos de vida eram bastante semelhantes entre os dois grupos.

Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/09/120925_castrados_estudo_dg.shtml>. Acesso em 10 out 2012.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O cérebro é quem define o comportamento sexual

Ney Cavalcanti
03 de Agosto de 2010

Uma em cada 2000 crianças nascem com uma genitália não adequadamente diferenciada, como pênis ou vagina, uma genitália ambígua. As causas para que isto aconteça são várias.

Uso de drogas pela mãe, doença genéticas, anormalidade na produção dos hormônios pelo feto, não determinada etc. Quando isto acontece, a equipe medica estuda todos os aspectos dos órgãos envolvidos no determinismo sexual A gônada (ovário ou testículo), a genitália interna. (útero, trompas ou próstata ), os hormônios, os cromossomos (com ou sem o Y).  

Após analisar os dados encontrados, médicos e familiares decidem qual o sexo que a criança irá adotar. Na maioria dos casos, existe uma  tendência  a decidir-se pelo feminino. A razão é simples, é muito mais fácil criar cirurgicamente uma estrutura que possa funcionar como vagina, do que como pênis.  

Nos últimos anos, vem se interrogando se este tipo de conduta é a mais correta. Em muitos desses casos, mesmo com suporte medico e psicológico corretos, não existe uma boa adequação ao sexo escolhido.  Inadequação esta, que já se exterioriza desde a infância e persiste durante toda a vida. Ela é tão marcante que alguns procuram ajuda medica, para modificação das suas características sexuais.  

Existe um relato que uma paciente mulher, procurou um serviço medico aos 52 anos de idade, com esta finalidade. Interrogada por que tanta demora, informou que esperou que os pais morressem, para não magoa-los.

Qual a razão desta não adequação? 

O homem tem apenas um cromossomo diferente da mulher, o Y. Ele é o responsável pela diferenciação  do feto em masculino. Ele realiza esta missão fazendo com que exista a formação dos testículos fetais, que produzem o hormônio masculino, a testosterona. Este hormônio fará com que os as estruturas do feto se diferenciem no sentido masculino. Na sua ausência, a diferenciação será no sentido da feminilidade.  

Os hormônios também promovem a diferenciação sexual de uma estrutura do cérebro, o hipotálamo. Nesta estrutura cerebral também estão localizados os núcleos nervosos, que controlam as nossas funções vitais. Fome, saciedade, temperatura corporal, batimentos cardíacos etc., estão sobre controle do hipotálamo. Também o nosso comportamento sexual  parece ser determinado por  ação hormonal no hipotálamo. 

Há muito sabemos que a administração de  testosterona, em uma rata no inicio de sua vida, fará com que assuma um comportamento como se macho fosse, durante toda a sua existência. Recentemente cientistas holandeses descobriram diferenças anatômicas, em humanos, nos  hipotálamos dos dois sexos.  

E mais,  demonstraram que em transexuais, homem-mulher, genitália masculina, com um hipotálamo com características femininas. Por outro lado no outro tipo de transexual, mulher-homem, a genitália feminina com hipotálamo do outro sexo.  Assim nestes casos, por razoes ainda desconhecidas a diferenciação da genitália seria diferente da do hipotálamo.  

Um  pesquisador desta área, Milton Diamond afirma ”Para o sexo o mais importante não é o que se tem entre as pernas, mas o que existe entre as orelhas”. Caso estas pesquisas se confirmem poderemos entender e aceitar melhor o comportamento dos transexuais, que enfrentando severas criticas  da sociedade, assume um comportamento diferente dos de seus órgãos sexuais externos.


Disponível em <http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/pontos-de-vista/1433>. Acesso em 17 ago 2011.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Adolescência é coisa do cérebro e não dos hormônios

Suzana Herculano-Houzel
edição 225 - Outubro 2011


Ah, a adolescência. Como se não bastasse ficar desengonçada e ter de aprender no susto a lidar com o corpo crescendo e mudando de proporções rápido demais, eu ainda tinha de ouvir “são os hormônios, depois passa”. Por alguma razão, a frase me irritava profundamente. Minha “vingança” chegou anos depois, pelas mãos da neurociência: hoje se sabe que os hormônios pouco têm a ver com a adolescência. Ela nem mesmo é iniciada por eles – e sim pelo cérebro. E mais: adolescentes nem são crianças grandes, nem adultos donos de um cérebro já pronto e apenas temporariamente inundado, obnubilado por hormônios. Adolescentes são donos de um cérebro adolescente, em franca remodelagem, e justamente daí vêm todas as características da fase.

As transformações da adolescência começam no hipotálamo, que aguarda do corpo um sinal, na forma do hormônio leptina, de que já há gordura suficiente acumulada para iniciar as transformações. Só então o hipotálamo passa a produzir uma substância chamada kisspeptina, que desencadeia uma série de mudanças. Uma das alterações no hipotálamo comanda a produção de hormônios sexuais e o torna sensível a eles, o que permite ao cérebro descobrir o sexo – esta, sim, a verdadeira função desses hormônios. Incidentalmente, é aqui também que o adolescente descobre sua preferência sexual – descobre, não escolhe: qual dos sexos deixa o hipotálamo excitado (agora que ele se tornou excitável) depende de eventos que já aconteceram no cérebro lá no início da gestação. Escolha sexual é apenas o que se decide fazer com a própria preferência sexual: abraçá-la ou escondê-la.

Logo em seguida vêm as alterações no sistema de recompensa, que sofre uma enorme baixa em sua sensibilidade à dopamina e deixa de encontrar graça no que antes dava prazer. O resultado é um conjunto de marcas diagnósticas da adolescência: tédio, perda de interesse pelas brincadeiras da infância, impaciência, preferência por novidades e um gosto por riscos – que o jovem, claro, julga estarem sob seu controle. O conjunto é ótimo, pois nos faz abandonar os prazeres da infância e querer sair de casa em busca de outros horizontes. Senão, quem abriria mão de casa, comida e roupa lavada?

O único porém é que as mudanças necessárias no córtex cerebral para lidar de modo adulto com os novos impulsos adolescentes levam cerca de dez anos para acontecer. Atenção, linguagem, memória e raciocínio abstrato são processos até que rapidamente aprimorados, em torno dos 14 anos, e postos à prova com o interesse súbito por política, filosofia e religião. Por outro lado, a capacidade de se colocar no lugar dos outros e de antecipar as consequências dos próprios atos, bases para as boas decisões e para a vida em sociedade, só chega bem mais tarde, por volta dos 18 anos, à força de mudanças no cérebro e de muita experiência. Só o tempo não basta: tornar-se independente e responsável requer aprender a tomar boas decisões, e isso só se aprende... tomando decisões. Se tudo der certo, o resultado desse período de ampla remodelagem guiada pelas experiências do aprendizado social, sexual, cultural e intelectual é o que todo pai e mãe anseiam para seus filhos: que se tornem independentes, responsáveis e bem inseridos socialmente. 

Adolescentes, portanto, fazem o que podem com o cérebro que têm – e é bom que seja assim. Nosso dever é ajudá-los oferecendo informações, alternativas, e também o direito de errar de vez em quando. Fico aqui torcendo para continuar pensando assim quando meus filhos virarem adolescentes...


Disponível em <http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/adolescencia_e_coisa_do_cerebro.html>. Acesso em 02 jul 2012.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dicas impressas 4: Facebook; Presentes; Angústia

ANCHIETA, Isabelle. Facebook, o novo espelho de Narciso As mulheres estão se tornando maioria nas redes interativas; a vaidade e a necessidade de afirmação da identidade podem explicar o interesse feminino por esse recurso tecnológico – afinal, do ponto de vista social e histórico, elas passaram de consumidoras de imagens que lhes eram impostas a “autoras” virtuais. Mente e Cérebro, Ano XVIII, n.º 219, pp. 38-41.

NOBLE, Florence. Oba! Para mim? A tensão que precede o recebimento de uma recompensa libera “hormônios da expectativa” no cérebro, responsáveis por sensações agradáveis. Mente e Cérebro Especial, n.º 29, pp. 80-82.

PALADINO, Erane. A angústia necessária Numa sociedade que cobra sucesso e alegria, o desconforto psíquico – importante para a elaboração de conflitos e para o amadurecimento emocional – é visto como algo a ser evitado a qualquer preço. Mente e Cérebro, ano XVIII, n.º 219, pp. 34-37.