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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O espetáculo do eu

Paula Sibilia

Ao longo da última década, a internet passou a hospedar um conjunto de práticas “confessionais”. Milhões de usuários do mundo inteiro se apropriam de diversas ferramentas disponíveis on-line e as utilizam para exibir sua intimidade. Dia após dia, com a velocidade do tempo real, tanto os detalhes mais saborosos como os mais inócuos de sua vida são expostos nas telas interconectadas da rede global de computadores. Assim, os assuntos mais íntimos de qualquer um se derramam em blogs e fotologs, por meio de webcams sempre ligadas ou em sites como YouTube, Orkut, MySpace, Twitter e Facebook.

Trata-se de um verdadeiro festival da vida privada: imagens e relatos que se oferecem sem pudor algum diante dos olhares sedentos de todos aqueles que desejarem dar “uma olhada”. A tendência é bem atual e, de fato, excede as margens da web para inundar todos os meios de comunicação. Basta pensar no sucesso dos reality shows e dos programas de TV que ventilam toda sorte de dramas pessoais, ou no sucesso de vendas das revistas de celebridades e mesmo das biografias, tanto no mercado editorial como no cinema.

Por que tudo isto, que parece tão fútil, é digno de atenção? O fato é que essa súbita insistência em exibir retalhos de intimidades próprias e alheias é inédita: nestas novas práticas, o espaço público e a esfera privada se misturam de uma forma jamais vista. Cabe lembrar que, até pouco tempo atrás, esses dois âmbitos da existência eram opostos e irreconciliáveis, considerados mutuamente excludentes. Mas agora vemos como as telas eletrônicas revelam, sem recato algum, todos os detalhes de qualquer vida. E não se trata apenas de um intenso desejo de se mostrar; há também cada vez mais pessoas dispostas a consumir avidamente esses relatos, fotografias e vídeos.

No entanto, parece haver uma contradição neste fenômeno. Como é possível que os novos diários íntimos – pois é assim que são definidos habitualmente os blogs, por exemplo – se exponham diante dos milhões de olhos que têm acesso à internet? Seria essa exibição pública da intimidade um detalhe sem importância, que não altera a essência do velho diário íntimo em sua atualização cibernética? Ou se trata de algo radicalmente novo? 

A rigor, todo esse murmúrio de confidências que emana dessas palavras e imagens parece ser mais “éxtimo” do que íntimo, para recorrer a um neologismo que procura dar conta da novidade. Porque embora existam muitas semelhanças entre os blogs atuais e os diários tradicionais – aqueles que proliferaram nos séculos XIX e XX –, também são enormes as diferenças entre os dois gêneros autobiográficos. Aqueles caderninhos rascunhados no silêncio e na solidão dos ambientes privados de antigamente, muitas vezes sob a luz das velas e envolvidos no mais respeitável dos segredos, tinham uma missão: resguardar todas as dobras daquela sensibilidade típica da modernidade industrial. Eram ferramentas que serviam para que esses sujeitos históricos tentassem se compreender: ajudavam-nos a criar seu próprio eu no papel. Já os blogs, os fotologs e as webcams de hoje, bem como certos usos do YouTube, do Orkut ou do Facebook respondem a outros estímulos e têm metas bastante diversas. Expressam características subjetivas bem atuais e servem a propósitos igualmente contemporâneos. Mas quais seriam essas peculiaridades e esses objetivos específicos? Trata-se de uma pergunta que vale a pena formular, porque a busca de respostas também pode nos orientar rumo à compreensão dos sentidos desses novos hábitos.

PARA SER ALGUÉM

Os antigos diários íntimos eram, para seus autores, cartas remetidas a si próprios. Eram textos extremamente privados, introspectivos e secretos, pois permitiam mergulhar na própria interioridade. Possibilitavam um afundamento em toda a riqueza e na misteriosa densidade da vida interior de cada um, a fim de decifrar tudo aquilo que se hospedava em suas recônditas profundezas. Já os novos diários éxtimos da internet são verdadeiras cartas abertas. Por isso, parece evidente que tanto seus propósitos como seus sentidos são outros. A própria definição muda, pois em vez de apontar para “dentro” de cada um, os novos meios de expressão e comunicação se voltam para “fora”, buscando conquistar a visibilidade e a celebridade.

Centrando o foco da análise nessa pequena grande diferença, cabe deduzir que nos exercícios cotidianos de autoconstrução via web se desenvolvem subjetividades afinadas com uma cultura bem diferente daquela que imperava nos séculos XIX e XX. Em mais de um sentido, estamos nos afastando daqueles tempos modernos de outrora, que já estão ficando envelhecidos. Pois agora, contrariamente ao que acontecia naquelas épocas já longínquas, novas forças incitam a fazer do próprio eu um show.

Como resultado dessas convulsões, a nossa idéia de intimidade também está mudando. Esse termo costumava aludir àqueles âmbitos da existência que se conheciam, de maneira inequívoca, como “privados”. Uma definição que, até bem pouco tempo, parecia tão óbvia e sem fissuras. No entanto, é cada vez mais evidente que alguma coisa mudou, e que são inúmeras as repercussões dessa transformação. Essas mudanças não são fruto exclusivo dos avanços tecnológicos que hoje nos permitem realizar façanhas antes impensáveis, mas resultam também – e, talvez, sobretudo – de certas redefinições no que tange aos nossos valores e crenças, além de contemplar múltiplos fatores de ordem sociocultural, política e econômica. 

Em virtude de todos esses abalos, cujos efeitos foram se consolidando por toda parte nos últimos anos, em vez de se apresentar como o reino do segredo e do pudor, hoje o espaço íntimo se converte numa espécie de cenário onde cada um deve montar o espetáculo de sua própria personalidade. Junto com essas redefinições, alargam-se compulsivamente os limites do que se pode dizer e mostrar. Seja com receio ou com prazer, mas quase sempre com certo espanto, hoje vemos como a velha esfera da privacidade se exacerba sob a luz de uma visibilidade que se deseja total.

Entre outros motivos, isso se dá porque essa visibilidade promete nos conceder a tão prezada celebridade. E, por si mesmas, essas condições parecem capazes de legitimar a existência daqueles que conseguem conquistá-las: ser visto e ser famoso equivale, cada vez mais, a ser alguém. Mesmo que não exista motivo algum para estar à vista de todos, e embora essa celebridade não tenha nenhum sentido exterior a ela própria. Assim, em virtude dessas transmutações, em anos recentes, a espetacularização da vida privada mais banal tem se tornado habitual – e desejável. E, como diria Guy Debord – autor do “profético” manifesto A sociedade do espetáculo, publicado há mais de quatro décadas -–, segundo esta nova lógica, o espetáculo se torna tautológico. Se algo aparece nos meios de comunicação é porque é bom. Mas por que é bom? Porque aparece nas telas midiáticas. E vice-versa, e só isso. 

Pois já não é mais necessário ter feito algo extraordinário para ter acesso ao cobiçado pódio da fama, nem sequer dispor de alguma qualidade peculiar ou algum conhecimento valioso. Hoje, praticamente todos temos à nossa disposição um arsenal de técnicas para estilizar a personalidade e as experiências vitais. Além de aplicar esses recursos cotidianamente, para aprimorar a própria imagem, é preciso projetar de forma adequada os resultados dessa auto-estetização, a fim de nos posicionarmos do melhor modo possível no competitivo mercado das aparências e atrair os olhares alheios. As receitas mais eficazes para obter sucesso nessa espetacularização de si provêm dos moldes narrativos e estéticos que aprendemos ao longo das últimas décadas, tanto no cinema como assistindo televisão e consumindo publicidade, e que agora se recriam e desdobram nos novos gêneros interativos da web.

A noção de intimidade não é a única que se esvanece nesse turbilhão de mudanças. Perdem nitidez, também, as fronteiras que costumavam dividir aqueles dois tipos de espaços onde transcorria a existência moderna: a esfera pública e o âmbito privado. As paredes que os separavam, e que eram sólidas e opacas, desempenhavam papel fundamental na elaboração do eu moderno. Nesse processo cotidiano de autoconstrução, os diários íntimos podiam servir como uma útil ferramenta. Agora, porém, quando esses muros apresentam frestas que deixam infiltrar os olhares alheios, esse tipo de instrumento perdeu a sua utilidade. Porque hoje são outros os modelos subjetivos que se criam e se expõem incansavelmente nos monitores interconectados pelas redes globais; e, portanto, deverão ser outras as ferramentas adequadas para atingi-los. 

Por isso aumentou tanto a quantidade de pessoas que recorrem à internet para experimentar, ensaiar e brincar, testando novas formas de ser alguém – e se relacionar. Nos jogos que se desenvolvem nesses reluzentes cenários virtuais surgem estilos cada vez mais distantes do paradigma moderno do “homem sentimental”, por exemplo. Ou seja, aquele sujeito tipicamente oitocentista, que cultivava seus segredos íntimos para construir seu eu em torno de um eixo situado “dentro” de si mesmo, uma essência afincada na própria interioridade, nesse âmago cuja obscura solidez era capaz de defini-lo por inteiro.

Em contraste com essas vertentes mais antigas, os novos gêneros autobiográficos anunciam outros modos de ser. Formas subjetivas que resultam mais adequadas ao mundo contemporâneo, um ambiente que já não é mais aquele universo da modernidade industrial. Em lugar daquela subjetividade interiorizada, que se engendrava no silêncio e na solidão dos velhos ambientes privados, agora se desenvolvem formas de ser mais “exteriorizadas” e compatíveis com nosso meio.

Tudo ocorre como se estivesse se deslocando, paulatinamente, o eixo em torno do qual cada sujeito elabora seu eu. Nascem, assim, entre nós, subjetividades bem menos concentradas na “vida interior” e mais voltadas para o campo do visível. Esses novos sujeitos, tão contemporâneos, crêem que devem ser capazes de mostrar o que eles são na própria pele e na luz das telas.

SUJEITOS HISTÓRICOS

Não se trata de meras futilidades sem importância, pois tais habilidades são cada vez mais imprescindíveis para poder lidar adequadamente com os demais e para obter sucesso nos diversos mercados da atualidade. Esses novos “modos de ser” que hoje se configuram, assim treinados no dia-a-dia das telas e dos teclados, são mais úteis e produtivos na hora de saciar as demandas da nossa sociedade. 

Não é fácil adivinhar para onde apontam estas tendências, pois se trata de uma transição que está em pleno andamento. Um fenômeno cujo desenvolvimento é extremamente veloz, e seu caminho não só está repleto de metamorfoses constantes, mas também de contradições e surpresas. Embora ainda persistam várias características daqueles modelos tipicamente modernos, são muitos os indícios que sugerem esse deslocamento do núcleo em torno do qual as subjetividades se constroem. Um deslocamento nos próprios eixos do eu. Assim, cada vez mais, a verdade sobre cada um de nós abandona aquele núcleo secreto e íntimo – onde se refugiavam as subjetividades interiorizadas dos séculos XIX e XX .

Por isso, em vez daquele olhar introspectivo dos velhos diários íntimos e todo o universo da cultura letrada em geral, agora se estimula o espetáculo do eu. E, para responder com eficácia a essas demandas é necessário colocar em ação uma série de habilidades vinculadas com as linguagens midiáticas. Em vez de nos buscarmos apontando para “dentro”, agora somos intimados a ir para “fora”.

Graças aos recursos oferecidos pela web e outros meios de comunicação que se tornam cada vez mais audiovisuais e interativos, as novas construções pessoais podem ser exibidas nas telas globais. E é desse modo que este novo tipo de eu se realiza. Porque em nossa sociedade do espetáculo só é aquilo que se vê, e por isso é necessário aparecer para que os olhares alheios confirmem a própria existência. Trata-se daquilo que se espera de nós: é o nosso modo de ser contemporâneo.

- Os antigos diários íntimos eram cartas remetidas pelos autores a si próprios; Já os blogs são verdadeiras “cartas abertas”. 

- O deslocamento dos eixos do eu faz com que o núcleo secreto e íntimo onde se refugiavam as subjetividades passe a priorizar a exibição de si e do outro. 

- Atualmente, a esfera da privacidade se torna extremamente visível, como se a visibilidade garantisse a tão prezada celebridade, legitimando existências. Ser visto e ser famoso equivale, cada vez mais, a ser alguém.

A sociedade do espetáculo. Guy -Debord. Contraponto, 1998.

Post-scriptum sobre as sociedades de controle. Conversações. -Gilles Deleuze. Editora 34, 1992.

Disponível em <http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/o_espetaculo_do_eu.html>. Acesso em 17 out 2012.

domingo, 9 de setembro de 2012

Mercado do sexo: a fantástica indústria do fetiche

Simão Mairins
06 de setembro de 2012

Em 79 d.C., mais precisamente no dia 24 de agosto, o vulcão Vesúvio destruiu completamente as cidades de Herculano e, a mais notória, Pompeia, ambos centros importantes do Império Romano. A história daquela noite ficou, então, literalmente sepultada durante cerca de 1.500 anos, até que, durante escavações para uma obra de desvio do curso do rio Sarno, trabalhadores esbarraram em antigos muros em ruínas.

Na época, alguns profissionais chegaram a ser chamados para averiguar os achados, mas acabaram optando, inexplicavelmente, por não investigá-los. No século XVIII, entretanto, a região voltou a ser escavada e a história do dia em que o Vesúvio acordou veio à tona, explicando o motivo pelo qual os primeiros a se deparar com as ruínas (durante a repressora Idade Média) preferiram não tocá-las.

A cidade era um imenso centro dedicado ao prazer, e o sexo, em todas as suas formas imagináveis (e talvez até inimagináveis, para os mais puritanos!), inundava as ruas e clubes naquele fatídico 24 de agosto. Explorações realizadas nos últimos três séculos extraíram do que restou de Pompeia afrescos eróticos, taças com cenas de sexo em alto relevo, várias esculturas com representações do deus grego da fertilidade, Príapo, e até postes construídos com conotações fálicas.

Uma cidade como Pompeia seria inconcebível nos dias de hoje. Depois de quase dois milênios de transformações culturais e redefinições de paradigmas, práticas como aquelas passaram a ser socialmente reprimidas. Mas o mundo, evidentemente, não matou o erotismo e ainda inventou a pornografia.

Tabu ou não, o fato é que pequenos mundos devotados ao prazer são mais comuns hoje do que se pensa e, como quase tudo em sociedades capitalistas, acabaram sendo responsáveis por movimentar negócios e, nesse caso específico, construir sólidos e importantes mercados.

Pequenas pompeias modernas

Dedicadas especialmente a adeptos de um estilo de vida liberal, algumas iniciativas têm ganhado espaço no Brasil e no mundo. Em São Paulo, por exemplo, estão localizadas algumas das mais famosas casas de swing do país.

Espaços normalmente bem amplos, as casas de swing são aparentemente boates como todas as outras. Por dentro, entretanto, agregam espaços reservados para que dois ou mais casais se encontrem, shows de strip-tease e ambientes dedicados à realização de fetiches (mais ou menos como os afrescos de Pompeia), além de, é claro, permitir que as pessoas façam sexo em qualquer lugar do clube (sim, também como nas ruas de Pompeia).

Com o crescente número desses estabelecimentos, as casas têm procurado inovar, acrescentando serviços e buscando se diferenciar na qualidade de requisitos cruciais nesse tipo de negócio. Um clube localizado na região de Moema, em São Paulo/SP, por exemplo, aposta no quesito higiene ao extremo, oferecendo, entre outras coisas, dispositivos com gel antibactericida nas cabines reservadas e antisséptico bucal nos banheiros.

Outro fator importante é o sigilo. Normalmente, quem frequenta casas de swing não quer se expor fora daquele ambiente. Por isso, uma série de cuidados deve ser levada em conta e o grau de importância dado por cada empresa a esse quesito pesa bastante na decisão dos clientes.

Um mecanismo adotado para garantir maior discrição é dar preferência à entrada apenas de casais. Em alguns casos, inclusive, há necessidade de cadastro prévio para entrada nos clubes. Além disso, nos que recebem pessoas desacompanhadas, os preços são bem mais caros para quem entra sozinho (na maioria das casas, o ingresso de homens solteiros custa entre quatro e cinco vezes mais que o de casais).

Perdidos em um barco

O swing e demais formas de sexo em grupo não são, entretanto, exclusividade das casas noturnas especializadas. Há, por exemplo, agências de turismo dedicadas exclusivamente à organização de "cruzeiros liberais". A CasalFirstTour é uma delas. Há sete anos atuando no segmento, ela organiza viagens para casais swingers com destinos nacionais e no exterior.

No Brasil, normalmente, os destinos mais procurados são regiões de serra ou praias nobres, de preferência bem afastadas de grandes aglomerações urbanas. Já no exterior, a agência explica que o Caribe e a Europa são os locais mais procurados pelos clientes brasileiros.

Uma das últimas viagens organizadas pela CasalFirstTour teve como destino a cidade de Balneário Camboriú, apresentada na divulgação como "a mais liberal do Brasil". O pacote incluía desde hospedagem em um hotel fechado apenas para o grupo até transporte para a praia do Pinho (naturista), além de uma noite em uma famosa casa de swing da cidade.

"A agência foi criada há sete anos com o objetivo de oferecer tranquilidade, ambiente agradável, conforto e discrição aos casais liberais que procuram opções de lazer fora dos clubes convencionais do segmento. As viagens são planejadas com muita cautela, para que possam atingir excelência e qualidade no atendimento", dizem os donos da empresa.

Brinquedos

Outro segmento bastante forte no mercado erótico é o de "brinquedos". A empresa Adão&Eva Toys é uma das mais conhecidas fabricantes e importadores desse nicho no Brasil. O diretor comercial da companhia, André Luiz Marques, explica que, por lidar com a imaginação e a fantasia das pessoas, a marca precisa criar coisas novas e atrativas. "Viajamos para outros países e visitamos feiras especializadas, onde encontramos novas tendências, novas tecnologias, novos materiais", explica André.

"Alguns fatores são cruciais na hora de criar um produto. O primeiro é o material. Temos diversos tipos, como vidro, plástico, látex e silicone. Além disso, a tecnologia empregada nas funções é também um ponto importante. Todos querem um produto que faça mil e uma coisas", conta André.

Para quem pensa que atuar nesse segmento é fácil, André destaca que a coisa não é tão simples quanto parece. "No segmento erótico ainda lidamos com o preconceito e tabus. Veja como exemplo nossa dificuldade para fazer propaganda. Muitos canais têm a porta fechada para o nosso segmento - revistas, rádios, televisão. Alguns termos não podem ser utilizados, algumas imagens também. Quando chega o dia dos namorados todos querem matéria, o assunto tem destaque. Mas além dessa época é difícil de se ter espaço", conta o diretor.

Mesmo com as dificuldades, a situação é boa para o segmento. Nos últimos cinco anos, o faturamento tem crescido em torno de 15% anualmente.

Mercado de preservativos: mais que saúde

Embora massivamente incentivado por campanhas governamentais e já absorvido como uma questão de saúde pública, o uso de preservativos por muito tempo enfrentou certas resistências por ser visto por alguns casais, e principalmente por homens, como um limitador do prazer. Justamente para quebrar essa barreira os fabricantes começaram uma corrida pelo desenvolvimento de produtos mais atrativos. E aí surgiu uma infinidade de opções: camisinhas mais sensíveis, retardantes, com sabor, com cheiro e muito mais.

Agora visto não mais somente como um mecanismo de segurança, mas também enquanto um "algo a mais" na relação, o preservativo ganha cada vez mais mercado. "Hoje, o grande desafio da categoria é criar preservativos diferenciados, ou seja, ao mesmo tempo que oferece segurança, o produto também proporciona prazer. Por isso cresce o consumo dos preservativos retardantes, sensitive, hot e outros, e por outro lado, vemos a queda do preservativo lubrificado comum. Estamos preparados para atender este novo perfil de consumidor, que vê no preservativo um item essencial na hora do sexo, não só para sua segurança, mas também para aumentar o seu prazer", conta Bruno Koudela, gerente de marketing da Blowtex.

Motéis: luxo, comodidade e expansão da experiência

Casais heterossexuais tradicionais interessados apenas em uma noite de sexo em um ambiente diferente. Jovens namorados. Casais homossexuais. Swingers. Essa é apenas uma pequena segmentação dos diferentes públicos que os motéis atraem e precisam saber atender. Por isso, uma tendência forte nesse setor hoje, principalmente nos estabelecimentos de luxo, é a ampliação do mix de serviços e produtos.

O Union Motel, localizado em João Pessoa/PB, é um empreendimento relativamente novo, mas tem se destacado bastante em âmbito nacional por adotar uma postura pouco tradicional para o segmento, tanto no que diz respeito aos serviços prestados quanto pela imagem pública que tem construído.

Eleito como um dos dez melhores motéis do Brasil, a empresa procura fazer jus ao título investindo na diversificação de sua oferta, direcionando sua comunicação não mais apenas aos homens, mas também às mulheres, e tentando transformar uma ida ao motel em mais que uma simples noite (ou dia) de sexo.

"Apesar de sermos conhecidos pela irreverência das nossas peças publicitárias, nos preocupamos em não fazer algo vulgar ou machista, que possa desvalorizar as mulheres. Nas suítes, elas encontram produtos de excelente qualidade de marcas conhecidas, fazendo com que elas se sintam à vontade e valorizadas como sempre devem ser", conta Jeorge Segundo, administrador do Union.

Sobre os serviços, Jeorge destaca que a empresa resolveu "investir, por exemplo, em um totem de atendimento eletrônico para atender os clientes sem um porteiro, dando uma maior sensação de discrição. Passamos a entender bem não só de hotelaria e hospedagem, mas da área gastronômica para trazer um conceito de Motel Gourmet, bem como de lavanderia profissional. Temos uma estrutura diferenciada, desde a arquitetura aos equipamentos, como home theater, notebook, área externa com banheira ou ofurô em todas as suítes. A maior de nossas suítes, por exemplo, a Porto Ravel, tem 300m², com piscina com água aquecida, cinema, sauna, sala de estar, quarto duplo e até mesmo uma boate, proporcionando entretenimento aos nossos consumidores", conta Jeorge.

A revolução da web

No ano passado a internet ajudou a revolucionar uma parte importante do Oriente na chamada Primavera Árabe, que mobilizou milhares de pessoas na Europa e na América, e também no movimento Occupy Wall Street, reafirmando com bastante ênfase seu potencial transformador. O mercado erótico, evidentemente, assim como vários outros segmentos das economias, não ficou alheio a esse poder. No ciberespaço, a indústria pornô ganhou novo fôlego: comprar em uma sexshop ficou mais sigiloso e, para as marcas, surgiu uma nova forma de chegar aos seus públicos.

Ao passo que algumas das principais produtoras de filmes pornôs fechavam suas portas, uma infinidade de sites e blogs começou a ganhar a rede, fazendo com que canais eróticos e pornográficos, juntos, se tornassem o nicho mais acessado em todo o mundo.

Para se ter uma ideia da dimensão do mercado movimentado pelas páginas com conteúdo adulto na internet, apenas no Sexlog - site brasileiro que se apresenta como "rede social de sexo e swing" - há mais de 2 milhões de pessoas cadastradas, responsáveis pelo compartilhamento de cerca de 10,5 milhões de fotos e a troca de mais de 600 milhões de mensagens. Do total de usuários, boa parte paga para usufruir de serviços extras.

Já no site Xvideos.com, que tem servidores na Holanda, mas tem usuários praticamente no mundo todo, são postados diariamente cerca de 2.000 vídeos, segundo estimativas da própria empresa. Estruturado também como uma espécie de rede social de vídeos, bastante parecida com o Youtube em sua dinâmica, fatura com publicidade.

Ao mesmo tempo, o público de sexshops ganhou a oportunidade de comprar sem o desconfortável risco de ser visto entrando em uma loja. "A compra on-line oferece ao consumidor total discrição, desde o momento em que ele está procurando produtos até a entrega, que são realizadas em caixas pardas sem constar o nome da loja na caixa ou na nota fiscal", conta Daniel Passos, diretor-geral da Loja do Prazer, sexshop totalmente on-line.

Para o marketing, a internet tem se demonstrado também um importante canal. A marca de preservativos Prudence, por exemplo, realiza anualmente a promoção "Testadores de Camisinhas Prudence", que premia consumidores com produtos da marca por meio de um concurso cultural. "A cada ano nos surpreendemos ainda mais. Este ano, a internet movimentou muito a promoção – fosse postando contos eróticos para concorrer à história vencedora, fosse divulgando e acompanhando os textos no hotsite. Com grande interação nas redes sociais, a página da marca no Facebook alcançou quase 100 mil seguidores ao término da campanha", comenta Denise Santos, gerente de marketing da DKT do Brasil, empresa detentora da marca Prudence.

E aí: você vai continuar achando que Pompeia simplesmente desapareceu do mapa? 

Disponível em <http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/mercado-do-sexo-a-fantastica-industria-do-fetiche/60110/>. Acesso em 07 set 2012.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Garoto de 12 anos estuprou menina de 9 após assistir pornografia na web

BBC BRASIL
1 de junho, 2012

A Alta Corte de Edimburgo considerou que o menino, que não foi identificado e agora está com 14 anos, "emulou" as ações que havia visto depois de ter acesso "irrestrito" a sites de pornografia.

A juíza Anne Smith disse que o menino será mantido sob supervisão por quatro anos, o que significa que ele será observado de perto por assistentes sociais até completar 18 anos de idade.

O caso levantou debates e preocupação na Grã-Bretanha com a visão deturpada que crianças e adolescentes podem vir a desenvolver sobre sexo através do acesso a pornografia na internet.

Para o advogado de defesa do garoto, Sean Templeton, "há um risco real de que os jovens da atual geração de adolescentes estejam crescendo com uma visão distorcida do que é sexo e atividade sexual.

"Ele teve acesso irrestrito à internet e ficou claro que, a partir de muito jovem, dos 12 anos de idade, acessava pornografia hardcore", acrescenta.

Templeton disse que o menino identificou os sites visitados para a polícia.

'Comporte-se'

A juíza do caso disse ao garoto que ele deveria "se comportar" e que estava tendo a oportunidade de "fazer algo" de si mesmo. E ainda para deixar seus erros para trás e pensar cuidadosamente sobre o que a menina sentiu e como seria para ela "conviver com o que ele fez de errado".

"Você não deve considerar a pornografia um guia sobre como se comportar sexualmente", disse a juíza ao garoto durante a audiência.

O garoto, que não pode ser identificado por razões legais, admitido ter cometido crimes de estupro e agressão sexual entre 1º de dezembro de 2010 e 31 de janeiro de 2011, em uma comunidade em uma ilha escocesa.

A procuradora Jane Farquharson disse que os crimes vieram à tona depois que a menina perguntou à mãe se suas dores de estômago poderiam estar ligadas ao fato de estar esperando um bebê.

Interrogada pela mãe, a menina, histérica, revelou o que o menino tinha feito com ela em pelo menos duas ocasiões.

Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120601_garoto_estupro_vale.shtml>. Acesso em 02 jun 2012.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Homossexualidade na rede

Richard Miskolci
20 de abril de 2012

Historicamente, em geral, homens e mulheres mantiveram seus anseios homoeróticos em segredo, o que lhes dava a sensação de serem únicos e viverem o fardo de um desejo secreto sem ter com quem compartilhar temores e sofrimentos. Alijadas do espaço público, sexualidades marginalizadas foram se restringindo a locais de encontros e espaços reduzidos das grandes cidades, restando pouca ou nenhuma opção para a maioria dos homo-orientados que viviam – e ainda vivem – em cidades médias, pequenas, na zona rural ou mesmo na periferia das metrópoles. A despeito das polêmicas e imprecisões, esses territórios foram chamados, inicialmente, de guetos.

Segundo os antropólogos Júlio Assis Simões e Isadora Lins França, nos anos 90, no Brasil, o gueto – ou “meio” – começou a dar lugar a um circuito comercial complexo e geograficamente amplo. A partir de 1997, a internet comercial iniciou o processo de expansão no Brasil, transferindo, ampliando e até mesmo recriando o espaço para a socialização de sexualidades dissidentes. A rede ampliou códigos do universo lésbico e gay metropolitano (sobretudo de São Paulo e do Rio de Janeiro) para o resto do país e o inseriu no circuito internacional.

Hoje, a internet parece ter tomado o lugar dos antigos guetos urbanos e se tornado passagem quase obrigatória para homossexuais no processo de autodescoberta, em seus contatos sexuais ou amorosos e na criação de redes de apoio. Afirmações como “sou fora do meio” ou “procuro alguém fora do meio (como eu)” são recorrentes nos anúncios sexuais, na apresentação em bate-papos on-line ou mesmo nos perfis de redes de relacionamento e reafirmam a perspectiva de que os pontos de encontro de culturas sexuais não hegemônicas seriam marginais, perigosos e, sobretudo, denunciariam uma identidade “socialmente perseguida”. Um olhar mais atento sobre essas autoapresentações revela também que a rede é tida como forma de socialização “limpa”, capaz de manter a crença de que a vida social é (ou deveria permanecer) heterossexual.

A necessidade de encontrar alguém para falar de seu desejo – seja para criar uma relação amorosa ou fazer amigos, seja simplesmente para compartilhar dores – converte a internet no mais novo meio de controle da sexualidade.  Ao colocar o sexo em palavras, a rede se distancia das “regras” que marcavam o antigo “meio”, ou seja, o silêncio sobre o que se fazia. Mas que não se imagine tratarse de um avanço, pois a web, ao trazer o sexo ao discurso, faz também com que os internautas ampliem o papel da sexualidade em sua vida e na própria forma como se compreendem.

No primeiro volume de sua História da sexualidade, o filósofo e historiador francês Michel Foucault (1926-1984) explorou em detalhes o fenômeno histórico que trouxe a sexualidade para o discurso desde a técnica cristã da confissão até a psicanálise. Segundo ele, o dispositivo histórico da sexualidade se caracteriza pela inserção do sexo em formas de regulação baseadas em uma rede de discursos. No presente, não seria exagero afirmar que a internet é um dos meios sociais de controle sexual.

Entrar na web para falar do próprio desejo constitui um exercício subjetivo que pode reforçar a impressão de que tudo não passa de “sexualidade”, pensamento reconfortante para homens que são incentivados desde a infância a separar amor de sexo. O reconforto dessa divisão estaria na aceitação de sua vida amorosa se fosse construída como heterossexual (e quiçá reprodutiva) no espaço público da vida familiar e do trabalho e como homo-orientada apenas em segredo, desvinculada da afetividade ou do compromisso duradouro.


Disponível em <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/homossexualidade_na_rede.html>. Acesso em 20 mai 2012.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Meninos são aliciados para virar transexuais em SP

Cleide Carvalho
Publicado:11/02/12 - 20h08
Atualizado:12/02/12 - 9h22

Magra, cabelos compridos, short curto. M., 16 anos, abre o sorriso leve e ingênuo dos adolescentes quando perguntada se pode dar entrevista. Poderia ser uma das milhares de meninas que sonham com as passarelas. Mas não é. O relógio marca 1h de sexta-feira. M. é um garoto e está na calçada, numa das travessas da Avenida Indianópolis, conhecido ponto de prostituição de travestis e transexuais, escancarado em meio a casas de alto padrão do Planalto Paulista, na Zona Sul de São Paulo. A poucos passos, mais perto da esquina, está K., também de 16 anos.

— Sou muito feminina. Não tem como não ser mulher 24 horas por dia — diz K. M. e K. são a ponta do novelo que transformou São Paulo num centro de tráfico de adolescentes nos últimos cinco anos. Meninos a partir de 14 anos são aliciados no Ceará, no Rio Grande do Norte e no Piauí e, aos poucos, são transformados em mulheres para se prostituírem nas ruas de São Paulo e em países da Europa. Misturados a travestis maiores de idade, eles são distribuídos em três pontos tradicionais de prostituição transexual em São Paulo: além da Indianópolis, são encaminhados para a região da Avenida Cruzeiro do Sul, na Zona Norte, e Avenida Industrial, em Santo André, no ABC paulista.

O primeiro contato é feito por meio de redes de relacionamento na internet. Uma simples busca por “casas de cafetina” leva os garotos a perfis de aliciadores, que são homens, mulheres e travestis. Após o primeiro contato, pedem que o adolescente encaminhe uma foto por e-mail, para que seja avaliado. Se for considerado interessante e “feminino”, eles têm a passagem paga pelos aliciadores. Ao chegar a São Paulo, passam a morar em repúblicas de transexuais e a serem transformados. Recebem inicialmente megahair e hormônios femininos. Quando começam a faturar mais com os programas nas ruas, vem a oferta de prótese de silicone nos seios. Os escolhidos para ir à Europa chegam a ser “transformados” em tempo recorde, apenas cinco meses, para não perder a temporada na zona do euro.

É fácil identificar os adolescentes recém-chegados. Além do corpo típico da idade, eles têm seios pequenos, produzidos por injeção de hormônios, e megahair. Testados inicialmente na periferia, os meninos são distribuídos nos pontos de prostituição de acordo com a aparência. Os considerados mais bonitos recebem investimento mais alto e vão trabalhar na área nobre da cidade. Na Avenida Indianópolis, recebem R$ 70 por um programa no drive in e R$ 100 se o programa for em motel. Nos outros dois endereços, o valor é bem mais baixo: entre R$ 30 e R$ 50 no drive in e R$ 70 a R$ 80 em motel.

Menores evitam ruas principais

Não faltam interessados. A partir de 17h, homens na faixa de 30 a 50 anos aproveitam o fim do expediente para, antes de seguir para casa, fazer programas rápidos com os transexuais na Indianópolis. Um furgão preto, com insulfilme, faz o transporte de vários transexuais. Mas, nesse horário de maior movimento, dificilmente os menores ficam à vista nas calçadas.

Por existirem há décadas, os pontos de prostituição de travestis são vistos com naturalidade pelos moradores de São Paulo. Afinal, se prostituir não é crime. Por isso, a rede criminosa se mistura aos transexuais mais antigos. Assim como eles recebem a proteção da Polícia Militar para não serem agredidos por grupos homofóbicos, os novos fios do novelo se entrelaçam, dando à rede de tráfico internacional de adolescentes o mesmo aparato de segurança e legalidade que é dado aos transexuais ditos “independentes”.

Em geral, os transexuais adolescentes ficam nas travessas, atrás dos grupos de maiores de idade, que ficam quase nus e são extremamente expansivos. Pacíficos, os dois grupos convivem bem com a vizinhança, exceto pelo constrangimento proporcionado pelos mais velhos (acima de 25 anos) sem roupa ou exibindo partes íntimas ou siliconadas.

Os adolescentes são mais discretos, menos siliconados e “montados”. A aparência de menina é mais natural. Os implantes de silicone nos seios são menores, num apelo direcionado aos pedófilos. Eles usam saias e shorts curtinhos, como M. e K., e podem ser facilmente confundidos com meninas.

Como na Indianópolis prostitutas e travestis dividem espaço, clientes são surpreendidos pela nova leva de jovens vindos de outros estados, de aparência cada vez menos óbvia. Y., 19 anos, é um dos transexuais que fazem aumentar a confusão. Aos 15, foi levado a São Paulo pela rede de prostituição e pedofilia.

— A cafetina viu que eu era feminina e que ganharia muito dinheiro. Minha mãe assinou autorização para eu viajar, e vim de avião. Ficou preocupada, como toda mãe, mas deixou — conta. Inicialmente, foi levado a trabalhar na Avenida Industrial, em Santo André, no ABC paulista. Pagava R$ 20 pela diária na república, sem almoço.

— Quem não tivesse os R$ 20 tinha de voltar para a rua, não entrava enquanto não conseguisse — diz ele. Mesmo sem ter sido transformada, já chamava atenção. Logo começou a faturar R$ 250 por dia. Aos 16 anos, recebeu “financiamento” para colocar prótese de silicone no seio. O implante foi feito por cirurgião plástico. Custou R$ 4 mil, mas Y. teve de pagar R$ 8 mil à cafetina, pois não tinha dinheiro para quitar à vista.

Y. diz que aceitou porque queria ficar feminina logo. Neste mercado, os seios são vistos como principal atributo. Quanto mais aparência de mulher, mais os clientes pagam. Agora, a jovem mora sozinha num flat e paga seu aluguel. Diz que divide o espaço da avenida tranquilamente e já não deve nada a ninguém. Faz entre seis e 10 programas por noite, afirma, enquanto lança olhares às dezenas de carros que passam rente à calçada, não se sabe se por curiosidade ou atração fatal.



Disponível em <http://oglobo.globo.com/pais/meninos-sao-aliciados-para-virar-transexuais-em-sp-3950782>. Acesso em 16 fev 2012.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Bolo é melhor que sexo?: complemento

Elisabete Regina Baptista de Oliveira
segunda-feira, 22 de agosto de 2011 postado às 06:40

Resumo: Recentemente concedi uma entrevista sobre assexualidade ao Jornal Correio Braziliense, a qual foi publicada em 14 de agosto de 2011 (Bolo é melhor que sexo? - sob o lema cake is better than sex, grupos de pessoas que se dizem assexuadas se reúnem em fóruns na internet para discutir a polêmica opção. Alguns até namoram, mas sem ter contato mais íntimo) por Carolina Samorano publicado em 12/08/2011 12:27 e atualizado às 12/08/2011 19:53.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Bolo é melhor que sexo?

Carolina Samorano
Publicação: 12/08/2011 12:27 Atualização: 12/08/2011 19:53

Resumo: Sob o lema cake is better than sex, grupos de pessoas que se dizem assexuadas se reúnem em fóruns na internet para discutir a polêmica opção. Alguns até namoram, mas sem ter contato mais íntimo.