sexta-feira, 15 de junho de 2012

“Que nunca chegue o dia que irá nos separar”

Jorge Leite Junior
Cadernos Pagu (33), julho-dezembro de 2009:285-312.


Resumo: A figura do hermafrodita ou andrógino foi fundamental para todo o discurso médico-moral-espiritual sobre sexo e gênero em nossa cultura, desde a Antiguidade até o século XVIII. Com a mudança epistemológica que ocorre a partir do século XVI, o antigo hermafrodita, associado ao mundo mágico e religioso, perde seu lugar nas classificações modernas. A partir do século XIX nasce uma nova entidade conceitual no Ocidente: o pseudo-hermafrodita da medicina, não mais “maravilha” da natureza, mas um erro desta; filho do racionalismo iluminista e do positivismo, vindo a tornar-se o pai – e mãe – das futuras identidades transgêneras.






Um comentário:

  1. A sociedade judaico-cristã não pode admitir o hermafrodita como uma pessoa normal, porque se fizer isso está "cuspindo na frente do ventilador ligado", pois sua ideologia se baseia no princípio de dois únicos generos (macho e femea). Nós psicanalistas e colegas de outras áreas que estudam este lado do homem, sabemos que genero e sexualidade não são "gêmeos siameses". Tanto que hoje psicólogos e psicanalistas não vêm como transtorno a homoafetividade nem o transexualismo (desde que não haja disforia de genero) e outras manifestações de sexualidade. Sabemos diferenciar genero de sexualidade e não nos assenhoramos da verdade. Conhecimento é poder para quem tem, mas a ignorancia dá poder a outro(s).
    O princípio da felicidade é a perfeita convivência consigo mesmo, sem isso nada fará o homem feliz, nem todo dinheiro do mundo...
    nikole scarlet mccoy

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