G1
15/10/2011
“A transexualidade
não pode ter existido antes do século 19”. A afirmação é do psicólogo Rafael
Cossi, autor do livro Corpo em Obra. Transexual é a pessoa que biologicamente
pertence a um sexo, mas se identifica com o gênero que não corresponde a ele.
“Foi só no Século 19 que surgiu a ideia de que masculino e
feminino são radicalmente opostos e tem que haver uma correspondência entre
corpo e gênero”, aponta Cossi. Segundo o pesquisador, não havia essa relação
antes, e a identidade de gênero não precisaria acompanhar o sexo da pessoa.
“Isso [a identificação por gênero] é totalmente uma construção social”,
acredita.
Cossi conta que, desde então, a psicanálise tenta definir o
que leva uma pessoa a se identificar com um gênero que seria oposto. Ele diz
que uma das linhas de pensamento vê a transexualidade como uma forma de
psicose, quadro que inclui alucinações e delírios.
“Isso não é necessariamente um delírio”, diz o psicólogo.
“Não dá para reduzir a transexualidade à psicose”. Para ele, a transexualidade
tem que ser vista simplesmente como uma característica.
“Eu acredito que, assim, essas pessoas vão ter mais
liberdade, com menos preconceito, viver melhor”, diz o pesquisador.
O livro Corpo em Obra foi baseado na dissertação de mestrado
de Cossi no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP). No
trabalho, o autor analisou seis biografias de transexuais.
Disponível em
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/transexualidade-deve-ser-vista-como-caracteristica-diz-psicologo.html.
Acesso em 04 jun 2013.
Por Nikole McCoy
ResponderExcluirÉ inadmissível que profissionais da área da saúde (física ou mental) ainda não tenham tido acesso a informações sobre a formação da sexualidade. A massa ignóbil eu até compreendo, pois não tem acesso a essas informações, mas pessoas que têm o privilégio do conhecimento, da cultura e da intelectualidade não têm desculpas para o analfabetismo sexual. Então só me resta entender que existgem duas correntes: Má intenção derivada de comportamento inescrupuloso ou "burrice" mesmo!
Antes da ciência médica concluir como a sexualidade de um ser humano é formada era compreensível que "heteros" não conseguissem entender homoafetivos e transexuais, pois nem faziam idéia do que se passa na mente, no emocional e no físico destas pessoas. Porém hoje dispomos de farta informação a respeito da formação da sexualidade de um ente humano (eu mesma já estou cansada de bater na mesma tecla), então NÃO HÁ DESCULPAS para a homofobia ou para conjecturas científicas homofobicas sobre transexuais. Até quando teremos que esclarecer que A SEXUALIDADE DE UM SER HUMANO É DEFINIDA ENTRE A 6ª E 8ª SEMANA DE VIDA INTRAUTERINA? E isso é um FATO CIENTÍFICO, não é uma tese, é uma verdade comprovada através de testes laboratoriais conclusivos, aceitem isso os homofobicos ou não. A verdade não precisa de ajuda para ser provada, é a verdade e PONTO FINAL!
Nós conseguimos sobreviver a situações piores, milhões de homoafetivos foram assassinados em nome de Deus em todo globo terrestre através dos tempos, mas continuamos existindo, eles (os imbecis homofobicos) não prevalecerão e não conseguirão nos impedir de vivermos nossa liberdade com a consciência tranquila de uma mulher que nasceu com um sexo genital diferente do sexo cerebral. Trabalhamos, pagamos impostos, amamos e somos amadas como todo heteroafetivo..Ah! e somos todas do mesmo planeta deles...